Respiração anaeróbica obtém energia sem uso de oxigênio. Como a respiração anaeróbica não envolve o oxigênio em seu processo para obter energia, acabam sendo utilizados outros métodos para a realização da respiração celular, já que o processo deve ocorrer de uma forma ou de outra.
Na respiração anaeróbica, é de suma importância entender e conhecer a sua forma de energia e como é obtida. Além disso, muitas bactérias não são tolerantes ao oxigênio, por isso, também se utilizam deste método de respiração.
O que é respiração anaeróbica?
Respiração anaeróbica é a geração de energia a partir de métodos que não envolvem oxigênio. Logo, trata-se de algo muito diferente, já que a respiração anaeróbica obtém energia apenas através de reações químicas.
A geração de energia da respiração anaeróbica, que é o resultado de tais reações químicas, provém da molécula de ATP. O ATP, sigla de Adenosina Trisfosfato, trata-se de uma molécula tecnicamente simples. Essa molécula é composta pela base nitrogenada adenina, açúcar e três fosfatos.
É válido afirmar, inclusive, que a respiração anaeróbica é um tipo que, apesar de atualmente ser pouco vista, ainda é muito utilizada por determinados organismos. Esses, no entanto, nem sempre podem ser vistos.
Um exemplo são organismos que vivem nas profundezas do oceano e não possuem oxigênio o suficiente. Caso possuíssem, afinal, acabariam por morrer, já que é algo que não estão acostumados e o oxigênio seria tóxico para eles.
Exemplos de respiração anaeróbica
Após entender o que é respiração anaeróbica, exemplos são sempre válidos para oferecer maior entendimento sobre o assunto. Logo, sempre que a respiração anaeróbica é mencionada, estamos falando sobre uma série de reações diversas que são realizadas para que ocorra a quebra de açúcar.
Entre essas reações, consideradas clássicos exemplos de respiração anaeróbica, encontram-se a fermentação e a glicólise. Isso porque é dentro do citoplasma das células que ocorre esse tipo de respiração.
Mesmo que gere o ATP, não é a forma mais eficaz, já que, ao chegar no final do processo, a energia gerada pode-se notar como baixa e insuficiente, dependendo do caso. Dessa maneira, um mol de glicose, por exemplo, gerará somente dois mols de ATP.
Ainda assim, é muito importante reforçar a imensa importância desta respiração, principalmente para todos aqueles organismos que não podem suportar a presença do oxigênio. Afinal, dependendo do organismo, o oxigênio pode se tornar tóxico.
Sabendo onde ocorre a respiração anaeróbica e sabendo que existem organismos que não sobrevivem sem esse tipo específico de respiração, um exemplo clássico e de fácil entendimento é a bactéria do tétano.
Além disso, já houve épocas, durante os primeiros surgimentos da vida, em que não havia uma quantidade aceitável e razoável de oxigênio na atmosfera que suprisse todos os seres e que pudesse ser usado.
Ainda hoje em dia, há ambientes marinhos específicos e lacustres que não possuem oxigênio e que ainda estão acostumados a realizar a respiração anaeróbica.
Respiração aeróbica e anaeróbica
Muitas dúvidas ocorrem entre as diferenças presentes entre a respiração aeróbica e anaeróbica. A diferença entre ambas é que, na respiração aeróbica, o processo é muito mais complexo e eficiente, já que ela utiliza, de fato, o oxigênio como parte de seus principais componentes.
Logo, a respiração aeróbica pode ser facilmente observada no processo que ocorre nas mitocôndrias das células. Esse processo é conhecido como fase fosforilação oxidativa e utiliza o piruvato durante o processo, que é um dos produtos da glicólise.
Diferente da respiração anaeróbica, esse método de obtenção de energia tem o poder de gerar aproximadamente 36 mols de ATP. Toda essa quantidade é, inclusive, gerada com somente um mol de glicose, o que faz com que seja um número muito alto quando em comparação com a respiração anaeróbica.
Além disso, a diferença é que quase todos os seres vivos presentes atualmente no planeta Terra utilizam-se da respiração aeróbica para obter a devida energia para realizar suas atividades cotidianas. Entre os seres vivos, o exemplo mais clássico é o ser humano.
Também pode-se dizer que a diferença entre a respiração aeróbia e anaeróbia é o fato de a respiração anaeróbia ser uma forma mais primitiva de respiração, enquanto a respiração aeróbia é a mais utilizada nos dias de hoje, já que há pleno oxigênio para que as espécies possam obter energia de forma mais rápida e fácil.
Fermentação
Entre os tipos de respiração citados anteriormente, sabe-se que a ausência de oxigênio que a respiração anaeróbica causa, promove outro tipo de evento dessa respiração, que é a fermentação.
Mesmo que já citada como um dos exemplos anteriormente, a fermentação de fato é um dos mais comuns. Afinal, é o processo que ocorre após a glicólise e, assim, tem a finalidade de iniciar a reciclagem de componentes de grande importância durante o mecanismo realizado para obter energia.
No entanto, esse processo se utiliza das reações químicas que usam do piruvato, acabando por gerar outros produtos. Entre esses produtos, encontram-se o láctico e o álcool.
Ainda assim, o que muitas pessoas se equivocam é em relação à energia que a fermentação gera. Afinal, mesmo que seja um processo de grande importância, na verdade, não gera energia.
Glicólise
Em geral, há uma certa confusão em relação à glicólise e a fermentação. O motivo é que é muito comum observar, em diversos livros e demais categorizações, que a fermentação é um processo baseado na extração da energia em forma de ATP.
Essa extração diz-se ser, na verdade, da energia em forma de ATP, porém, da glicose quando ela se encontra em condições de pura anaerobiose. Logo, isso significa que muitos autores e estudiosos creem que a glicólise é justamente um processo puro da fermentação.
Em suma, essa afirmação não está totalmente incorreta. Porém, é preciso diferenciar tais eventos. O motivo é que a glicólise está presente em ambos os processos respiratórios, seja na aeróbica ou anaeróbica. Logo, não é uma exclusividade da fermentação ou da respiração anaeróbica.
De qualquer forma, como pudemos observar, a respiração anaeróbica é, em suma, a energia resultante de um processo feito na ausência do oxigênio.