Agronegócio

Chocolate suíço tem ingredientes especiais e selecionados

Chocolate suíço tem ingredientes especiais e selecionados

O primeiro chocolate suíço foi criado em 1819, por François-Louis Cailler, fundador da Corsier-sur-Vevey, primeira fábrica de chocolates da Suíça.

Sem dúvida, o chocolate suíço é um dos mais apreciados em todo o mundo e é feito com matéria-prima de primeira qualidade.

Chocolate suíço

O que é chocolate suíço?

Chocolate suíço, apreciado por sua cremosidade, é também um dos mais caros do mundo.

História do chocolate

A civilização Olmeca, extinta aproximadamente no século IV, foi quem iniciou o cultivo do cacaueiro, planta nativa da bacia Amazônica.

O povo habitava as regiões tropicais da América Central, atual México e Guatemala, e foi uma das primeiras civilizações mesoamericanas.

Após sua extinção, a civilização Maia instalou-se na região e passou a desenvolver a plantação do cacaueiro, que chamavam de “cacauatl”.

Os Maias davam muita importância ao cacau, e o consideravam como um presente dos deuses. Por isso, as sementes chegaram a ser moeda de troca.

A civilização Maia foi a primeira a elaborar uma bebida com as sementes do cacau, muito amarga, mas bastante apreciada pela nobreza.

A bebida era feita com as sementes torradas de cacau, misturadas com algumas especiarias como, por exemplo, mel e pimenta, e servida em celebrações.

Posteriormente, quando Hernán Cortés, explorador espanhol, desembarcou em terras latinas, levou o fruto para a Europa, mais precisamente para a Espanha.

A bebida, então, passou a ser consumida com baunilha e açúcar, por exemplo, e rapidamente se espalhou pela Europa.

Anos mais tarde, os ingleses adicionaram às sementes torradas e moídas de cacau, manteiga e açúcar, nascendo, assim, o chocolate em barras.

Ingredientes do chocolate suíço

Embora a Suíça não seja produtora de cacau, aliás, importadora em potencial, produz um dos melhores chocolates do mundo.

O país importa os grãos de cacau utilizados na preparação do chocolate suíço principalmente do Brasil, Equador e Venezuela.

Em 2019, o Brasil exportou mais de 50.000.00 de toneladas de cacau, seja em pó, como também pasta e manteiga, totalizando mais de US$ 190 milhões.

A Suíça, em 2017, adquiriu em torno de 5 toneladas de cacau, partido ou inteiro, destinadas à produção de chocolates, além de outros itens de confeitaria.

Entretanto, a compra de cacau brasileiro pelos suíços já vem de longa data. Em 2002, empresas já adquiriam cacau sustentável, produzido no estado da Bahia.

Inclusive, o cacau produzido pelo estado foi premiado como o melhor do mundo entre todos os outros países produtores do fruto.

A escolha pela variedade de cacau também influencia o resultado do chocolate suíço, levando-se em consideração o sabor e aroma de suas amêndoas.

Por exemplo, a variedade Criollo possui frutos grandes e avermelhados e, consequentemente, muito mais polpa, o que garante um produto com maior qualidade.

Seu sabor possui notas de nozes e frutas. Comercialmente, a variedade Criollo é conhecida como “cacau-fino”.

Já a variedade Forastero, cultivada em 80% dos países produtores de cacau, e também a mais cultivada no estado da Bahia, é conhecida como “tipo comum”.

A variedade é utilizada, principalmente, para a produção de chocolates bem comerciais.

Seu sabor é bastante amargo, exigindo uma dose extra de açúcar para que o resultado do produto seja satisfatório.

A variedade Trinitário, resultado do cruzamento entre a Criollo e a Forastero, é considerada de ótima qualidade e reúne características de ambas.

Chocolate suíço

Leite faz a diferença

Além da escolha das amêndoas de cacau, a qualidade do leite é essencial para o sucesso do chocolate suíço.

O leite, de altíssima qualidade, é produzido por vacas leiteiras criadas em propriedades rurais pequenas e que alimentam-se de pastagens naturais.

Além disso, as pastagens são isentas de agrotóxicos, assim como os transgênicos não são incluídos na alimentação do gado leiteiro.

