Agricultura

Lagarta elasmo pode atacar mais de 60 espécies de plantas

Lagarta elasmo pode atacar mais de 60 espécies de plantas

Encontrada nas regiões quentes, do clima tropical ao temperado do continente americano, a lagarta elasmo pode ocasionar sérios danos às lavouras

A lagarta elasmo pode podem atacar mais de 60 tipos de culturas, incluindo desde soja, milho, feijão e sorgo até o algodão e outras tantas plantações de grande importância econômica para o país.

Asim como outros tipos de insetos da família, a lagarta elasmo se transforma em uma pequena mariposa quando sai da sua fase larval; e a sua presença pode ser responsável pelo aparecimento de falhas e prejuízos significativos em diferentes plantações.

lagarta elasmo ataca várias plantas

Broca do colo

Também conhecida como broca do colo, a lagarta de nome científico Elasmopalpus lignosellus ataca o cultivo nos primeiros estágios do desenvolvimento, até a planta atingir pouco mais de 30 centímetros. Isso porque ela ataca abaixo do nível do solo, atingindo o colmo e abrindo caminhos em seu interior para poder se deslocar até a haste da planta.

Essa invasão ao interior da cultura prejudica a absorção de água e nutrientes, deixando a planta debilitada. Por isso, consequentemente, a lagarta elasmo pode causar a morte da planta.

Lagarta elasmo no milho

Em um cultivo de milho, as perdas ocasionadas por essa lagarta podem chegar a 20% da lavoura, e, em caso de infestação, pode haver a destruição total da plantação. O ataque da elasmo pode ser percebido através das falhas na lavoura, que fica com folhas secas ou murchas e caem facilmente.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), há muito tempo já foram observados ataques com maior intensidade da elasmo em cultivos em áreas arenosas e secas.

Por isso, há grande ocorrência registrada na cultura do milho. Dentre as recomendações da empresa de pesquisa, está o preparo da área até três semanas antes do plantio. Essa medida é serve para decompor restos de culturas anteriores nos quais a lagarta pode sobreviver.

Tendo em vista essas informações, no período inicial pós plantio, é preciso monitorar a lavoura a cada 2 ou 3 dias. Por ser difícil combater a praga depois que já atacou, é importante pensar estratégias de prevenção antes de depositar a semente na terra.

lagarta elasmo ataca principalmente o milho
Controle da lagarta elasmo

Com ênfase para o manejo integrado de pragas (MIP), a prevenção continua sendo a forma mais indicada para o controle de qualquer praga na lavoura. Integrando o MIP, uma alternativa altamente recomendada é o tratamento de sementes industrial (TSI), devido a sua eficiência e resistência. O TSI protege o potencial produtivo da cultivar contra pragas e micro-organismos que podem comprometer a produtividade da lavoura.

Somando-se a isso, manter o solo coberto com o plantio direto, fazendo a rotação de culturas. Além do TSI, outra alternativa é a aplicar o inseticida no sulco de semeadura. Tendo em vista que o solo úmido não é atrativo para a elasmo, a irrigação também se torna aliada no combate a praga.

Entretanto, além das aplicações de insumos convencionais, o controle químico da lagarta elasmo pode ser necessário.

Porém, o uso de inseticidas na parte aérea das plantas não surte bons resultados, já que a lagarta fica abaixo do solo, atacando de dentro para fora. Nesses casos, uma opção seria a pulverização de inseticida direto na parte afetada, que é o colo (encontro da raiz com o caule) da planta.

No Brasil, existem vários inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para o controle da lagarta elasmo nas mais diversas culturas.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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