Veterinária

Anemia infecciosa equina: a doença dos cavalos que compromete a economia do país

Anemia infecciosa equina: a doença dos cavalos que compromete a economia do país

A anemia infecciosa equina, ou febre-do-pântano, é uma doença crônica e provocada por insetos

A anemia infecciosa equina é uma das doenças de cavalos mais populares do mundo. A doença se desenvolve , principalmente, em áreas pantanosas e úmidas, onde há uma grande escala do número de vetores e parasitas.

A importação dos equídeos não teve crescimento significativo nos últimos anos, devido isso não aumentou sua atuação no agronegócio. A importância dos cuidados para a prevenção da anemia infecciosa equina é essencial para que então o mercado siga crescendo no cenário nacional.

Anemia infecciosa equina compromete a atuação de cavalos

O que é anemia infecciosa equina?

A anemia infecciosa equina (AIE), também conhecida por febre-do-pântano, é uma doença crônica causada por um retrovírus que atinge os cavalos e é provocada por insetos que sugam sangue.

O retrovírus, pertencente à família Retroviridae e à subfamília do Lentivirus, permanece para sempre no organismo do animal – mesmo quando não apresenta os sintomas.

Transmissão da anemia infecciosa equina

A transmissão do vírus da AIE ocorre de diferentes maneiras, principalmente pelo contato com o sangue do animal infectado. Alguns exemplos de transmissão são:

  • Uso não exclusivo de materiais cirúrgicos
  • Uso não exclusivo de materiais de montaria (esporas, freios, chicotes etc)
  • Aleitamento materno Sêmen contaminado
  • Picada de insetos hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue
  • Placenta (de mãe para filho)

Sintomas da anemia infecciosa equina

A anemia infecciosa equina se apresenta nos cavalos de forma aguda, crônica e, muitas vezes, inaparente. Por isso, nem sempre os sintomas são perceptíveis. Ao todo, os sinais  mais comuns da anemia infecciosa equina são:

  • Anemia
  • Hemorragias
  • Febre
  • Fraqueza
  • Secreção nasal serosa
  • Edemas no ombros
  • Falta de apetite
  • Possível sudorese profusa
  • Inchaço no abdômen

Prevenção e cuidados da anemia infecciosa equina

A prevenção e os cuidados da anemia infecciosa equina se resumem na identificação dos animais soropositivos e a segregação dos não infectados.

Sendo assim, manejo dos animais é necessário para que a doença não dissemine. Além do manejo, a separação dos materiais que entram em contato com os animais infectados também é realizada.

Portanto, seringas, agulhas, materiais de montaria, entre outros, são separados para que haja a utilização exclusiva para os diferentes grupos: animais não portadores da AIE e animais soropositivos.

Entretanto, em relação ao tratamento da anemia infecciosa equina como um das principais doenças de cavalo, ainda não há um tratamento específico e eficiente. Dessa forma, fortalecer o coração, desintoxicar o fígado dos animais, intensificar o metabolismo e a resistência dos cavalos têm sido os principais cuidados.

Vale assim lembrar que, para transitar em território nacional, os animais precisam de um atestado veterinário indicando a ausência da AIE – o que ajuda no controle executado pela medicina veterinária preventiva.

Impactos da anemia infecciosa equina na economia do país

Anemia infecciosa equina é uma das principais doenças de cavalo

O Brasil está ranqueado como o terceiro maior país criador de cavalos do mundo e assim tem se desenvolvido cada vez mais no setor do agronegócio. Por isso, setores de turismo, lazer e cultura tem feito com que a importância dos equídeos aumente no mercado nacional.

A criação de cavalos é essencial para as necessidades internas do país. Os mercados interno e o externo são prejudicados quando estes animais são infectados pela anemia infecciosa equina. Portanto, isso acontece devido ao seu tratamento pouco eficaz, resultando em prejuízos aos criadores e ao comércio internacional.

ACESSO RÁPIDO
    Juliana Correa Bernardes
    Juliana Correa Bernardes é formada médica veterinária pelas Faculdades Adamantinenses Integradas - UNIFAI. Mestre em Agronegócio pela Universidade Estadual Paulista - Unesp, ela atua como especialista em medicina veterinária preventiva.

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