Os sistemas agrícolas e as técnicas da agricultura intensiva e extensiva
Os sistemas agrícolas envolvem tanto a mecanização quanto o baixo uso de técnicas desenvolvidas nas atividades da agropecuária. Países subdesenvolvidos e desenvolvidos optam por técnicas intensivas ou extensivas de acordo com suas necessidades.
O êxodo rural (saída do campo para a cidade), por exemplo, é um dos fatores resultantes da alta utilização do sistema intensivo. Desta forma, os sistemas agrícolas estão diretamente relacionados com o desenvolvimento econômico dos países.
O que são sistemas agrícolas?
Sistemas agrícolas são o conjunto de atividades produzidas pela agricultura e pela pecuária. Nestes sistemas concentram-se atividades econômicas, técnicas e sociais da agropecuária, como por exemplo as propostas de créditos agrícolas, qualidade da mecanização, intenso uso de insumos e grau de produtividade.
Os sistemas agrícolas podem ser divididos em sistema intensivo e extensivo. A diferença entre agricultura moderna e tradicional está diretamente relacionada com as técnicas e mecanizações utilizadas por cada uma.
Sistema de agricultura intensiva
Na agricultura brasileira, o sistema intensivo – ou agricultura moderna – é o mais utilizado. Ele engloba técnicas desenvolvidas e utilização de novas tecnologias que auxiliam no plantio e na preparação do solo. Além disso, este sistema prioriza a capitalização e a produtividade em larga escala, associada com a eficiência do solo e com seu grau de produção por hectare.
A produtividade por cada hectare difere-se da produção agrícola, uma vez que a última está ligada a quantidade produzida e a primeira, ligada ao quanto se produziu por hectare por meio dos recursos e técnicas utilizadas. Os principais métodos do sistema intensivo são:
- Mecanização: utilização de colheitadeiras, plantadeiras, tratores e implementos/acessórios
- Insumos: utilizados no preparo do solos
- Sementes selecionadas: utilização de sementes resistentes à doenças e pragas, além de serem apropriadas aos tipos de climas, agrotóxicos, inseticidas e herbicidas
Na pecuária, o sistema intensivo também é aplicado para a alta produtividade. Nele, o gado fica confinado. São aplicadas técnicas que garantem a qualidade da carne e do solo, oferta de leite, boa genética, rendimento do pasto e boas práticas de manejo.
Por outro lado, o sistema intensivo recebe críticas uma vez que não apresenta muitos benefícios ao meio ambiente. Isso inclui , por exemplo, o desmatamento para implantação de culturas agrícolas, a utilização de agroquímicos, infertilidade do solo e erosão.
Sistema de agricultura extensiva
O sistema extensivo – ou agricultura tradicional – é usado principalmente pela agricultura familiar e orgânica. Ele engloba técnicas simples, baixo grau de produtividade e a preferência por elementos da natureza, responsáveis pela recuperação do solo anteriormente prejudicado.
Este sistema é escasso de técnicas modernas e desenvolvidas, há pouca mecanização, redução do uso de agroquímicos e grande utilização da mão de obra, com muitos trabalhadores exercendo atividades no setor primário resultando em boas condições para a economia do país. Devido isso, necessita de grande espaço para as produções nas áreas de plantio e cultivo.
Na pecuária, o sistema extensivo é caracterizado pela criação do gado solto que alimenta-se de pastagens naturais. No Brasil, este sistema é voltado para a pecuária de corte e tem grande importância na subsistência de muitas famílias. Principalmente as das zonas rurais.
Sendo assim, os sistemas agrícolas são importantes tanto para o investimento quanto para o mantimento do setor e das famílias no campo. A agricultura e a pecuária estão inseridas no agronegócio e colaboram para a economia. Desta forma, os dois sistemas servem de auxílio na produtividade do país, seja em baixa ou alta escala.