Pecuária

Aquicultura e pesca têm diferenças e semelhanças no mundo

Aquicultura e pesca têm diferenças e semelhanças no mundo

Como a aquicultura favorece o setor do agronegócio mundial

O Brasil é um país favorável à aquicultura por possuir 5,5 milhões de hectares em reservatórios de água doce; além da disponibilidade de recursos hídricos, clima adequado e crescente demanda do mercado interno.

Por fazer uso de recursos naturais, a aquicultura exige consciência e responsabilidade. Portanto, é importante se preocupar com a sustentabilidade econômica e ambiental, mantendo o equilíbrio entre a qualidade das atividades e a preservação do meio ambiente.

Equipamentos utilizados na aquicultura

O que é aquicultura?

Aquicultura – ou aquacultura – é o estudo de técnicas de cultura e produção de organismos aquáticos como peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis e plantas aquáticas. Hoje, o setor é responsável pela produção de metade dos peixes consumidos pelos seres humanos.

Dentre os 9 tipos de aquicultura existentes, os que mais se destacam são:

  • piscicultura: é a criação de peixes em água doce, salobra ou marinha;
  • carcinicultura: é a criação de camarões e lagostas;
  • malacocultura: é a criação de moluscos (caramujos, lulas e polvos);
  • algicultura: é o cultivo de algas;
  • ranicultura: é a criação de rãs
  • quelonicultura: é a criação de tartarugas;
  • criação de jacarés.

A aquicultura tem grande importância no setor alimentício mundial. Sua produção é influenciada pelo fato de que os peixes flutuam, se locomovem e ajustam a temperatura interna com mais facilidade. Isso porque sua densidade é praticamente igual a da água e, ampliando seu poder de adaptação em relação aos mamíferos.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a aquicultura é a mais rápida das atividades agropecuárias.

O mercado e as técnicas da aquicultura

Entretanto, a diferença entre pesca e aquicultura é que a pesca é uma atividade extrativista e não competitiva para retirada desses animais de seu habitat natural. A aquicultura é baseada no cultivo controlado de animais aquáticos. Por isso, são geradas ofertas de mercado, produtos homogêneos, rastreabilidade ao longo da cadeia alimentar e vantagens que contribuem com a qualidade dos alimentos.

As técnicas aquícolas estão em constante desenvolvimento com o uso de tecnologias e equipamentos específicos para a produção dos peixes. De fato, hoje diversas lojas físicas e virtuais já disponibilizam aeradores com praticidade para o consumidor.

O aerador é um mecanismo que contribui com a oxigenação na água, biofiltros, tanques-rede, caixas de transporte, alimentadores automáticos, redes e rações especiais, medicamentos e outros itens para contribuir com o setor.

A tilápia na aquicultura

Espécie tilápia, parte importante da aquicultura.

A tilápia, mais conhecida como frango d’água, tem sua produção global crescendo um total de 11% ao ano desde o século XX na aquicultura. Os dados são da Associação Brasileira da Piscicultura. Os Estados Unidos são os maiores importadores e a China, o maior exportador.

Por isso, o peixe criado por um dos setores da aquicultura é o mais produzido nos criadouros brasileiros. No ranking, o Paraná é o maior produtor, com uma porcentagem de 28,8%.  O estado é seguido por São Paulo, que produz 13,2% do total brasileiro. Nas próximas posições de relevância se destacam Ceará, com 12,7% e Santa Catarina, com 11,4% de produção, segundo o IBGE.

ACESSO RÁPIDO
    Juliana Correa Bernardes
    Juliana Correa Bernardes é formada médica veterinária pelas Faculdades Adamantinenses Integradas - UNIFAI. Mestre em Agronegócio pela Universidade Estadual Paulista - Unesp, ela atua como especialista em medicina veterinária preventiva.

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