Por consequência, a qualidade do leite é infinitamente superior aos demais, pois apresenta uma textura mais encorpada.

Essa característica, sem dúvida, faz com que o chocolate tenha uma maior cremosidade, o que o destaca entre tantos outros produzidos no mundo.

Processo de produção do chocolate suíço

Os ingredientes para a fabricação do chocolate suíço são rigorosamente selecionados. Mas o processo de produção também é bastante minucioso.

Apesar de a Suíça não ser o primeiro país europeu a produzir chocolates, foi a primeira a utilizar o processo conhecido como conchagem.

O processo de conchagem do chocolate foi criado em 1879 pelo suíço Rodolphe Lindt, que modificou completamente a forma de produzir chocolates. A conchagem é um processo bastante logo, podendo durar horas e até mesmo dias.

Primeiramente, as amêndoas de cacau são torradas e moídas. Logo depois, são submetidas ao refinamento e, em seguida, são transformadas em barras.

Em terceiro lugar, o chocolate é derretido, transformando-se em um líquido quente. Esse líquido, então, é submetido à mistura, agitação e aeração.

O processo de conchagem é essencial para que o chocolate suíço resulte em uma iguaria suave, equilibrada e cremosa.

A Lindt, uma das gigantes suíças e pioneira na utilização da conchagem, adiciona manteiga de cacau pura à concha, garantindo, assim, um chocolate mais suave.

Marcas de chocolate suíço

A população suíça é a que mais consome chocolate no mundo, aproximadamente, 12 kg/ano, per capita. Mas também são os que mais exportam.

No Brasil encontramos algumas marcas bastante conhecidas, e também consumidas, há vários anos.

Em seguida, listaremos as marcas que são muito apreciadas por todo o mundo e onde comprar chocolate suíço no Brasil.

Chocolate suíço

Lindt

A marca Lindt é uma das mais consumidas pelos brasileiros e conta com uma série de produtos.

Bombons, ovos de Páscoa, pralinés, creme de avelã com cacau, barras de chocolates, enfim, uma gama gigantesca de produtos e de preços também.

A barra de chocolate suíço Lindt ao Leite Classic, com 100 gramas, pode ser encontrada a partir de R$ 22,00.

Já uma cesta com 5 bombons, 2 barras de chocolate com 100 gramas cada, acondicionadas em um cachepô, pode ser encontrada a partir de R$ 221,00.

Toblerone

Outra marca bastante familiar aos brasileiros, o Toblerone possui um preço bem mais acessível.

O Toblerone também é encontrado em vários tipos como, por exemplo, ao leite, dark, branco, com uvas-passas ou com amêndoas.

Com seu formato bem peculiar, a barra com 100 gramas de Toblerone ao leite pode ser encontrada a partir de R$ 12,80.

O mini Toblerone ao leite nougat/mel, com 200 gramas, pode ser encontrado a partir de R$ 39,00.

Ovomaltine

O Ovomaltine é outro produto bastante conhecido e consumido pelos brasileiros desde a década 70, quando desembarcou no país em forma de achocolatado.

A versão em barra de chocolate também agrada muito aos brasileiros e pode ser encontrada ao leite, branco e com cereais.

Seu preço também é inferior a outras marcas de chocolate suíço. A barra de Ovomaltine ao leite com 90 gramas pode ser encontrada a partir de R$ 9,00.

Frey

Uma das marcas mais vendidas na Suíça, a Frey também pode ser encontrada no Brasil. A empresa conta com uma extensa linha de produtos.

Barras de chocolate ao leite com pecan e caramelo, chocolate meio amargo com limão e pimenta, por exemplo, são muito consumidas, tanto na Suíça, quanto no Brasil.

O preço da barra de 100 gramas de chocolate ao leite com laranja Frey pode ser encontrado a partir de R$ 14,90.

A maioria das marcas de chocolate suíno que listamos pode ser encontrada em lojas de departamentos, hipermercados, importadoras e também pela internet.

O chocolate suíço fabricado pela Teuscher, em Zurique, é considerado o melhor chocolate do mundo. Os ingredientes são selecionados rigorosamente e o processo de fabricação é minucioso. Como resultado, obtém-se um chocolate excepcional, aclamado pelos melhores especialistas.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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