Como a agricultura orgânica cuida do território agrícola
Posicionado como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, o Brasil tem seu desenvolvimento influenciado pelo setor da agricultura, a agricultura orgânica e a produção em massa – que oferece, interna e externamente, variados tipos de alimento.
Tendo em vista o modo de produção de alimentação sadia, saborosa e de maior durabilidade, a agricultura orgânica procura fazer uso da reciclagem de resíduos e adubos. Com isso, procura manter a saúde e a fertilidade do campo, além de ter controle sobre a vida do solo.
O que é agricultura orgânica?
A agricultura orgânica – também denominada agricultura biológica – é considerada um modelo de produção alternativo que visa a redução dos impactos ambientais. Por isso, não faz uso de agroquímicos, fertilizantes, sementes alteradas e acompanha a evolução de seus cultivos. É capaz de preservar os recursos naturais e objetivar a produção de alimentos mais saudáveis, focando na sustentabilidade.
Há diferentes tipos de sistemas agrícolas implantados no dia a dia, e nota-se a importância da agricultura orgânica ao analisar todas as fases do plantio. Tais etapas, que envolvem desde a preparação até a colheita e a venda, se resumem em:
Agricultura intensiva
- Tem alto índice de produtividade e capital investido;
- Tem mão de obra qualificada e alta aplicação de tecnologias e máquinas;
- Conta com uso intenso de fertilizantes para aumento da produção;
- O plantio passa por uma avaliação rigorosa antes do uso, que tem como finalidade produzir para exportar.
Agricultura extensiva
- Faz maior uso da mão de obra;
- Destaca a baixa exploração das terras e a produtividade é baixa;
- Não há uso de adubos e fertilizantes, ou seja, o solo segue com sua fertilidade natural;
- A produção é voltada apenas para o mercado interno.
Características da agricultura
Dessa forma, cada tipo de agricultura tem uma função primária, que é realizar as atividades de acordo com seu setor. Entre os tipos de agricultura, se destacam:
- Agricultura familiar (tradicional): de acordo com a ONU, é a agricultura que representa cerca de 80% da produção mundial de alimentos, desenvolvida por membros das famílias que utilizam seus próprios territórios para realizar o cultivo. Não faz uso de fertilizantes ou técnicas modernas, e tem grande importância para a economia do país.
- Agricultura comercial (moderna): é conhecida como monocultura e realizada em fazendas de grande porte. Tem o intuito de abastecer os mercados externos e promover uma alta mecanização.
- Agricultura sustentável: assim como outras, é voltada para obtenção de lucros. No entanto, prioriza a preservação do meio ambiente, diminuindo o uso de fertilizantes químicos e pesticidas.
- Agricultura natural: usa tecnologias alternativas para usufruir também dos recursos naturais e potencialidade do solo. É caracterizada por explorar o ambiente (insolação, clima, relevo) e tem a recuperação do solo entre suas prioridades. Dessa forma, busca manter uma produção duradoura e mais harmoniosa entre ambiente e seres vivos.
Embora haja diversas vantagens e seja visível a importância da agricultura orgânica, há também algumas desvantagens que devem ser aprendidas, como:
- Custo alto e produção demorada;
- Faz uso de produtos mais caros do que os usados tradicionalmente;
- Menor produtividade.
No Brasil, a agricultura orgânica é desenvolvida em cerca de 15 mil propriedades. Apesar do país enfrentar uma grande crise econômica desde 2014, o setor da agricultura segue crescendo e mantendo sua liderança em exportação.