Agronegócio

Meliponicultura é a atividade da criação de abelhas sem ferrões

Meliponicultura é a atividade da criação de abelhas sem ferrões

Meliponicultura é alternativa sustentável para produtor e oferece menos riscos

A criação de abelhas tem se destacado por meio das atividades de meliponicultura e apicultura. Sendo que a primeira se refere a criação de abelhas sem ferrão e a segunda, atua no cultivo de abelhas com ferrões.

A meliponicultura não é uma atividade muito explorada no Brasil, quando comparada a apicultura (criação de abelha com ferrão). No entanto, é uma opção rentável, já que existem centenas de espécies de abelhas melíponas e trigonas (sem ferrão) no país.

Meliponicultura

O que é meliponicultura?

A meliponicultura é uma atividade destinada a criação de abelhas sem ferrão, ou seja, as que pertence a tribo Meliponini. Os insetos voadores são encontrados, principalmente, em regiões de clima tropical no mundo. Mas, também podem ser encontradas no clima subtropical, como é o caso de estados do Brasil e parte da Argentina.

A meliponicultura já era praticada pelos povos nativos do Brasil e do México. Os índios, por exemplo, utilizavam do mel fabricado pelas abelhas sem ferrão para fins medicinais.

Qual a importância da criação de abelhas sem ferrão?

As abelhas sem ferrão são muito importantes do ponto de vista da sustentabilidade, uma vez que contribuem com a polinização de diversas plantas. Sem os insetos voadores, muitos dos alimentos que temos hoje, deixariam de existir. Isso porque não haveria a produção de seus frutos e sementes e o equilíbrio biológico dos biomas estaria comprometido.

Quais vantagens da meliponicultura?

A meliponicultura apresenta diversas vantagens, dentre elas, podemos citar o fato de trabalhar com abelhas nativas do Brasil. No entanto, ainda existem outros pontos positivos, confira:

  1. Como as abelhas da espécie não possui ferrão, é mais fácil manuseá-las;
  2. Por ser uma atividade que oferece menos riscos, ela também pode ser exercida em áreas urbanas, como nos quintais e jardins;
  3. Os recursos para a atividade de meliponicultura são mais em conta;
  4. Em um único local, é possível criar até 200 colmeias;
  5. O mel produzido pelas melíponas é mais caro, portanto acaba sendo mais lucrativo para o produtor;
  6. Caso seja de interesse do meliponicultor, ele pode aumentar seu lucro alugando colmeias para polinização;
  7. As abelhas podem ser utilizadas para fins comerciais, de pesquisa, preservação de espécies ou polinização.

Apicultura é diferente de meliponicultura

Diferenças entre meliponicultura e apicultura

A principal diferença entre a meliponicultura e apicultura é em relação aos tipos de abelhas criadas. Na meliponicultura, o foco é para as abelhas sem ferrão, dentre elas se destacam as espécies conhecidas como mandaçaia, manduri, mandaguari e jataí.

Por outro lado, na apicultura, há a criação da Apis mellifera ou melhor da abelha africana, espécie que foi introduzida no Brasil com a vinda dos povos italianos e africanos.

Curso de meliponicultura

Quem deseja se dedicar a atividade de criação de abelhas sem ferrão, precisa se capacitar para ser meliponicultor.

Para isso, é necessário ficar atento as datas dos cursos oferecidos pela Embrapa, Sebrae, Senar e Emater e outras instituições que dão assistência aos produtores, agricultores e apicultores. Além disso, a Confederação Brasileira de Apicultores oferece cursos aos apicultores conveniados.

Meliponicultura é a criação de abelhas sem ferrão. Na imagem, abelha sem ferrão fazendo polinização de uma flor

Uma dica para quem deseja começar na atividade, é primeiramente, buscar sobre informações da meliponicultura em sites e livros especializados sobre o assunto.

Além  disso, é importante conversar com técnicos e meliponicultores que já atuem na área da meliponicultura. Outra sugestão é optar por criar abelhas nativas da região, pois a adaptação será mais fácil.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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