Agronegócio

Peito de peru: descubra se ele é saudável e de que forma é produzido

Peito de peru: descubra se ele é saudável e de que forma é produzido

Muitos pensam que o peito de peru é um dos frios mais saudáveis – essa noção foi difundida há um certo tempo, em meio a inúmeras polêmicas envolvendo o presunto

O peito de peru é uma companhia frequente de pizzas, pães e diversas receitas. Contudo, quando se trata de dietas saudáveis, incluir embutidos na alimentação diária não é uma tarefa fácil.

Embora sejam excelentes formas de proteína, alimentos como salame, mortadela e presunto apresentam aditivos químicos bastante prejudiciais ao organismo humano. O problema é que o peito de peru também não escapa dessa categoria, à medida que conta, também, com elementos como conservantes, corantes, espessantes, aromas artificiais e glutamato monossódico.

Peito de peru

O que é peito de peru?

Peito de peru é um embutido produzido pela indústria alimentícia, com inúmeros aditivos e bastante sal.

Para saber o que é peito de peru, é importante saber que, em sua composição, há ingredientes como:

  • Corantes naturais (geralmente, carmim de cochonilha);
  • Aromas naturais (com ou sem pimentas);
  • Aromatizantes;
  • Nitrito de sódio;
  • Conservantes;
  • Antioxidantes;
  • Glutamato monossódico;
  • Realçadores de sabor;
  • Carragena;
  • Espessantes;
  • Tripolifosfato de sódio;
  • Estabilizantes;
  • Cebola;
  • Alho;
  • Sal;
  • Açúcar;
  • Sal hipossódico;
  • Proteína de soja;
  • Água;
  • Peito de peru.

Embora, como mencionado, exista carne de peru no embutido, convém ressaltar a quantidade de sal e demais elementos químicos que a acompanham. Outras opções disponíveis nas gôndolas frias incluem:

  • Conservante nitrato de sódio;
  • Antioxidante eritorbato de sódio;
  • Espessante carragena;
  • Estabilizante polifosfato de sódio;
  • Açúcar;
  • Proteína de soja;
  • Sal;
  • Peito de peru.

Peito de peru

Para nos determos em apenas mais um exemplo, lembremos do variante “defumado” que, na realidade, leva um aroma de fumaça dito “natural”. Afinal de contas, defumar leva tempo e ocupa espaço, o que pode comprometer a lucratividade dos fabricantes.

Entre os ingredientes encontram-se:

  • Conservador nitrito de sódio;
  • Corante natural carmim;
  • Eritorbato de sódio (serve como antioxidante);
  • Pimenta vermelha;
  • Pimenta preta;
  • Cravo;
  • Aroma natural de fumaça;
  • Espessante carragena;
  • Polifosfato de sódio;
  • Pimenta jamaica;
  • Estabilizantes;
  • Sabor glutamato monossódico;
  • Açúcar;
  • Sal;
  • Glicose;
  • Água;
  • Peito de peru.

A produção brasileira

Ocupando a terceira posição no ranking mundial de produtores de carnes de peru, o Brasil processa cerca de 500 mil toneladas anuais, perdendo apenas para os EUA (cerca de 3 milhões) e a União Europeia (por volta de 2 milhões de toneladas).

Entretanto, nas exportações, o Brasil ocupa o segundo lugar, com uma média de 200 mil toneladas embarcadas. Os números tendem a voltar a crescer depois de fases ruins, devido às crises econômicas internacionais e ao consequente recuo na demanda por exportações, sobretudo destinadas à Europa.

A recente elevação no preço dos grãos reduziu as margens de lucros dessa cadeia, uma vez que as rações animais comprometem quase 70% de todos os custos, a despeito de a ave ter um ciclo extenso de produção. Enquanto os frangos, por exemplo, podem ser abatidos em 45 dias, os perus podem demandar 140 dias de espera para o abate.

Os produtores nacionais já identificaram, entre outros elementos, a necessidade de uma forte campanha a fim de disseminar o consumo permanente e, assim, atingir novos mercados ainda inexplorados.

Enquanto o consumo de frango – a ave mais popular – chega, por ano, a 45 kg per capita, os consumidores brasileiros não chegam a 1 kg de carne de peru. Isso significa um enorme potencial de crescimento no mercado interno.

Não obstante, para alavancar o setor, é imprescindível diversificar o uso dessa matéria-prima. Além dos frios (como é o caso do peito de peru), é possível aumentar a produção de alimentos processados, utilizando mais essa carne para o recheio de refeições prontas, tais como as lasanhas congeladas.

Ademais, embora a qualidade da produção nacional seja alta, os aviários devem ser modernizados para ganhar eficiência, reinventando a cadeia e definindo padrões tecnológicos na produção.

Peito de peru é prejudicial à saúde?

Há pouco tempo, o peito de peru era tido como um alimento saudável e uma frequente opção para todos que desejavam escapar das altas calorias e teores de gordura existentes no presunto.

Em casas de suco e lanchonetes pelo Brasil, ele foi uma alternativa quase onipresente nos cardápios saudáveis. Entretanto, o embutido passou de herói a vilão na última década.

A despeito de seu baixo teor de gorduras, existem, na composição do peito de peru, grandes quantidades de sódio (são cerca de 500 mg em apenas 2 fatias). Além dos já mencionados corantes, conservantes e aditivos químicos, é claro.

Com efeito, a partir da década de 1990, as empresas e indústrias de alimentos frigoríficos alteraram a sua composição. O alimento, originalmente mais esbranquiçado e seco, foi modificado para se tornar mais atraente, saboroso e elevar seu tempo de duração nas prateleiras dos supermercados.

No passado, todos se mostravam mais preocupados com as quantidades de gorduras presentes nos alimentos. Nesse sentido, peito de peru é, de fato, menos calórico e gorduroso do que o presunto. Sua ascensão respondeu ao aumento vertiginoso da procura por alimentos considerados light, transmitindo uma noção de redução dos níveis de gordura.

A partir dos avanços tecnológicos e a elevação de doenças crônicas e/ou degenerativas, porém, os consumidores passaram a priorizar, além dos baixos teores de gordura, a forma como os alimentos são produzidos, portanto, também como é feito o peito de peru.

Uma vez que se trata de um produto altamente industrializado, o peito de peru, devido aos seus componentes químicos, obteve o status de vilão em certos contextos.

Peito de peru

Peito de peru e a queda nos níveis de energia

Além de ser tido como um vilão da boa forma, consumir peito de peru pode atrapalhar, até mesmo, a rotina dos esportistas. O embutido é considerado pelos nutricionistas como um “ladrão de energia”.

Assim como o presunto, a mortadela e o salame, o peito de peru modifica o funcionamento normal do organismo, que busca repor o que os corantes anularam no processo digestivo.

Dito de outra forma, os alimentos embutidos geram uma sequência de processos oxidantes e inflamatórios. Para que essa situação se reverta, é necessário ingerir muitos minerais e vitaminas, para que as funções do organismo voltem a ocorrer adequadamente.

A versão light conta, em 100 gramas, com cerca de 105 calorias do peito de peru e contém quantidades menores de gordura quando comparado a outros produtos alimentícios da mesma categoria. Portanto, ele não deve ser, obrigatoriamente, retirado de sua dieta de emagrecimento.

O mais indicado, contudo, é evitar consumir diariamente o peito de peru. Pois, embora delicioso, assim como se dá em quaisquer produtos embutidos, há muito sódio em sua composição. Essa substância, quando excessivamente absorvida, provoca retenção de líquidos e torna o organismo mais resistente à perda de peso. Logo, para evitar inchaços, o melhor é evitar os exageros.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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