Agricultura de subsistência é considerado um dos métodos mais tradicionais para o sustento de famílias rurais
A agricultura de subsistência está atrelada a métodos tradicionais e mais sustentáveis de consumo e sobrevivência. Produzir o próprio alimento foi um dos meios encontrados pelas famílias rurais mais humildes para garantir a própria economia.
A estrutura fundiária transmite as alterações que o modelo capitalista tem gerado nela. A agricultura de subsistência tem sido contrária a esse modelo, uma vez que o objetivo não é a comercialização e nem o lucro, mas sim a sobrevivência.
O que é agricultura de subsistência?
Agricultura de subsistência consiste na família camponesa ou rural utilizar os métodos habituais de plantio, para garantir a sobrevivência própria, da família ou da comunidade da qual faz parte. Portanto, o intuito da agricultura de subsistência é suprir as necessidades alimentares dos moradores do campo ou do meio rural.
A agricultura de subsistência caracteriza-se por atividades desenvolvidas em propriedades menores e com baixo uso de tecnologia ou materiais desenvolvidos. Dessa forma, a produtividade também é classificada como de baixa escala comparada a produção de latifúndios. A agricultura de subsistência no Brasil possibilita a sobrevivência de muitas famílias do Norte e Nordeste, principalmente.
Suas principais características são:
- Uso de ferramentas simples e acessíveis, como as foices, enxadas, martelos, arados, etc.
- Rotação de cultura, que possibilita a conservação do solo e adubações variadas
- Mão de obra familiar
Feijão, arroz, milho, mandioca, tomate, frutas, hortaliças e outros vegetais são os principais produtos plantados pelas famílias da agricultura de subsistência. Quando há sobra dos alimentos, estes são vendidos ou trocados nas famílias e comunidades vizinhas. Isso porque o objetivo é obter produtos que não sejam cultivados na propriedade a qual pertencem.
A agricultura de subsistência e comercial se diferem, uma vez que a última está voltada para a comercialização dos produtos cultivados e do lucro. Sua produção é em larga escala e predomina a monocultura, ou seja, o cultivo de um só tipo de alimento.
A agricultura de subsistência e agricultura comercial também se diferenciam pela última usar técnicas desenvolvidas de cultivo e substâncias como inseticidas, agrotóxicos e outros.
Como é feita a agricultura de subsistência?
A agricultura de subsistência é realizada pelos pequenos agricultores utilizando técnicas antigas de rotação e plantios, sendo dividida em:
- Agricultura itinerante: tem o intuito de aumentar a área das propriedades que poderiam ser usadas para plantio de subsistência. Por isso, é comum ocorrer a queimação ou derrubada de certas plantações. Sua desvantagem está no risco para o solo, podendo apodrecê-lo e eliminar seus nutrientes com a queima.
- Agricultura de jardinagem: ocorre em terras em que a fertilidade foi renovada pelas monções, fazendo com que esse tipo de agricultura seja realizada em solos que não inundam com as águas das chuvas em excesso. São construídas camadas nas inclinações dos montes, contribuindo para a redução da erosão e para a absorção da água.
Vantagens e desvantagens da agricultura de subsistência
A agricultura de subsistência traz vantagens e desvantagens para os pequenos agricultores. Suas vantagens são:
- Não há desperdício dos alimentos
- Não há ausência de mão de obra
- Não há superpopulação
- Há trabalho e atividades para todos
- Alimentos mais saudáveis, livres de substâncias químicas
Desvantagens:
- Baixa produtividade
- Falta de auxílio dos grandes fazendeiros e agricultores
- Realizações burocráticas de empréstimos
Desta forma, a agricultura de subsistência é altamente benéfica às famílias e pequenos agricultores que procuram meio de se sustentarem e garantir o alimentos básicos. Com ela, são capazes de satisfazer as necessidades tanto de comunidade quanto de comunidades vizinhas, através das trocas e vendas dos produtos que sobram.