Linfócitos ajudam o corpo a agir contra doenças, infecções e alergias
Linfócitos são tipos de células que atuam especialmente na defesa do organismo. Pertencem ao grupo de células chamadas de leucócitos ou glóbulos brancos. Estão presentes no sangue para defender o organismo das doenças, infecções ou alergias.
Os linfócitos são uma das células que constituem os glóbulos brancos. Além deles, entram na lista que compõem os glóbulos brancos os basófilos, os monócitos, os eosinófilos e os neutrófilos. A concentração de linfócitos no sangue sangue de cada pessoa varia de acordo com as suas condições de saúde.
Dessa forma, quando há algum tipo de deficiência imunológica, a concentração destes glóbulos é baixa; condição chamada de linfopenia. Por outro lado, quando é identificada alguma infecção, por exemplo, essa concentração se apresenta alta, sendo chamada de linfocitose. A contagem de linfócitos é utilizada para monitorar doenças e infecções, como as provocadas pelo vírus HIV.
O que são linfócitos?
Conforme citado anteriormente, os linfócitos são células formadas na medula óssea e divididas nas categorias B e T. Enquanto os do tipo B têm a função de atacar todo tipo de substância que pareça estranha ou anormal para o organismo, os do tipo T agem na defesa do organismo nos casos em que há algum tipo de infecção nas células de defesa.
A realização de um exame de hemograma completo é capaz de mostrar as quantidades exatas de linfócitos e leucócitos no organismo; ajudando a definir a presença de algum tipo de infecção. Por isso, é comum que os profissionais da medicina solicitem esse tipo de exame quando há suspeita de problemas.
Para que servem os linfócitos
Para se defender de doenças, o organismo conta com a ação do sistema imunológico que produz células chamadas de fagocitárias. Em suma, estas células são capazes de englobar e degradar o corpo estranho (como um vírus, por exemplo). Produzidos na medula óssea a partir de células-tronco, são classificados em 3 tipos: ‘natural killers’ (NK), linfócitos B e linfócitos T.
Fazem parte da defesa imediata do corpo os do tipo NK, células grandes que atuam principalmente contra células cancerígenas e infecções virais. Os do tipo T nos protegem contra bactérias, vírus e fungos. São capazes de diferenciar as células saudáveis do organismo de corpos estranhos. Por isso, qualquer distúrbio na função de reconhecer o antígeno pode provocar uma doença autoimune.
Enquanto isso, os da categoria B produzem os anticorpos que atuam no reconhecimento e destruição dos antígeno. Quando estimulados pelos linfócitos T, são responsáveis por desenvolver a chamada ‘memória imunológica’.
Contagem normal de linfócitos
Na solicitação de um hemograma completo, o resultado desejado para um indivíduo saudável é de contagem entre 20% e 40%. Entretanto, vale ressaltar que o resultado considerado normal para cada pessoa também varia de acordo com fatores como a idade e o sexo; por isso, há uma faixa de variação em que os resultados desse tipo de exame ainda podem ser considerados normais, mesmo quando fora desse padrão específico.
Linfócitos altos
Exames com linfócitos alterados, ou seja, acima de 40% da contagem, podem ser sinal de algum problema de saúde. Neste caso, o mais indicado é que o paciente converse com o médico. Um novo diagnóstico poderá revelar se há, por exemplo, a presença de uma infecção bacteriana ou viral.
Entretanto, é necessário que o médico avalie e identifique outros sintomas para determinar exatamente o problema do paciente que apresente taxa de linfócitos aumentados.
Doenças indicadas por leucócitos altos:
- Mononucleose
- Caxumba
- Sarampo
- Hepatite
- Mieloma múltiplo (um tipo de câncer na medula óssea)
- Leucemia linfoide
- Linfoma (um tipo de câncer que ocorre nos glóbulos brancos e começa nos nódulos linfáticos)
Linfócitos baixos
Linfócitos baixos são aqueles com 20% da contagem no sangue. A alteração pode indicar:
- Danos à medula óssea, que podem ser causados pela quimioterapia ou tratamentos com radiação
- Infecções como HIV, tuberculose ou hepatite
- Leucemia
- Infecções severas, como a sepse
- Alguma doença autoimune, como por exemplo lúpus ou artrite reumatoide
Contagem de leucócitos
A contagem diferencial de leucócitos normalmente é solicitada como parte do hemograma (exame de sangue simples). O exame pode ser requisitado para verificar o estado de saúde do paciente ou para monitorar a recuperação de doenças.
Leucopenias
Leucopenias são basicamente problemas nos leucócitos. A moléstia causa uma diminuição do número destas moléculas no corpo. Para homens, o normal é entre 4500 e 11000 por milímetro cúbico de sangue.
Este tipo de doença é temporária e costuma ser a principal causa para o encaminhamento de pacientes a hematologistas. No entanto, pode ser provocada por vários fatores, como uso de drogas, infecções e megablastócitos.
Linfocitopenias
A linfopenia ocorre quando o número de linfócitos no sangue está reduzido. O normal em adultos, por exemplo, é uma quantidade de 1000 e 4800 linfócitos. Já em crianças, este número fica entre 3000 e 9500. Portanto, linfocitopenia é registrada quando há menos de 1000 leucócitos por microlitro de sangue em adultos. Em crianças, este índice é de menos de 3000 por microlitro.
Esta doença pode ser resultado de uma baixa formação de linfócitos. Quando isso acontece, eles ficam presos em nódulos linfáticos ou no baço. Diversas doenças e fatores podem levar ao desenvolvimento de linfocitopenia, que podem ser herdadas ou adquiridas.
Herdadas – há várias doenças hereditárias que podem provocar a linfócitopenia. Mas, são relativamente raras.
Adquiridas – as adquiridas podem ser de vários tipos. A hepatite viral, a Aids e a tuberculose são algumas delas. Também estão na lista problemas autoimunes, como:
- Lupus
- Uso de esteroides
- Câncer do sangue e outras doenças saguíneas como aplasia medular ou doença de Hodgkin’s
- Radiação e quimioterapia.
Diagnóstico
O diagnóstico de alguma doença deve se basear no histórico do paciente, exame físico e testes adicionais. A baixa concentração destas células não é necessariamente sintoma de algum problema. Portanto, submeta qualquer exame à avaliação médica.
Comportamentos que aumentam a imunidade
Em suma, os linfócitos costumam se manter em bom número quando o indivíduo mantém um estilo de vida saudável. Para isso, o cuidado com a alimentação é imprescindível. É importante, portanto, manter uma dieta equilibrada e priorizar a ingestão de alimentos como legumes, verduras e frutas, por exemplo; pois eles reforçam bastante o sistema imunológico.
A privação do sono é um fator que diminui a quantidade e a função das células responsáveis pela defesa do corpo. Portanto, dormir pelo menos 6 horas garante um corpo mais descansado e uma vida mais saudável. Por outro lado, noites insones favorecem doenças e infecções.
O sistema de proteção e defesa do corpo é complexo, mas perfeito. No entanto, é necessário que corpo e mente estejam alinhados e “bem alimentados” para possa atuar com eficácia.
Os linfócitos e o sistema imunológico em geral se beneficiam muito da prática de esportes. Atividades de lazer e hobbys, por exemplo, também são fundamentais para aliviar o estresse e ter mais qualidade de vida.