A galinha caipira é um animal muito conhecido no Brasil e de investimento pequeno para criação
A galinha caipira é um tipo de criação antigo que prospera até hoje no campo rural. A forma como os animais são tratados é diferente de uma granja industrial e ganha destaque no mercado consumidor. São criados de maneira livre no pasto e com a possibilidade transitar entre o galinheiro e o campo.
A alimentação da galinha caipira também é diferente, e o animal recebe um tipo de ração sem nenhuma substância que altere seu crescimento. Por este motivo, são considerados animais mais saudáveis para o consumo e o seu ovo é mais nutritivo. O investimento neste tipo de avicultura é baixo e pode ser de pequeno porte. Por isso, a criação é considerada um ingresso fácil para produções familiares.
O que é galinha caipira?
A galinha caipira, também conhecida como de galinha de capoeira, é citada na culinária brasileira para se referir ao galináceo doméstico que é criado de forma livre. Ao contrário das galinhas que são criadas industrialmente ou em granjas, elas podem conviver com outros animais em fazendas.
Além disso, o maior diferencial deste tipo de criação é a ausência do uso de substâncias para acelerar o crescimento das galinhas. Deste modo, este tipo de cultura é mais voltado para criações familiares; além de ser considerado orgânico e mais saudável para o consumo.
Outro ponto de destaque sobre este animal está relacionado com a sua carne. A galinha deste tipo é conhecida no mercado consumidor como uma ave com baixo teor de gordura no corpo. A sua carne apresenta uma coloração mais avermelhada e proporciona mais sabor aos pratos que com ela são preparados.
A criação do tipo caipira, que antes era exclusiva de fazendas familiares e de até médio porte, ganhou força no mundo industrial; e pecuaristas se especializam ainda mais no manejo da ave. Também vale citar que os ovos caipiras podem chegar a valer até três vezes mais que ovos brancos comuns.
Como é a criação de galinha caipira
A criação de galinha caipira faz parte do ramo da avicultura no Brasil há muito tempo. Além disso, é um negócio lucrativo para os produtores de pequeno porte, em especial, da agricultura familiar. Em uma produção deste tipo, é possível abater até 200 animais por semana; e isso é possível com tanta frequência em razão de os animais se desenvolverem por completo em até 120 dias.
Antes de começar a criação, é importante que o produtor se atente para algumas questões de planejamento. A escolha das galinhas para o início da produção é a etapa mais importante; e selecionar os animais com o cuidado de avaliar o tipo de criação anterior pode fazer toda a diferença.
O próximo passo é a escolha do local para instalação e onde as aves devem dormir. Ainda no campo, como forma de tornar a criação mais agradável para as galinhas, o produtor pode investir em alguns pontos do pasto com um mato alongado, como forma de as aves se sentirem mais seguras. Para cada ave no pasto, deve ser oferecido pelo produtor, pelo menos, 0,5 metro quadrado.
O espaço precisa ser limpo, arejado, com disponibilidade de água o dia todo e com feno, onde as galinhas possam descansar e depositar os ovos. É importante que o produtor rural mantenha o local livre de inundações e de restos de fezes, pois a falta de higiene pode afetar a saúde das aves.
Outro ponto importante é a armazenagem da ração, e é preciso ter o cuidado para evitar que ela fique exposta à roedores e outros animais invasores que possam transmitir doenças. Tomando este cuidado, também pode ser construída uma abertura lateral para facilitar o acesso dos animais ao pasto, permitindo melhor circulação.
Alimentação das aves caipiras
A alimentação representa até 70% do custo que um produtor pode ter em toda a criação. Por isso, investir em alimentos de qualidade fortifica a ave caipira e pode deixar sua carne mais suculenta.
A ave deste tipo se diferencia no mercado, justamente, pelo tipo da alimentos que consome. A maior parte dos pecuaristas produz a própria ração como forma de manter os animais ainda mais saudáveis e também para economizar.
Em algumas criações, existe a cultura do tipo orgânica, onde as aves recebem uma alimentação 100% natural; e este fator influencia na qualidade de seus ovos. Este tipo de cultura favorece a venda dos produtos da ave no mercado consumidor, e alguns nutricionistas recomendam o consumo em razão do valor de nutrientes.
Na maior parte dos cenários de produção, os pecuaristas cultivam verduras e legumes como alimentação para a avicultura. Além de proporcionar alimentos com um nível nutricional maior, também auxilia no crescimento saudável da criação.
O ovo de galinha caipira é considerado mais saudável por especialistas, pois o tipo de alimentação que a ave recebe enriquece o produto final. Além disso, investir em alimentos ricos em vitaminas e minerais para a criação é essencial; não apenas para melhora dos ovos, como também a para uma carne mais suculenta.
Vacinação nas galinhas caipiras
Ainda sobre a saúde dos animais, realizar a vacinação pode ser uma ótima forma de evitar doenças nas galinhas; e, consequentemente, prejuízos na criação. Em âmbito geral, as aves já podem ser vacinadas desde o primeiro dia de vida.
Nesta etapa, são medicadas contra as doenças como marek, gumboro e bouba aviária. Este tipo de providência é a forma mais econômica de prevenir a manifestações de pragas no galinheiro; uma vez que qualquer uma destas doenças pode ser fatal e trazer prejuízos econômicos para o pecuarista.
A carne de ave caipira na culinária
A carne da galinha caipira está presente na culinária brasileira há muito tempo e virou prato típico de muitas regiões do país. Dessa forma, se apresenta mais um motivo para a ingressar no mundo desta criação, já que sempre sempre haverá consumidores para este tipo de carne.
O alimento pode ser produzido de forma cozida, frita ou no forno. Uma das receitas mais comuns e tradicionais em todo o Brasil é o preparo na panela de pressão, acompanhada de arroz, feijão e farofa. Em razão de a carne da galinha caipira ser muito versátil, cada Estado têm uma maneira típica de saboreá-la. Isso porque ela pode, por exemplo, fazer parte de molhos, ser servida com polenta e até de forma medicinal.