De qual forma a arenização impacta o meio ambiente?
Os impactos negativos no solo e queda da produtividade são alguns exemplos das consequências que podem ser causadas pelo processo de arenização.
As ações que resultam e possibilitam a ocorrência da arenização estão ligadas tanto aos meios naturais como às ações antrópicas; ou seja, realizadas pelo homem.
O que é arenização?
Arenização é nome dado ao processo de que remove a cobertura natural do solo e provoca grandes bancos de areia. Diferente da desertificação, a arenização é formada principalmente em locais com clima úmido, com altos índices de precipitações (chuvas) e solos arenosos, como, por exemplo, o Estado do Rio Grande do Sul. Além disso, este processo tem proximidade com as condições físicas do solo, ocorrendo principalmente em superfícies desniveladas.
Causas da arenização
O processo de arenização acontece tanto de forma natural quanto humana. De modo natural, a arenização acontece quando a água e o vento arrastam a vegetação e os sedimentos do solos do local mais alto até a superfície mais baixa, formando os bancos de areia. Além disso, a erosão causada pelos longos períodos de chuvas também favorece a arenização.
De forma humana, ela ocorre através da retirada da vegetação natural que cobre o solo, ou seja, por meio desmatamento ou da utilização imprópria do solo, como, por exemplo, as atividades agrícolas inadequadas para determinado tipo de solo. Assim, as principais consequências da arenização são:
- Dificulta o crescimento e desenvolvimento de novas vegetações naturais, formando áreas desérticas;
- Ocasiona o empobrecimento do solo;
- Compromete a fertilidade do solo e das espécies vegetais e animais;
- Possui o risco de desequilibrar os ecossistemas, além de comprometer a fauna e a flora regional;
- Deteriora os nutrientes do solo, impossibilitando as práticas agrícolas.
Arenização na região sul do Brasil
Este processo é muito recorrente em muitos lugares e regiões. No Brasil, a principal afetada é a região sul – o Estado do Rio Grande do Sul, especificamente. Ao contrário do processo de desertificação que ocorre na região nordeste do país, a arenização impacta diretamente as condições deste estado.
Por ter clima subtropical, o Rio Grande do Sul tem altos e intensos níveis de chuva. Devido isso, o processo de precipitação ocorre mais rapidamente em comparação ao processo de evaporação da região. Com a retirada da cobertura vegetal, o solo fica mais exposto e vulnerável à causas nocivas. Assim, com fortes chuvas, os sedimentos são arrastados até os pontos mais baixos.
A luta contra a arenização
O combate a arenização requer análises e cuidados pertinentes às áreas mais suscetíveis ao processo. Identificar as áreas com maior possibilidade faz parte de uma das atividades de combate, além de fazer o uso moderado delas visando a diminuição da erosão.
A preservação, conservação da vegetação natural e as técnicas adequadas de cultivo, como, por exemplo, as curvas de nível e métodos de irrigação, são exemplos de ações que diminuem a predisposição do processo. Por isso, a agricultura sustentável é o tipo de produção agrícola mais recomendado para estas áreas.
No entanto, a arenização é prejudicial para as características e propriedades naturais, para a biodiversidade e para o ecossistema. Dessa forma, atividades econômicas também sofrem o impacto, uma vez que o processo dificulta – e, muitas vezes impossibilita – o grau de produtividade dos solos.