As práticas da monocultura na agricultura e pecuária nacional
As atividades da monocultura nos segmentos da agricultura e da pecuária possuem grande relevância para o agronegócio e para a economia nacional.
Voltada para a exportação, a monocultura visa produzir em maior quantidade um só produto, em um baixo período de tempo, contribuindo para as relações externas.
O que é monocultura?
O conceito de monocultura – ou plantation – consiste em uma produção agrícola de apenas um tipo de cultura vegetal, geralmente praticado em latifúndios (grandes propriedades rurais). Há também, no segmento da pecuária, a monocultura de animais. Esta, consiste na criação de apenas uma espécie de animal, como por exemplo a criação de gado para a pecuária leiteira ou de corte.
As principais vantagens da monocultura são:
- Alta produtividade em pouco tempo;
- Diminui os custos da produção;
- Possui facilidade na utilização de herbicidas;
- Produção voltada para a exportação, contribuindo de maneira significativa para a economia nacional.
Este tipo de produção agrícola foi um dos marcos na economia das Américas, sendo executado principalmente no período de colonização da Europa. Após este período, a prática passou a ser adotada pelo continente africano e asiático. Atualmente, a monocultura é intensiva em países subdesenvolvidos.
No entanto, a cultura única foi aplicada nas atividades agrícolas do Brasil apenas no século XVI, período em que Portugal aprimorou e desenvolveu a produção de açúcar na região nordeste do país. Já no século XX, o principal produto da monocultura passou a ser o café, principalmente no Estado de São Paulo.
É possível encontrar facilmente as práticas de monocultura brasileira, como, por exemplo, na agricultura intensiva que também visa a produção destinada à comercialização externa. Os principais exemplos de monocultura são:
- Soja;
- Café;
- Eucalipto;
- Cana de açúcar.
Como a monocultura é realizada?
Esta forma de produção agrícola é, principalmente, praticada por produtores e latifundiários com o intuito de exportar os produtos. Dessa forma, ao escolher o produto a qual será manejado ou cultivado, leva-se em conta o mercado internacional. Para que aconteça a plantação de somente um produto o solo tem de ser preparado no período de pré-produção. Portanto, as principais características são:
- Remover a vegetação que cobre determinada área;
- Preparar o solo para a plantação;
- Cultivar somente um produto várias vezes no mesmo local;
- Usar uma quantidade abundante de agrotóxicos.
Impactos ambientais
A prática intensiva da monocultura, embora benéfica para a economia do país, traz diversos riscos à saúde do meio ambiente, agravos que prejudicam a qualidade ambiental. Dessa forma, as principais desvantagens e impactos são:
- Esgotamento do solo: cultivar a mesma espécie em uma determinada área por muito tempo compromete o solo, deixando-o esgotando e resultando na perda de nutrientes e na exaustão;
- Contaminação do solo: o uso abundante de fertilizantes e agrotóxicos para controle de pragas e doenças faz com que o solo esteja sujeito à contaminação, além de impactar no ciclo hidrográfico da região e ocasionar no desequilíbrio da ecologia;
- Desmatamento: a remoção da vegetação natural da cobertura terrestre leva ao desmatamento, causando variações no clima da região e comprometendo a biodiversidade.
No entanto, ações são realizadas para que os impactos da monocultura e de outros fatores prejudiciais sejam reduzidos. É o caso das atividades feitas pelos ativistas ambientais. Este movimento visa lutar em favor ao meio ambiente, protegendo a fauna e a flora nacional.
Além disso, empresas estão desenvolvimento e aprimorando técnicas de manejo voltadas para a sustentabilidade nas produções de monocultura, seja em pequenas ou grandes propriedades.