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Pecuária

Mangalarga Marchador tem status de melhor raça para montaria

Mangalarga marchador e raça equina mineira que se destaca na função de montaria

A raça de cavalo mangalarga marchador seu iniciou no Brasil logo após aos anos de descobrimento do país.

Em meados dos anos de 1800, alguns cavalos, principalmente o mangalarga marchador, pertencentes à elite passaram a ser enviados para o Brasil, possibilitando assim o desenvolvimento da raça.

Cavalo mangalarga marchador

O cavalo mangalarga marchador – também chamado de cavalo Junqueira – pertence às raças de cavalos brasileiros. Descende da linhagem de cavalos Alter Real, que faz parte da espécie do Cavalo Lusitano. Estes cavalos chegaram no Brasil por volta do século XIX, através da corte portuguesa.

O mangalarga foi, na verdade, um cruzamento entre os cavalos negros marchadores pertencentes aos fazendeiros do sul de Minas Gerais. Resultando em uma raça dócil, porte sofisticado, beleza delineada e altamente propícios para montaria.

História da raça mangalarga marchador

A história da raça tem origem brasileira. Surgiu no Estado de Minas Gerais através do cruzamento da raça de cavalo alter. Eles foram tragos diretamente de Portugal, juntando-os com outras raças que pertenciam aos antigos fazendeiros mineiros.

A estrutura de geração da raça alter vem de outra raça de cavalos, a andaluza (raça espanhola). Sua origem procede de cavalos ibéricos da região da Península Ibérica, berberes da região norte da África e germânicos da região norte da Europa.

Os cavalos da  raça alter vieram para o Brasil no ano de 1808, com a D. João VI, sendo levados para a Colônia juntamente com a família real.

A família real via vantagens nesta raça e por isso apostaram nela. Eles eram muito prestigiados em Portugal e coudelarias (haras – local que incentiva a reprodução e seleção de raças) eram compradas e investidas nos animais, para maior aperfeiçoamento da raça.

No ano de 1748, D. João V foi o responsável pela criação da Coudelaria de Alter. A criação dos bichos possibilitou grande reputação e conquistas para o rei. Classe nobre europeu e príncipes eram as pessoas que mais procuravam esses cavalos usá-los em serviço ou em atividades de lazer e recreação.

Na época em que o país Portugal foi ameaçado e atacado por algumas tropas francesas, comandadas pelo imperador Napoleão Bonaparte, foram saqueadas muitas fazendas voltadas para a criação dos cavalos Alter, principalmente a Coudelaria Alter do Chão, pertencente a D. João V.

História da raça: o cruzamento

No entanto, quando o rei D. João V saiu de Portugal em direção ao Brasil trouxe consigo alguns dos cavalos mais nobres da coudelaria. Assim, antes mesmo da invasão das tropas, alguns dos cavalos mais nobres da coudelaria foram tragos para o país. Eram modelos puros de alter, que deram descendência ao cavalo sublime, responsáveis pela criação do mangalarga marchador.

Os primeiros animais da raça foram chamadas de sublime, que na verdade, foram dados de presente ao Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, no anos de 1812. Assim, o barão cruzou o Sublime com as fêmeas que já possuía na fazenda de Minas Gerais, chamada de fazenda Campo Alegre. Este cruzamento foi o início da base para a raça em questão.

Estas fêmeas usadas no cruzamento com o sublime eram descendentes das raças de berbere e andaluz, inseridas nos Brasil pelos colonizadores portugueses. É notório que a miscigenação das raças já estava instalada.

O barão Gabriel Francisco foi cauteloso em realizar os cruzamentos. Ou seja, ele observou cada característica do animal, levando em conta a capacidade de resistência, andamento confortável, rusticidade e disposição de cada cavalo.

Na época da criação intensiva de cavalos, muitas pessoas ficaram surpresas com os cavalos que possuíam andamento mais confortável, pois eram os únicos meios de transporte possíveis. Isso fez com que nobres adquirissem alguns animais, justamente do Barão, direto da Fazendo Campo Alegre. Aconteceu dessa forma pois a fazenda era a única propriedade em que os cavalos tinham um andamento confortável e cômodo.

Há muitas versões contadas sobre a história da raça. No entanto, a maioria delas condizem entre si em relação aos fatos.

Origem do nome da raça

Outro ponto que envolve muitas versões diz respeito ao nome da raça. A mais forte e mais conhecida das versões diz que ela recebeu o nome de mangalarga marchador por causa da Fazenda Mangalarga, no Estado do Rio de Janeiro.

O dono da fazenda era um proprietário de classe alta que impressionou-se pelos cavalos da raça e decidiu adquirir alguns deles. O intuito era de usá-los em passeios sofisticados pelas ruas das cidades cariocas.

Assim, quando um possível comprador também se impressionava pelo animal, o dono da fazenda recomendava as fazendas localizadas no sul do Estado de Minas Gerais. Dessa forma, os possíveis compradores iam em busca dos cavalos levando a referência dos “cavalos da fazenda de mangalarga”.

Já o segundo nome foi atribuído à esta raça pois alguns cavalos marchavam ao invés de trotar. Assim, ficou como mangalarga marchador.

Características da raça

Os cavalos desta raça possuem aparência de porte médio, são ágeis, com forte e proporcionada estrutura, resistentes e sadios. Além disso, possuem temperamento dócil e ativo, pele lisa e fina, com pelos mais sedosos, também finos e lisos.

Possuem um pescoço colossal e cabeça com formato triangular. Suas costelas são bem arqueadas e seus troncos muito rígidos e fortes. Os tendões são robustos e bem definidos.

Especialistas alegam que os cavalos de raça mangalarga marchador são os melhores animais para montaria. O fato de serem dóceis e de possuírem a capacidade de transitar por distâncias quilométricas fazem com que sejam ótimos para o investimento do agronegócio.

Além disso, são cavalos que podem ser criados a pasto, resultando em uma maior diminuição de custos para a manutenção.

Curiosidades sobre o mangalarga

O cavalo mangalarga marchador é comumente chamado de mangalarga mineiro. No entanto, há outra raça brasileira de cavalo, chamada de mangalarga paulista. O cavalo mangalarga paulista é próprio e originário do Estado de São Paulo.

Ele recebe este nome para que possa ser diferenciado do mangalarga marchador, a raça de mangalarga mineiro.

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