Ave da espécie Saíra conta com cores exuberantes que costumam chamar muita atenção e alguns tipos estão presentes em todo o território brasileiro. Encantam pela sua beleza e diversidade. Existem vários tipos de ave Saíra na América do Sul e Central. Por serem tão exóticas e atraentes, são alvos cobiçados no tráfico ilegal de aves silvestres.
A ave Saíra gosta de viver em vegetação florestal que acompanha rios. No Brasil, a maioria das espécies não pode ser criada em cativeiro, mas a criação é liberada para várias espécies, desde que com autorização do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
O que é Saíra?
Saíra é uma ave silvestre que pertence à família Fringillidade e é nativa da América do Sul e Central.
São aves que, sem dúvida, chamam a atenção de seus admiradores pela exuberância das cores de suas penas. A maioria é dotada de penas de cor única, mas há pelo menos uma espécie que apresenta várias cores chamativas.
São aves de porte pequeno. Elas têm bico fino e alongado. Apesar da maioria apresentar apenas um entretom nas penas, essas gradações têm variação. As diferenças mais claras observam-se na tonalidade das penas das asas e do corpo.
O risco de extinção do Saíra
Tamanha beleza concentrada em apenas uma região do planeta, sem dúvida, faz da Saíra uma ave extremamente cobiçada, sendo alvo constante de tráfico ilegal de aves silvestres.
O Brasil, que conta com a maior biodiversidade do mundo, com mais de 200 espécies de aves, é o maior exportador para o mercado negro mundial, que movimenta bilhões anualmente. Esse contexto faz da Saíra uma ave ameaçada de extinção.
Há espécies que são criadas de forma doméstica com a autorização do IBAMA e que conseguem se reproduzir em cativeiro, mas são poucos os criadores espalhados pelo Brasil.
As espécies que são mais solicitadas junto ao IBAMA para serem criadas em cativeiro são a Saíra Azul e a Saíra amarela.
Habitat da ave Saíra
Essa ave gosta de viver em locais de vegetação florestal, de preferência a que segue os rios de grande a médio porte tanto em locais mais fechados, como no interior de matas de jardins, como em locais mais abertos, como Cerrado e matas abertas.
A Saíra pode ser vista em todo o Brasil e em países como Argentina, Bolívia, Paraguai, Honduras, Peru e Panamá. Praticamente em todos os países da América do Sul, menos Uruguai e Chile.
No caso de criação doméstica, o mais recomendado é que instale a ave dessa espécie em um viveiro, pois elas precisam de espaço para voar e se exercitar.
O ideal é que se possa recriar um ambiente com flores e folhagem.
Alimentação da Saíra
A nutrição natural da Saíra é composta por frutas, néctar e insetos. A caça de insetos se dá em topo de árvores, em folhas ou nas flores.
Contudo, existem rações específicas para cada espécie. É importante que a alimentação seja balanceada e a armazenagem seja feita de forma adequada, respeitando condições de higiene e ventilação.
Tipos de Saíra
Como informado, existem várias espécies de Saíra, cada uma com cores bem distintas, mas igualmente fascinantes. Veja a seguir as principais espécies.
Saíra Azul
A Saíra Azul atende pelo nome científico Dacnis cayana, cujo significado é “Ave de Caiena”. Também é conhecida como saíra-de-bico-fino.
Como o nome sugere, a cor azul é uma de suas características mais marcantes. A suas penas são de um azul bem vistoso. Azul claro na cabeça, tronco e pernas e um tom mais escuro nas asas. O bico é preto, assim como as penas em volta dos olhos.
É possível diferenciar os sexos pela pelugem. Os machos apresentam a descrição acima de asas e olhos em tom mais escuro e tronco com tonalidade mais clara. Já a fêmea tem corpo esverdeado e uma cabeça azulada.
No período de reprodução, o macho constrói o ninho usando fibras finas. Cabe também a ele proteger a fêmea contra invasores.
A expectativa de vida dessa ave Saíra é de 20 a 30 anos. Mede não mais que 13 cm e pesa, em média, 16 gramas.
Apesar da beleza de suas penas em azul-turquesa, não é uma espécie de ave conhecida pela beleza de seu canto, pois efetivamente não é o seu forte.
Saíra amarela
Espécie de Saíra que, como o seu nome deixa evidente, se caracteriza pela plumagem amarela. No caso, o macho tem coloração amarela dourada e uma máscara preta no rosto, que se estende até a barriga.
Suas asas são azuladas, assim como o seu rabo.
Já as fêmeas têm penas em tom mais pálido e não tem máscara preta no rosto.
O nome científico dessa espécie é Tangara cayana, que significa “Ave dançarina de caiena”.
Saíra verde
A saíra-verde é uma ave de presença em florestas úmidas da Amazônia, Pernambuco e Santa Catarina.
Atende pelo nome científico de Cholorophanes spiza. Sua plumagem naturalmente é verde, mas com tons claros e escuros que certamente a destacam muito por onde quer que passe.
Sua barriga e pescoço apresentam tons mais claros e intensos, já as suas asas são de um verde mais frio.
Tem uma máscara negra na face e seu bico é bicolor: negro na superfície superior e amarelo na inferior.
Mede 14 centímetros de comprimento e pesa 19 gramas. Seu ninho é fixado com teias de aranha e tem formato de tigela.
Em contraste com sua aparência nada discreta, seu comportamento é mais retraído, pois raramente canta ou emite qualquer tipo de som.
Saíra sete cores
Sem dúvida, uma das espécies mais exóticas. Não se chama Saíra sete cores à toa, pois de fato ostenta esse número impressionante de gradações que dividem seu corpo inteiro. As cores que mais se destacam são azul turquesa, verde e preto.
O macho e a fêmea constroem o ninho com gramas e folhas e depois se escondem na vegetação.
Essa espécie de Saíra mede aproximadamente 13,5 cm de comprimento e pesa algo em torno de 18 gramas.
Cuidados na criação do Saíra
Aos que obtiveram licença para criar Saíra, recomendam-se alguns cuidados básicos para boa qualidade de vida da ave. Troque a água com frequência e limpe o local que ocupa, diariamente. Para evitar a formação de bolor, limpe os comedouros com regularidade.