Agricultura

Cerca viva destaca diferentes utilidades e benefícios

Cerca viva destaca diferentes utilidades e benefícios

A vegetação em formato de cerca viva é muito requisitada na área de jardinagem

Os objetivos de uma cerca viva são dos mais variados. Cada tipo de produtor pode atribuir diferentes funções ao plantio. Este caráter adaptável está diretamente associado à espécie de planta que se é cultiva no jardim.

A cerca viva está presente nos jardins como forma de proteção ou para harmonização estética do local. Este tipo de jardinagem é fácil de crescimento e de cultivo simples e prático.

cerca viva em jardim

O que é cerca viva?

A cerca viva é um arbusto plantado em formato de muro. Além de decorar o local, a cerca viva apresenta duas funções principais: delimitar espaços para a plantação e proteção do plantio. As duas funções podem variar de acordo com o local e a necessidade que o produtor demanda.

Em alguns cenários, as cercas vivas servem para esconder detalhes da arquitetura do local que possam ser indesejáveis. As opções para a construção deste tipo de estrutura vegetal são das mais variadas e podem exercer diversas funções, de acordo com a maneira como são construídas. Para alguns agricultores, este tipo de vegetação é chamado de jardim vertical, pois é constituído por plantas de caráter trepadeira.

Os tipos de cercas vivas mais comuns são as que possuem flores. As cercas com flores podem ser encontradas em jardins com caráter mais voltado para o lado decorativo, enquanto as sem flores são mais vistas em jardins utilizados apenas para delimitar espaços.

Para que serve cerca viva?

Para cada tipo de cerca viva há uma utilidade em específico. Se o jardineiro deseja criar privacidade no local, as plantas com tamanho menor são recomendáveis. Este tipo de vegetação com folhas pequenas oferece um fechamento do muro com menor espaço entre as plantas, dando o aspecto de ambiente selado.

Uma boa opção de espécie de planta para este tipo de vegetação é a caliandra. Ela é bastante encontrada em condomínios, sendo usada para contornar o local e dar privacidade ao moradores nos espaços de área comum.

Caso a função da cerca seja a de demarcar um espaço, podem ser utilizadas folhas mais abertas e folhagens maiores. Neste tipo de vegetação podem ser trabalhados tanto folhas como flores.

Uma planta recomendada para este tipo de vegetação é a clúsia. Esta planta é nativa brasileira e cumpre a função de delimitar espaços sem o aspecto de parede na cerca. Sua folhagem é de caráter largo e grosso. Para um melhor desenvolvimento desta planta, é aconselhável dispor em ambiente em que o sol alcance a folhagem por um período curto de tempo no dia, para que a planta não fique com aparência queimada.

Por outro lado, se o jardineiro estiver à procura de uma vegetação possa colorir o ambiente em facilidade e pouco cuidado, a espécie de flor tumbérgia arbustiva é mais procurada. Este flor pode ser encontrada em tons azulados ou voltados para o roxo, e até mesmo branca. Uma características muito marcante desta espécie é a sua “garganta” amarela.

Como fazer uma cerca viva

A maneira de fazer uma cerca viva depende de qual tipo de ambiente o jardineiro dispõem; se o local é ao ar livre, ou uma estufa, por exemplo. Outro fator determinante é o tipo de solo que local contém e qual a condição climática em que a região está localizada.

Para construir uma cerca viva é necessário saber qual a função que ela terá no jardim: demarcar espaço, atribuir privacidade ao local, para colorir o ambiente com flores ou cultivar pequenos frutos.

Assim como boa parte dos jardins, a melhor época do ano para se iniciar a plantação de uma cerca viva é no verão ou na primavera. Estes climas são mais favoráveis para o cultivo, pois são de caráter úmido e chuvoso e com indícios de sol para enriquecer o plantio.

O tempo para esta plantação se desenvolver varia de acordo com o tipo de muda escolhida. Para que a vegetação se forme por completo e preencha o muro, o tempo estimado é de até seis meses.

Ao iniciar um plantio deste tipo, é importante se atentar se há elementos que podem dificultar o crescimento das mudas. É comum que algumas plantas tenham raízes fortes e profundas que as permitam adentrar encanamentos e, por conseguinte, destruir as estruturas próximas à plantação.

O tipo de cerca viva mais comum é a chamada coroa de cristo. Este tipo de vegetação atribui um aspecto de vegetação mais “agressiva” e segura em função dos espinhos que possui. A vegetação pode desabrochar flores pequenas e de coloração avermelhada.

Outra característica da coroa de cristo é o líquido ela produz: uma espécie de leite, localizada dentro de cada uma das folhas e de categoria tóxica. Portanto, a coroa de cristo não é aconselhável para ambiente em que há crianças ou animais, como cachorros e gatos.

Cerca viva com flores

As cercas vivas com o uso de flores são essencialmente utilizadas para dar mais vida ao local. O jardineiro que busca cultivar este tipo de cerca, em  geral, opta pela espécie tumbérgia arbustiva. Além desta planta cumprir o papel de coloração, ela também é uma espécie fácil de cultivo e demanda poucos cuidados.

O uso deste tipo de cerca viva é adaptável tanto para jardins baixos como altos. A espécie pode atingir até 2 metros e aguentar todas as estações do ano. Apresenta folhagem brilhante e bem viva.

cerca viva com flores

Cerca viva de bambu

A cerca viva feita de bambu é de derivada da espécie bambusa metake e conhecida como bambuzinho de jardim. Sua origem é japonesa e pode alcançar até 4 metros de altura. Por isso, este tipo de vegetação serve para produtores que desejam cobrir um muro alto.

A desvantagem deste tipo de vegetação é a fácil queima das folhas. A exposição ao sol por longos períodos de tempo faz com o que sua vegetação, uma vez verde, se torne esbranquiçada. Outra característica é o instinto de invasão desta planta. O bambuzinho de jardim consegue alcançar de forma rápida áreas subterrâneas, fator que pode levar a planta a invadir plantações vizinhas.

Após observar os tipos de cerca viva que podem ser cultivos, é certo que a maneira como se adaptam aos jardins é uma de suas maiores vantagens. A forma como o jardineiro escolhe iniciar e cultivar sua cerca pode variar em função necessidade do ambiente; mas também de seu gosto pessoal.

ACESSO RÁPIDO
    Joana Gall
    Joana Gall é técnica em agropecuária pelo Instituto Federal Catarinense e atua na pesquisa sobre as mulheres rurais de Camboriú, em Santa Catarina.

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