Como age e no que consiste a biossegurança?
Associada e confundida com a segurança do trabalho, a biossegurança visa, principalmente, a prevenção e preservação dos trabalhadores e pacientes envolvidos no ramo da saúde e da medicina.
Biossegurança está diretamente relacionada aos cuidados que devem ser tomados para que possíveis riscos sejam evitados. Dessa forma, garantindo a integridade física de todos os envolvidos no processo.
O que é biossegurança?
Biossegurança é o nome dado às ações norteadas pela prevenção, proteção do paciente e do trabalhador. A redução de riscos específicos nas atividades de ensino, produção, pesquisa, desenvolvimento operacional e tecnológico também fazem parte desse conjunto. Ele atinge, também, o campo de qualidade e de proteção ambiental.
Ou seja, toda a importância da biossegurança está voltada para os serviços de saúde. Ela refere-se a medidas de prevenção contra infecções, para que os funcionários sejam protegidos, além de exercer papel essencial na comunidade em que se faz presente – com os incentivos de consciência sanitária.
Preserva as condições ambientais em favor do descarte e manipulação correta de elementos químicos, tóxicos e infectantes, diminuindo também os riscos à saúde e possíveis acidentes. A biossegurança caracteriza-se como um processo progressivo, que deve ser planejado, supervisionado e atualizado constantemente para que mantenha sua eficiência.
Sendo assim, pode-se dizer que ela envolve diretamente as relações entre tecnologia, risco e o homem. O risco é sempre proporcionado por inúmeros fatores, e isso faz com que seja necessário um controle focado no propagação de informações. Além de medidas adequadas de práticas de segurança, tanto para os pacientes e profissionais quanto para o meio ambiente.
Objetivo da biossegurança
O objetivo da biossegurança é, principalmente, garantir a segurança das condições de trabalho aos trabalhadores, fazendo o monitoramento para que o dia a dia seja livre de grandes riscos. Além disso, busca estabelecer medidas que evitem possíveis acidentes ocupacionais.
Todas atividades desenvolvidas para os profissionais da área da saúde devem visar o aprendizado e crescimento dentro das ações realizadas no cotidiano de trabalho.
Todo cuidado deve ser tomado para que os trabalhadores dos laboratórios, da limpeza, o meio ambiente, os equipamentos, materiais e o descarte sejam garantidos e façam parte das Boas Práticas em Laboratório Clínico (BPLC), de acordo com todas as regras de biossegurança estabelecidas.
Conceitos que envolvem a biossegurança
Organismos geneticamente modificados (OGM) e pesquisas científicas com células tronco embrionários são os processos que estabelecem a biossegurança, segundo a Lei de Biossegurança N.11.105 de 24 de março de 2005, regulamentada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança.
O foco desta Lei está nos riscos ao realizar técnicas e manipular os organismos geneticamente modificados, como por exemplo os alimentos transgênicos desenvolvidos pela engenharia genética.
Embora esteja diretamente interligada com a engenharia genética, a biossegurança também é encontrada em locais carentes de biotecnologia moderna, como, por exemplo:
- Laboratórios de análises clínicas;
- Laboratórios de saúde pública;
- Hemocentros;
- Universidades;
- Hospitais;
- Indústrias.
Muitas vezes é confundida com a engenharia de segurança, medicina do trabalho, higiene industrial, engenharia clínica, infecção hospitalar e saúde do trabalhador. A biossegurança assegura os riscos gerados principalmente por fatores físicos, ergonômicos e químicos.
Definição dos fatores de risco
Os principais fatores de riscos são:
- Risco de acidentes: risco de algo negativo e maléfico, que pode resultar em lesões ou danos materiais, como, por exemplo, queimaduras, perfurações e cortes.
- Risco ergonômico: risco de fatores que interferem nas particularidades psicofisiológicos do profissional, que pode resultar em danos à saúde e desconfortos, como, por exemplo, dor nas costas devido a postura inadequada, movimentos repetitivos, etc.
- Risco físico: risco de fatores que podem ficar expostos ao indivíduo, como, por exemplo, pressões anormais, vibrações, ultrassom, temperaturas altas, radiações ionizantes (Iodo 125, Carbono 14 e Raio X), radiações não ionizantes (luz ultravioleta, infravermelha, laser, microondas), etc.
- Risco químico: risco de exposição a substâncias e agentes químicos, sejam eles líquidos, gasosos, mini partículas, poeiras vegetais e minerais, que podem facilmente entrar no organismo através da via respiratória ou serem absorvidos pela pele ou ingestão. Como, por exemplo, produtos de limpeza e desinfecção, corantes, medicamentos e solventes.
- Risco biológico: risco relacionado com o manuseio ou contato direto com materiais ou animais infectados que possam ser nocivos ao meio ambiente, à outros animais e aos humanos.
Biossegurança veterinária
Na biossegurança veterinária o médico veterinário tem as mesmas cargas de responsabilidades comparadas aos outros profissionais na área da saúde. Ela visa analisar profundamente os possíveis riscos dos ambientes, com o intuito de reconhecer, evitar e criar novas medidas de manuseio e técnicas seguras de trabalho.
Por isso faz-se importante que todos os profissionais que atuam nesta área veterinária tenham conhecimento das recomendações necessárias de implementação e implantação de práticas boas, adequadas e propícias de biossegurança.
Antes do atendimento ao paciente, é preciso que o ambiente seja preparado e higienizado, para evitar possíveis riscos de contaminação.
Algodão, recipientes de gaze, negatoscópio e maçanetas podem tornar-se local para agentes infectantes alojarem-se. Isso faz com que por meio do contato os microrganismos sejam passados diretamente para a boca, olhos ou nariz. Portanto, a higienização reduz significantemente os riscos de infecção e contaminação, tanto do paciente quanto do profissional.
Principais riscos na biossegurança veterinária
Como dito anteriormente, fatores químicos, físicos e ergonômicos são os principais riscos em que a biossegurança age sobre, trata-se de riscos ocupacionais.
Os riscos ocupacionais englobam:
- Os riscos físicos;
- Os riscos químicos;
- Os riscos biológicos;
- Os riscos ergonômicos;
- Os riscos de acidentes.
As principais causas comuns de acidentes ocupacionais envolvem:
- Desconhecimento das regras de segurança;
- Desconhecimento dos fatores de risco;
- Treinamento insuficiente da equipe, como, por exemplo, estratégias de incentivo;
- Fadiga / estresse;
- Incapacidade física para o trabalho.
Portanto, as medidas propícias e adequadas para que os acidentes ocupacionais sejam evitados são:
- Higienizar as mãos;
- Usar luvas;
- Usar máscaras;
- Usar protetores oculares quando for preciso (EPIs);
- Acomodar adequadamente o paciente;
- Transportar de modo seguro o paciente;
- Fazer descarte adequado dos resíduos e materiais utilizados.
Sendo assim, as principais vias de transmissão são, basicamente, através do contato direto entre veterinário e paciente, paciente e veterinário e, até mesmo, paciente e paciente. Já o contato indireto acontece através de gotículas de saliva, sangue, urina, fezes, secreções, excreções, sêmen, etc.
Alimentos, água, medicamentos e materiais podem ser entendidos como veículos comuns na biossegurança. Enquanto os insetos, moscas e formigas são compreendidos como os vetores.