Entenda quais são os princípios e tipos de morfologia
Você já ouviu falar sobre a morfologia? Trata-se de uma ciência extremamente importante e aplicada principalmente para a identificação e classificação das espécies.
E não confunda essa morfologia com aquela aplicada na língua portuguesa. Elas possuem os mesmos princípios, entretanto, esta trata sobre os seres vivos.
O que é morfologia?
Morfologia é o estudo que analisa a forma dos seres vivos, ou pelo menos de parte deles. Por ser uma ciência extremamente ampla, ela pode ser subdividida em suas partes, sendo elas a anatomia, que engloba a visão macroscópica e a histologia, que avalia a os seres vivos a partir de uma visão microscópica.
Ela é fundamental para a ciência de maneira geral, principalmente para a biologia. É a partir do estudo da morfologia que é possível realizar uma anatomia comparativa entre os seres. A descrição morfológica se baseia na observação das estruturas presentes nos corpos deles, e assim é possível compará-los.
Morfologia: anatomia e histologia
Agora, para que você consiga entender o que é morfologia, iremos explicar um pouquinho mais sobre suas subdivisões. Começaremos falando sobre a anatomia e, em seguida, traremos informações sobre a histologia, para que você fique por dentro do assunto. Acompanhe:
Anatomia
A anatomia é um campo da biologia que estuda a organização estrutural dos seres vivos, bem como os sistemas, órgãos e tecidos que os constituem, a aparência e posição das várias partes, as substâncias de que são feitos, a sua localização e a sua relação com outras partes do corpo.
Histologia
Já a histologia, como citado anteriormente, engloba o estudo a partir de uma visão microscópica dos seres. Assim, ela estuda os tecidos biológicos e plasmáticos de animais e plantas, além de analisar a sua formação, estrutura e função.
Tipos de morfologia
Além dessas subdivisões, a morfologia ainda pode ser dividida em alguns grupos, de acordo com o tipo de estudo que será realizado. Assim, os principais tipos de morfologia são os seguintes.
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Morfologia comparativa
É a análise dos padrões do locus das estruturas dentro do plano do corpo de um organismo. geralmente, a morfologia comparativa forma a base da categorização taxonômica.
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Morfologia funcional
Trata-se do estudo da relação entre a estrutura e função das características morfológicas do ser que está sendo estudado.
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Morfologia experimental
É o estudo dos efeitos de fatores externos sobre a morfologia de organismos sob condições experimentais, como o efeito da mutação genética por exemplo.
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Morfologia Molecular
É um termo usado em países de língua inglesa para descrever a estrutura de moléculas compostas, tais como polímeros e ácido ribonucléico (RNA).
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Morfologia Bruta
Refere-se às estruturas coletivas de um organismo como um todo, como uma descrição geral da forma e estrutura de um organismo, levando em consideração todas as suas estruturas sem especificar uma estrutura individual.
Morfologia das plantas
Neste artigo, iremos focar na morfologia das plantas. Também conhecida como morfologia vegetal, ela é pautada principalmente no corpo das plantas angiospermas. Geralmente ele é dividido em 2 partes, sendo que uma fica localizada no subsolo, constituída pelas raízes, e outra na superfície, formada pelo caule, folhas e frutos.
É interessante saber que, enquanto a parte superior obtém energia a partir da fotossíntese, a raiz não possui a capacidade de realizar este processo. Assim, elas dependem do alimento produzido nas células das folhas para se energizarem e conseguirem efetuar todas as suas funções.
Além disso, também é importante que você saiba que a raiz é originada a partir da radícula do embrião, que está inserida na semente. Por isso, quando jogamos uma semente no solo, ela geralmente dá origem a uma nova planta. E, após o nascimento da raiz, ela pode dar origem aos ramos secundários.
Existem ainda plantas que apresentam raízes aéreas, comuns nas trepadeiras, bromélias, orquídeas, enquanto outras possuem raízes submersas, como os aguapés, comuns em represas.
Ainda é necessário compreender que existem dois tipos básicos de sistema radicular. Um deles é o pivotante, em que há uma raiz principal. Já o outro é o fasciculado, em que os ramos radiculares são equivalentes em tamanho e aparência. Dessa maneira, não é possível identificar uma raiz principal.
Partes das raízes
A raiz pode parecer bastante simples, mas ela é composta por diversas partes diferentes. geralmente, ela é envolta por um capuz de células chamado coifa. este, protege o meristema radicular, um tecido onde diversas células ficam se multiplicando através do processo de mitose.
É o meristema que possibilita o crescimento da raiz, e logo após ele se encontra a zona de extensão, onde a a estrutura apresenta uma maior taxa de crescimento. A última parte é a zona pilífera. É através desses pelos que a raiz absorve a maior parte da água e dos sais minerais de que precisa.
Partes do caule
O caule se apresenta a partir do conjunto das gemas caulinares, um grupo de células meristemáticas, as mesmas que se multiplicam através da mitose na raiz da planta. No ápice do caule, existe uma gema apical. É ela que permite o crescimento saudável e correto da planta.
A medida que a planta cresce, ela desenvolve os seus galhos. Estes, são conhecidos na anatomia como gemas auxiliares ou laterais. É nelas que se desenvolvem as folhas, estruturas fundamentais para o processo de fotossíntese e o desenvolvimento da planta.
Folha, o local da fotossíntese
A folha geralmente é completa por uma espécie de cabinho, chamado de pecíolo. A superfície achatada, dotada de duas faces simétricas é chamada de limpo e percorrida por várias nervuras. A principal função da folha é servir como local em que é realizada a fotossíntese.
Em algumas plantas, existem folhas modificadas e que exercem funções especializadas, como as folhas aprisionadoras de insetos das plantas carnívoras, e os espinhos dos cactos. Ainda é importante ter noção que a folha sempre será originada a partir de uma gema lateral.
Existem dois tipos básicos de folhas quanto ao tipo de nervura que apresentam: as paralelinérveas, típicas das monocotiledôneas, e as reticulinérveas, comuns em eudicotiledôneas. As eudicotiledôneas são uma das principais classes das angiospermas, representando um grupo importante para a morfologia das plantas.