Agronegócio

Moratória da Soja, pacto ambiental, previne o desmatamento da Amazônia

Moratória da Soja, pacto ambiental, previne o desmatamento da Amazônia

Grandes produtoras do grão precisaram se alinhar a normas ambientais em um acordo chamado de Moratória da Soja. Um dos grandes marcos da legislação ambiental brasileira, o Moratória da Soja teve início a partir do envolvimento de vários níveis sociais, políticos e econômicos.

Por um lado, o setor privado passou a ter o compromisso de não obter produtos agrícolas de áreas desmatadas. Por outro, o Estado e a sociedade civil deveriam apresentar iniciativas ligadas a uma forma de agricultura mais sustentável, como limitar a plantação de culturas em áreas florestais. Sendo assim, aliando consciência ambiental com progresso, o Moratória da Soja ganhou forma e saiu do papel para garantir que seu comprometimento seja respeitado até os dias de hoje.

Moratório da Soja

O que é Moratória da Soja?

Moratória da Soja é um pacto realizado entre agroindústrias, governos e organizações não-governamentais que visa frear o mercado de commodities oriundas de áreas desmatadas. Ou seja, este acordo tem a iniciativa de conciliar duas ações: o desenvolvimento econômico de regiões desmatadas e a redução dos impactos ambientais.

Vale destacar que, no início, a Moratória da Soja deveria ter um prazo de duração de apenas dois anos. No entanto, ele acabou ganhando a possibilidade de ser renovado ano a ano, o que anda garantindo mais longevidade ao acordo, visto que ele já chega próximo a seus quinze anos.

De qualquer forma, o conceito de o que é Moratória da Soja está ligado a uma nova mentalidade, tanto por parte de uma sociedade mais consciente quanto por empresas agora mais responsáveis. Afinal, o pacto comprova que progresso e economia sustentável podem andar de mãos juntas.

Moratório da Soja

Quem rege o Moratória da Soja?

Em relação à sua operação e governança, o pacto tem a responsabilidade de um grupo composto por empresas que estão associadas às associações ANEC e ABIOVE. Ou seja, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.

Além do mais, compõem o quadro de gestão do acordo o Ministério do Meio Ambiente, o Banco do Brasil e várias organizações da sociedade civil brasileira. Como resultados efetivos, recentemente foi comprovado que apenas 1,2% do desmatamento amazônico decorreu do cultivo da soja.

Moratório da Soja

A origem do Moratória da Soja

Em linhas gerais, o Moratória da Soja teve seu ponto de partida com o avanço do cultivo de soja sobre o bioma amazônico. Isso porque, à época, relatórios ambientais apontavam que essa expansão do agronegócio estava promovendo um aceleramento no desmatamento local.

A partir de então, entidades da sociedade civil e até o mercado internacional começaram a pressionar os produtores. Tudo para que fossem implementadas novas medidas referentes à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente, aspectos tão importantes para uma sociedade.

Assim, no dia 24 de julho de 2006, foi celebrado o acordo do Moratória da Soja. Nessa ocasião, associações como a ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) e a ABIOVE (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) ficaram comprometidas a proibir a comercialização de soja oriunda de áreas de desmatamento dentro da Amazônia Legal.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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