Agronegócio

Xisto tem grande relevância para a economia do mercado interno brasileiro

Xisto tem grande relevância para a economia do mercado interno brasileiro

Qual a importância do xisto para o mercado?

O Brasil comporta um dos maiores reservatórios mundiais de óleo de xisto, o que acaba por contribuir diretamente com a economia do país.

O xisto tem muitas possibilidades e utilidade, principalmente o betuminoso. Suas funções vão além de contribuir para economia, sendo também utilizado na construção de produtos ou em atividades da agricultura.

Xisto em rocha

O que é xisto?

Xisto é o nome designado às variadas rochas metamórficas laminadas e folheadas. Seus lamelares, minerais e aciculares podem ser visto a olho nu e estão sobre a rocha em uma mesma direção. Isso é possível pelo fato da pressão que os forma, evidenciando particularidades típicas destas rochas. Primeiramente, o xisto apresenta-se argiloso, devido a argila metamorfizada passar por um processo de metamorfismo (aumento de temperatura e pressão). Em seguida, o metamorfismo continua e o xilo passa a ardósia, virando filito e, por último, tornando-se xisto.

Os xistos são classificado de acordo com o nível de foliação (ou xistosidade), e os minerais predominantes são:

  • Anfiboloxistos: quartzo e anfíbola;
  • Cloritoxistos: clorite;
  • Micaxistos: micas (moscovite e biotite) e quartzo;
  • Talcoxistos: talco.

Xisto azul

Entre os xistos mais conhecidos está o xisto azul. Procedente de rocha máfica metamorfizada, com baixas condições de temperatura e pressão alta, caracterizado como crosta oceânica colisionada. A cor azul é resultante dos minerais ver-azulados e azuis, como, por exemplo, o anfibólio sódico glaucofano associada a minerais derivados da composição e níveis químicos do material original (paragênese hidratada).

Assim, a ocorrência do xisto azul é resultado da ação de um atrasado metamorfismo, que causa hidratação e estado cristalizado menos rígido do que as da elevação metamórfica.

Xisto betuminoso

Lascas de xisto

Ainda mais conhecido que o xisto azul, o xisto betuminoso é encontrado em grande quantidade na natureza. Consiste em uma rocha de procedência sedimentar, caracterizado pela composição de matéria orgânica oleosa, o betume. Este tipo é resultado da transformação química de resíduos vegetais.

Os 10% da composição do xisto betuminoso corresponde a uma variedade de hidrocarbonetos. A extração da parte oleosa, considerada fluida, pode ser feita com facilidade, sendo necessário escavar a rocha, moer e aquecer em aproximadamente 500° C. Assim, a rocha liberará o óleo, que deve ser refinado em seguida.

O óleo, após ser refinado, assemelha-se ao petróleo e tem muitas possibilidades de utilização em diversos segmentos. Os principais produtos e subprodutos feito com base no óleo, são:

  • Calxisto: é usado para corrigir a acidez do solo nas atividades voltada para agricultura;
  • Cinzas: utilizado para fabricar cimento;
  • Enxofre: usado para produzir ácido sulfúrico, medicamento, alimentos e fertilizantes;
  • Gás de xisto: utilizado na fabricação de cerâmica, além de assemelhar-se ao gás natural;
  • Nafta: usado para produzir combustível industrial e solventes;
  • Óleo combustível: utilizado principalmente como fonte de energia.
  • Xisto retortado: usado para produzir cimento, cerâmica de coloração vermelha e vidros.

Xisto no Brasil

O xisto no Brasil tem grande relevância para a economia. O país comporta reservas com cerca de 1,9 bilhão de barris com óleo. A Petrobras, que deu início a Superintendência Industrial de Xisto (SIX), é maior centro de desenvolvimento de tecnologia relacionada ao xisto, processando aproximadamente 8000 toneladas de betuminoso.

Antecedido pelos Estados Unidos e sucedido pela China e Argentina, O Brasil tem o xisto como grande auxílio econômico. Acredita-se que o crescente consumo de derivados de petróleo pode fazer com que o tipo betuminoso torna-se uma grande reserva de matérias primas, sendo essencial para a produção de energia.

 

ACESSO RÁPIDO
    Joana Gall
    Joana Gall é técnica em agropecuária pelo Instituto Federal Catarinense e atua na pesquisa sobre as mulheres rurais de Camboriú, em Santa Catarina.

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