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Agronegócio

Extrativismo é importante para o desenvolvimento econômico do país

O extrativismo é praticado de três formas, cada uma com suas particularidades

As atividades do extrativismo antecedem a agricultura, a pecuária e a indústria. O desenvolvimento dessas técnicas foi aprimorado desde os povos primordiais que utilizavam da pesca, caça e colheita para sobreviverem e conseguirem produtos de subsistência.

O extrativismo começou a ser utilizado também pelas indústrias, visando a transformação das matérias primas e a produção de novos produtos que contribuem para o desenvolvimento econômico do país e trazem vantagens para o comércio interno brasileiro.

O que é extrativismo?

Extrativismo consiste na retirada de recursos naturais encontrados na Terra, seja por meio de técnicas manuais ou pelo uso de máquinas apropriadas. É uma das práticas primordiais dos seres humanos, popularmente usada pelos antigos nômades e, atualmente, adotada por trabalhadores rurais; principalmente na agricultura familiar e de subsistência. Países em desenvolvimento são os principais praticantes.

Nas atividades de subsistência, o extrativismo é aplicado no recolhimento de madeira, frutos, caça, minérios e pesca. Isso fez com que a prática fosse associada aos povos primitivos e aos elementos da natureza, embora hoje a matéria prima seja muito utilizada pela indústrias, produzindo diversos bens de consumo.

Há três tipos de extrativismo mundialmente conhecidos. São eles:

O extrativismo no Brasil iniciou-se por meio da exploração do pau brasil, realizada no período da colonização, pelos portugueses. Eles extraíam da árvore um pigmento avermelhado que tornou-se altamente utilizado nas indústrias têxteis como tingimento de tecidos.

Extrativismo animal no Brasil

O extrativismo animal consiste na obtenção de animais, seja por meio da caça – legal no Brasil somente para os povos indígenas – ou por meio da pesca, que deve seguir regras como o tempo de reprodução dos peixes e seu peso. Essas regras são impostas para que o homem faça bom aproveitamento ou comercialize o alimento, com o intuito de obter renda e lucros.

Em outras palavras, a pesca pode ser artesanal ou ser realizada para fins comerciais. No Brasil, as atividades extrativistas de caça só podem ser realizadas pelas comunidades indígenas ou em regiões em que os animais sejam as únicas fontes de proteína. A caça de animais silvestres como os jacarés, macacos, pássaros e onças é protegida por lei no país.

Já as atividades extrativistas de pesca são muitos realizadas, principalmente em países como o Japão, Suécia, Noruega e Finlândia. No Brasil a pesca é realizada de forma intensa, já que o país comporta litorais e rios diversificados, ou seja, com grande quantidade de espécies.

No entanto, o extrativismo animal pode torna-se em extrativismo predatório quando as leis não são obedecidas, podendo causar a extinção de muitas espécies.

Extrativismo vegetal no Brasil

O extrativismo vegetal consiste na retirada de produtos vegetais que não são próprios do cultivo humano; como, por exemplo, os frutos, a borracha, os óleos, a madeira, entre outros.

Na região Nordeste do país, as atividades extrativistas estão concentradas na retirada de castanhas, madeiras, látex e açaí.

Muitas vezes confundido com agricultura, o extrativismo vegetal se difere pois está voltado para a coleta de recursos que somente a natureza é capaz de proporcionar, ao contrário da agricultura em que os agricultores colhem aquilo que plantaram e cultivaram. Este tipo de extrativismo também pode ser chamado de coleta vegetal.

O extrativismo vegetal tem a extração da madeira como um dos principais focos. Geralmente, ela é retirada da floresta subtropical ou da Mata de Araucária, visando a produção de celulose e a produção de papel. Quando retirada da Mata Atlântica é um ato ilegal, pois a floresta é protegida por lei. Por outro lado, sua extração intensiva pode ocasionar o crescimento do desmatamento.

No Estado de Pará, por exemplo, concentra-se a maior parte da extração da castanha do Pará. Sua extração visa a comercialização interna e também a exportação, principalmente exportada para a Europa Ocidental e para os Estados Unidos. Pará e Amapá são classificados com os maiores produtores nacionais.

Já a extração do látex antigamente tinha mais relevância para a economia brasileira. Sendo utilizada na produção de borracha e retirado da seringueira, este produto era muito procurado antes do desenvolvimento tecnológico.

Maranhão, Tocantins e Piauí comportam a extração do babaçu, utilizado pelas indústrias e pelos setores alimentícios. A carnaúba também tem utilização industrial e é encontrada principalmente nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e no Piauí. Chamada de árvore da vida, é possível realizar a produção de cera através de suas folhas. Já a fabricação de medicamentos é através de suas raízes e a confecção de madeira através de seu caule.

Portanto, a região do Nordeste brasileiro é a que mais engloba atividades extrativistas. Elas agem contribuindo para os setores industriais, alimentícios, têxteis e farmacêuticos.

Extrativismo mineral no Brasil

Extrativismo mineral consiste na extração de recursos minerais do subsolo. Os principais produtos retirados são:

Este tipo de extrativismo é caracterizado pela utilização direta, como, por exemplo, a água mineral que é retirada e usada em seu estado natural. Entretanto, também pode ser de utilização indireta, quando há a retirada do produto e ele é encaminhado para indústrias. Nas indústrias o produto passa por transformações e torna-se mais valorizado dentro do mercado.

O extrativismo mineral é considerado uma das atividades mais importantes praticadas mundialmente. Ela permite a sustentação do desenvolvimento industrial e proporciona o bem estar social progressivo.

Dessa forma, no Brasil tem grande relevância. O extrativismo contribui diretamente para a economia brasileira, permitindo que o país seja um dos maiores exportadores de minérios. No entanto, as atividades extrativistas também são importantes para o comércio interno.

Vantagens e desvantagens do extrativismo

O extrativismo tem inúmeras vantagens relacionadas aos fatores econômicos. Ele permite que a extração de recursos naturais garantam o desenvolvimento econômico do país e auxilie na renda de muitas famílias, principalmente famílias rurais.

Muitas vezes empregado nas atividades de subsistência, o extrativismo possibilita alimentos e fonte de renda garantida. Por outro lado, também possibilita o crescimento de indústrias que apostam na utilização dos recursos naturais, transformando-os em matérias primas que darão origem a novos produtos.

No entanto, as atividades intensivas do extrativismo, quando não monitoradas e planejadas, podem trazer desvantagens para o país. Os principais danos são, por exemplo, o desmatamento, a extinção de espécies e da biodiversidade, poluição, entre outras. Por isso faz-se necessário que práticas sejam realizadas de maneira moderada, visando a proteção e conservação do meio ambiente.

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