O sucesso da cadeia produtiva no agronegócio depende, também, do cuidado com a saúde dos animais. Muitas doenças que afetam os animais geram grandes prejuízos econômicos e de produção para a pecuária, como é o caso da endometrite.
Neste artigo vamos tratar sobre a endometrite bovina, uma doença que é bastante comum no gado leiteiro. No entanto, apesar de comum, também a endometrite pode causar danos na eficiência reprodutiva do animal.
Você sabe o que é endometrite?
A endometrite em bovinos é uma doença inflamatória que afeta o útero do animal. Contudo, é uma inflamação que atinge a vaca logo após o período do parto, ocorrendo no período de até três semanas após o nascimento do bezerro.
A endometrite em vacas tem como causa a invasão de bactérias pelo canal vaginal, resultando em inflamação na superfície do útero da vaca em período puerpério. Como a infecção está presente no animal, sua fertilidade também é comprometida. Ou seja, a doença afeta o período de reprodução do animal, causando atrasos na vida produtiva do animal.
É importante ressaltar que os produtores devem ficar atentos às alterações que ocorrem com o desenvolvimento da doença. Afinal, é possível detectar a endometrite de maneira precoce e evitar agravamento no quadro de saúde do animal. Do mesmo modo, além de tratar quadros mais leves da doença, os veterinários que acompanham o animal conseguem agir mais rapidamente e evitar maiores perdas no processo de reprodução dos bovinos.
Saiba quais são os sintomas da endometrite em vacas
Conhecer os sintomas da endometrite bovina colabora para o seu diagnóstico, identificando o quanto antes a presença da infecção:
- Secreção vaginal: quando o animal está com o quadro de infecção, há a presença de uma secreção com pus, chamada de secreção vaginal purulenta.
- Período : a secreção percebida no animal ocorre dentro do período de 21 dias após o parto, sendo uma das principais características da doença.
Existe tratamento da endometrite bovina?
Como a doença se trata de uma infecção causada por bactérias, o tratamento está associado à diminuição das bactérias causadoras no organismo do animal.
De acordo com a literatura médica veterinária que discute os efeitos da doença, é preciso melhorar as defesas que o útero possui para combater os agentes infecciosos. Os estudos questionam se existe tratamento necessário para lidar com a doença. Apesar disso, a prática de aplicação de antibióticos é presente e bastante difundida na pecuária.
Há um consenso de que o uso de imunoestimulantes colaboram para o aumento da imunidade no útero do animal, agindo de maneira preventiva no combate à doença. Além disso, a orientação é que o mecanismo de defesa natural no útero não seja inibido, favorecendo que o organismo do próprio animal possa combater os agentes infecciosos.
Por fim, é necessário ressaltar que os profissionais que avaliam a saúde dos bovinos – com suspeita de endometrite ou não – desencorajam o uso de antibacterianos pela chamada via intrauterina. Os registros de irritação no organismo do animal são frequentes. O uso desses medicamentos causa, muitas vezes, lesões no animal, visto que a irritação afeta o órgão de reprodução.