Veterinária

Entorpecentes são usados para facilitar o manejo no setor da agropecuária

Entorpecentes são usados para facilitar o manejo no setor da agropecuária

Os entorpecentes auxiliam o pecuarista em determinadas atividades do pasto

O uso de entorpecentes é muito comum no ramo da agropecuária e também na veterinária em geral. As doses introduzidas no organismo animal são em quantidades pequenas e em dosagens que não prejudiquem o organismo deles. O principal objetivo desse procedimento é melhorar o manejo e, portanto, de certa forma, ajudar a lidar com os animais.

Os entorpecentes são substâncias que alteram os sentidos de seu usuário. O uso em excesso pode causar dependência química. Portanto, nestes casos, são requeridos tratamentos qualificados – dependo do tipo de narcótico e a quantidade no organismo do ser vivo.

o uso de cães varejadores como forma de identificar entorpecentes

O que é entorpecente?

Os entorpecentes são um tipo de classificação para as drogas, também conhecidas como narcóticos. As drogas são todo tipo substâncias, naturais ou artificiais, que alteram funções do organismo. A maior parte das drogas são produzidas de forma natural, embora as que mais alteram o funcionamento de funções do corpo sejam as  denominadas como sintéticas ou semi sintéticas.

Em grande parte, os entorpecentes podem causar dependência química no organismo e até mesmo psicológica. O uso em excesso pode levar o indivíduo à um estado de overdose, e nos piores casos, à morte.

Com o avanço da medicina, hoje em dia existem exames médicos capazes de identificar drogas no organismo dos seres humanos. Este tipo de exame é chamado de exame toxicológico. A prática deste tipo de análise facilita no tratamento do paciente da dependência química, como forma de controle dos níveis de toxinas no corpo. A análise também serve para prevenir que as pessoas com alta taxa de drogas no organismo doem material para uma transfusão sanguínea que possa contaminar o organismo de outros indivíduos.

Por outro lado, além do uso de entorpecentes no sentido das drogas, há também o uso no ramo da veterinária. É comum que agentes de saúde deste meio utilizem drogas líticas. Este tipo de medicamento é utilizado tanto para realizar cirurgias, como para desempenhar procedimentos com maior facilidade, como no manejo de animais doentes, por exemplo. A partir dos avanços na medicina, foi possível desenvolver diversos tipos de medicamentos capazes de auxiliar o manejo com animais em diferentes aspectos.

Tipos de entorpecentes

Os tipos de entorpecentes são divididos em três principais categorias: naturais, sintéticos e semi sintéticos. Em todos os casos o uso em excesso pode ocasionar em algum nível de dependência. Assim como a falta do uso causa no indivíduo a abstinência. Estas considerações também servem para os animais, o uso em demasiado pode causar complicações em seu organismo.

  • Entorpecentes naturais

Os entorpecentes naturais, como o próprio nome já diz são substâncias que podem ser cultivadas. A maconha é a mais conhecida e seu no Brasil e em muitos países é ilegal. Ela causa alteração dos sentidos e muita fome ao indivíduo. É produzida a partir da planta denominada Cannabis sativa. Entretanto, além do uso a partir do fumo, no ramo da veterinária este tipo de planta é manipulado com outros elementos para ser utilizado no manejo de animais ou para acalmar gatos e cachorros de caráter agressivo.

Este ramo no mercado está cada mais em voga e promete trazer benefícios ao nicho dos bichos de estimação. Os Estados Unidos é o país que mais investe neste mercado pois alguns em alguns de seus estado a maconha é legalizada. Os grupos de veterinários alertam sobre tais produtos e aconselham os donos dos animais a procurar não exceder o limite estipulado por produto. Os efeitos são calmantes, estimulam as papilas gustativas e alivia dores. A maior parte dos produtos são produzidos a partir do extrato do óleo de Cannabis sativa. 

  • Entorpecente semi sintético

Os entorpecentes semi sintético, assim como o nome já diz, são aqueles que sofrem manipulação em laboratórios. A mais conhecida e utilizada no ramo da agropecuária é a quetamina, ou simplesmente, K. Esta droga é um tipo de anestésico e seu uso é voltado para adestramento de cavalos. Assim como para demais tratamentos no animal que exigem que ele esteja calmo.

Por outro lado, nos Estados Unidos a quetamina está na lista de drogas controladas e seu uso é comum em danceterias, pois pode aumentar o nível de energia. Ela causa dois sintomas principais: anestesia profunda ou fortes picos de energia, dependendo da quantidade injetada no organismo. Seu uso no corpo humano é muito mais prejudicial do que no animal. Este fato se comprova facilmente, visto que há uma alta dependência química já a partir da primeira dose.

Além disso, outro tipo de semi sintético conhecido no setor veterinário, são tidos como analgésicos para dores. O uso em tratamentos ou procedimentos que exigem que o animal fique imóvel ou parcialmente grande parte do tempo. Este medicamentos podem ser composto por diversas substâncias, depende do tipo de uso. A maior parte deles é voltado para os sintomas de dor ou como forma de inibir sentidos.

Uso de entorpecentes

O uso de entorpecentes não é algo novo na sociedade, o café de todos os dias, por exemplo, é um tipo de entorpecente muito comum que apresenta manifestações de picos de energia. Entretanto, os ditos como manipulados em laboratórios são cada mais comuns, em especial na veterinária.

No setor da agropecuária é comum a compra e venda de medicamentos que prometem facilitar o manejo dos animais a fim de realizar procedimentos de rotina, como a aplicação de vacinas contra doenças ou repelentes para manter longe insetos contaminantes, entre outros processos.

uso de entorpecentes em cavalos

Além do setor agro, os entorpecentes também são utilizados no adestramento de cães. Os cachorros que trabalham com os policiais, os chamados cães farejadores, passam por processos de preparação como forma de melhoramento do desempenho nas atividades. O treinamento para este tipo de atividade é árduo e busca o melhor desempenho dos sentidos do animal, como faro e seu caráter curioso.

O uso de entorpecentes que prometem aguçar este instinto farejador passou a ser utilizado na década de 60, durante a Guerra do Vietnã. Foi realizado este tipo de procedimento pois o uso de heroína entre os integrantes do exército americano era muito alto. Deste modo, foi feito o controle de um tipo de narcótico a partir do estímulo proporcionado por outro.

ACESSO RÁPIDO
    Joana Gall
    Joana Gall é técnica em agropecuária pelo Instituto Federal Catarinense e atua na pesquisa sobre as mulheres rurais de Camboriú, em Santa Catarina.

    Leia também