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Agricultura

Como cuidar de orquídeas para garantir flores lindas o ano todo

Aprender como cuidar de orquídeas significa saber lidar com flores de beleza incomum, com cada espécie possuindo formatos e combinações diferentes de cores

A orquídea pode se encontrada nas florestas e matas. Contudo, devido ao seu alto valor comercial, há muitos orquidários que cultivam distintas espécies dessa planta, fazendo com que saber como cuidar de orquídeas torne-se uma habilidade muito especial.

Em termos práticos, aprender como cuidar de orquídeas implica em participar de uma arte chamada de “orquidofilia”. Os criadores, por sua vez, são conhecidos por “orquidófilos” e a maioria deles cria inúmeras espécies híbridas.

O que são orquídeas?

Orquídeas são flores e plantas que integram a família das orquidáceas. As orquídeas, apesar de serem típicas das regiões tropicais, podem ser encontradas, também, em todos os continentes (excetuando-se a Antártida).

Por exemplo, o Brasil é um dos países em que se pode encontrar uma das maiores variedades e quantidades em tipos de orquídeas em todo o mundo.

Cuidados com orquídeas

Essas plantas são uma verdadeira unanimidade quando se trata de favoritismo: quase todas as pessoas se rendem aos seus encantos. Entretanto, embora sejam uma das flores mais cultivadas, elas geram muitas dúvidas. O que muitos não sabem é que aprender como criar orquídeas é não é tão difícil quanto algumas pessoas pensam.

Vale ressaltar que a maioria das orquídeas nacionais são epífitas, isto é, crescem atadas às árvores. Não obstante, para observar os cuidados com orquídeas, tenha em mente que elas não se beneficiam de nenhum nutriente de suas “casas”, pois as raízes da planta apenas se fixam nos caules.

Não obstante, há colecionadores e, inclusive, muitos turistas inescrupulosos que, quando se deparam com orquídeas silvestres, acabam por arrancá-las. Essa atitude é absolutamente reprovável. O mais indicado é optar por orquidófilos profissionais ou produtores de mudas que disponibilizem suas plantas para a venda.

Tenha em mente que se todas as pessoas resolvessem coletar orquídeas diretamente nas matas, em breve não existiriam mais orquídeas. E, tampouco, as próprias matas, à medida que os ecossistemas são frágeis. Isto é, o desaparecimento de toda uma espécie pode influenciar decisivamente para o fim das demais.

Dito de outra forma, a orquidofilia está intimamente relacionada às causas ecológicas, de modo que todos os cultivadores devem ser, antes de mais nada, legítimos defensores do meio ambiente.

Ademais, as coletas na natureza, bem como a comercialização e o transporte dessas orquídeas, configuram-se em atos criminosos, passíveis de punições e sanções legais. Segundo a Lei 9605/98, o recebimento, a aquisição, para finalidades industriais ou comerciais, de carvão, lenha, madeira e outros produtos cujas origens são vegetais podem gerar detenções, de 6 meses a 1 ano, e multas.

Fitossanidade

Além do fato de se tratar de uma conduta criminosa, adquirir orquídeas do mato implica em colocar em risco a saúde de todo um orquidário. Esses materiais tendem a estar infestados de líquens, fungos e, até mesmo, pragas e diferentes bactérias, constituindo-se, simultaneamente, em plantas mais feias, com pseudobulbos e folhas marcadas e repletas de raízes oriundas de pteridófitas.

Diferentemente das excelentes plantas dos orquidários, que são cultivadas mediante criteriosos cruzamentos e seleções, é quase impossível, na atualidade, encontrar uma Cattleya labiata (nome científico da orquídea brasileira) que seja retirada de uma mata e não apresente uma péssima qualidade estética.

Caso alguém opte por adquirir “orquídeas do mato”, utilizando o argumento de que elas são um pouco mais baratas, cometerá um grave engano. Este é um caso clássico do “barato que acaba por sair caro”, à medida que as plantas têm grandes chances de fenecer em breve tempo, por não contarem com defesas que possibilitem sua sobrevivência em ambiente natural.

Como diferenciar

Em uma publicação lançada recentemente pelo IBAMA, vários aspectos são repertoriados, permitindo diferenciar orquídeas coletadas em meios silvestres daquelas reproduzidas artificialmente. Confira, a seguir, algumas das principais características:

Lembre-se, também, de nunca cortar os cabinhos das flores. As orquídeas sempre florescem novamente a partir de suas hastes antigas. Dessa forma, é altamente recomendável cortar as hastes florais somente quando as plantas secarem os cabinhos por conta própria. Logo, enquanto eles estiverem verdes, é preferível deixá-los nas plantas.

Como regar orquídeas

O modo correto de regar orquídeas é por cima, a fim de deixar a água escorrendo totalmente. Você deve regar, pelo menos, 2 vezes a cada semana, sempre quando o clima esquentar. Para saber o momento ideal de molhá-las, basta colocar um dedo no substrato e, assim, verificar se o mesmo se encontra seco.

Afinal, ele deve permanecer sempre umedecido, embora nunca encharcado. Os suportes (ou pratinhos) posicionados abaixo dos vasos podem ser dispensados, pois acumulam água, acarretando o apodrecimento da raiz. Não se esqueça de que é bem mais fácil que uma orquídea morra por excesso do que por falta de água.

Seleção das orquídeas para plantar

Procure escolher as orquídeas capazes de se adaptar às condições de sua região. Como se trata de plantas que florescem somente uma ou, no máximo, duas vezes ao ano, é ótimo possuir espécies diversas, sobretudo com diferentes ciclos de floração.

Ao realizar esse rodízio, a possibilidade de possuir orquídeas floridas em épocas distintas será bem maior. Dessa forma, você terá sempre belas plantas à sua volta. Ao selecionar, portanto, procure por aquelas que crescem naturalmente na região em que você reside.

Vasos de orquídeas

Os melhores vasos para plantar orquídeas são os feitos de barros e com furos laterais. Xaxins de palmeiras também são boas opções por se tratar de produtos naturais feitos com fibras orgânicas, ou seja, são livres de qualquer substância química ou tóxica.

Os xaxins permitem uma alta absorção de nutrientes e de água, permitindo um excelente enraizamento de suas plantas. Outra dica fundamental é não descartar os seus vasos.

Muitas pessoas que querem saber como cuidar de orquídeas cometem o erro de pensar que elas morrem após florescer. No entanto, isso não é verdade: dentro de poucos meses, elas florescem novamente. Inclusive, há espécies (como as do gênero Phalaenopsis) que são capazes de florir até 3 vezes ao ano!

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