Pecuária

Jumento pêga é símbolo do futuro da equideocultura

Jumento pêga é símbolo do futuro da equideocultura

O jumento pêga é conhecido como principal ícone econômico da equideocultura

O jumento pêga é uma raça brasileira originada no sul de Minas Gerais. É fruto do cruzamento de três outras raças e a sua principal característica é a resistência para climas muito secos. Além disso, o animal é conhecido como um dos grandes destaques da equideocultura, e oferece vantagens para o produtor. Atualmente, a região de maior criação desta raça continua sendo a de Minas, seguido por São Paulo.

O mercado do jumento pêga é voltado para a procriação, e hoje são poucos os locais que ainda o utilizam para o trabalho. O pecuarista deve ter um manejo especializado para a prole logo de início; e isso serve para garantir que os animais possam ser domados com maior facilidade. Além disso, outra característica do animal é o seu porte, que é grande e com uma pelagem mesclada e com a presença de listras.

O jumento pêga é muito popular em Minas Gerais

Características do jumento pêga

O jumento pêga é fruto do cruzamento entre asininos egípcios, italianos e sicilianos. Esta raça é de origem do Sudeste do Brasil, mais especificamente, de Minas Gerais. A raça surgiu por uma questão de necessidade entre as décadas de 1790 e 1810;  na região de Lagoa Dourada (MG). As necessidades dos mineradores daquela época geraram impacto no cruzamento de raças resistentes. Portanto, a principal característica deste tipo de jumento é a sua resistência climática.

Além disso, ele também suporta condições topográficas variadas e mudanças no solo da região em que vive. A origem do termo pêga dado ao animal é por conta de um instrumento com duas argolas, que era utilizado para prender os pés dos escravos. Esse tipo de atividade ocorria na mesma época em que o jumento surgiu no país e; por isso, os animais recebiam a mesma marcação a ferro.

Depois de muitos anos, o estado de Minas Gerais continua seguindo a tradição de criação do jumento pêga e, portanto é o principal criador desta raça no país. O jumento pêga é muitas vezes confundido com o jumento nordestino. Contudo, a principal diferença entre os dois é a estatura.

O pêga é maior e a sua pelagem varia em três graus de cor. Além disso, apresenta longas listras na lombar e nas paletas. O animal é mais utilizado para o cruzamento do que para o trabalho, por isso, é importante que o produtor esteja atento à prole.

A partir dos 2 anos o animal já está pronto para ser domado, e o processo pode durar cerca de 6 meses. Após cerca de 3 anos, o pêga já pode ser usado na lida com o gado.

O jumento pêga é facilmente domado

O mercado do jumento pêga

Este jumento é considerado o futuro da equideocultura em termos de economia no Brasil. Os principais estados brasileiros que fazem parte da cultura de criação do animal são: MT, MS, GO, PA, AM, MA, TO, SP, MG, ES e RJ. A forma como o animal é utilizado varia muito e de acordo com cada estado.

Na região Sul, por exemplo, o jumento pêga é mais utilizado para cavalgar. Por outro lado, no exterior, a Associação Brasileira dos Criadores de Jumento Pêga buscam expandir os locais de criação da raça até a Austrália e Índia.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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