Agronegócio

Picareta é implemento agrícola usado para quebrar rochas e pedras

Picareta é implemento agrícola usado para quebrar rochas e pedras

A picareta é uma ferramenta muito útil, consistindo em uma cabeça pontiaguda de metal fixada no topo de um cabo

O principal uso da picareta consiste em quebrar ou remover rochas e pedras, bem como escavar a terra. Sendo assim, ela é amplamente utilizada em obras e minas para a escavação dos túneis. Antes da introdução das escavadeiras modernas, o trabalho era realizado manualmente nesses locais.

Os alpinistas também utilizam uma picareta especialmente desenvolvida para as escaladas sobre superfícies escorregadias. Ademais, a função principal da ferramenta é providenciar pontos de fixação no gelo ou apenas quebrá-lo para abrir caminho.

Picareta

O que é picareta?

Picareta é o nome dado ao instrumento que consiste em uma grande peça de ferro com duas pontas terminadas em bico, presa a um cabo, que geralmente é feito em madeira. É bastante parecida com um martelo, mas tem função diferente.

Geralmente, como vimos no início desse texto, a picareta é utilizada para escavar a terra, além de remover ou quebrar pedras e rochas.

Picareta alvião

Alvião é uma nomenclatura originada no antigo Império Romano, sendo empregada, de modo geral, para designar instrumentos com dupla função.

Aliás, a picareta alvião, em termos gerais, possui duas extremidades apoiadas sobre uma haste. Esse tipo de instrumento é usado na geologia, mineração, ourivesaria, funilaria, carpintaria, cutelaria, construção civil e agricultura.

Outros usos do alvião incluem quebrar e cortar pedras, cavar o solo, levantar e arrancar objetos pesados, modelar e forjar materiais, bem como colocar e tirar diferentes objetos, tais como cerâmicas, câmaras de ar, arrebites e pregos.

Além disso, o alvião serve para dar acabamento e esculpir esculturas, entre outros usos, como colocar telhas e furar folhas de flandres ou chapas. Há diversos modelos entre esse mesmo tipo de ferramenta, como a picareta machado e a picareta elétrica.

Picareta chibanca

A picareta chibanca, também conhecida apenas como “chibanca”, é composta por duas extremidades diferentes. Analogamente, trata-se de uma pá dotada de lâmina (parecida com uma enxada) que serve para revolver e capinar o solo; e o machadinho, que é utilizado para cortar raízes, matos, entre outros.

Anteriormente, vale ressaltar que esse tipo de picareta é bastante usado na construção civil, jardinagem e agricultura.

Riscos decorrentes da utilização de picaretas

Ao lidar com ferramentas manuais, é necessário tomar uma série de cuidados para garantir a saúde e a segurança do trabalhador. Assim, com as picaretas, isso não é diferente.

Nesse sentido, o primeiro passo é conhecer os riscos. Entre os mais importantes, destacam-se:

  • Contatos elétricos;
  • Entorses por esforços ou movimentos violentos;
  • Lesões oculares devido à projeção de partículas ou fragmentos.

Picareta

Certamente, entre as causas principais, incluem-se:

  • Posturas forçadas;
  • Falta de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual);
  • Emprego de ferramentas de qualidade inferior;
  • Usar picaretas inadequadas ou defeituosas;
  • Utilizar a picareta inadequadamente.

Conforme o uso, há, felizmente, algumas medidas preventivas que podem ser adotadas, como:

  • Transportar ou armazenar a picareta em painéis adequados (ou seja, com locais próprios a cada ferramenta), bolsas porta-ferramentas ou caixas;
  • Verificar regularmente as condições do cabo, revestimento isolante e demais partes da ferramenta;
  • Usar luvas para manusear picaretas cortantes;
  • Usar óculos de proteção, sobretudo quando existir o risco de projeção de resíduos e partículas;
  • Usar picaretas com revestimentos isolantes quando trabalhar em locais próximos às instalações de alta tensão;
  • Capacitar adequadamente os colaboradores para a utilização correta da picareta;
  • Usar sempre picaretas de qualidade e devidamente adequadas às atividades em questão.

Conquanto, lembre-se de que, quando as suas ferramentas estão bem organizadas, elas serão mais duradouras, seguras e fáceis de achar.

A evolução das ferramentas manuais

Ferramentas manuais como a picareta são, por si só, provas de que o ser humano iniciou sua jornada evolutiva há, pelo menos, cerca de 2 milhões de anos atrás. No final de década de 1950, foram encontradas, na África, picaretas que datam de 1 milhão e 700 mil anos atrás.

Contudo, são instrumentos de corte que provam a existência de técnicas refinadas em pleno desenvolvimento. As ferramentas da Era Paleolítica (ou “Idade da Pedra”) eram feitas a partir do sílex – um tipo de pedregulho retirado diretamente de blocos rochosos, por meio de picaretas confeccionadas com chifres de veados.

Após retirados, os blocos de pedra eram talhados por meio da percussão, formando um núcleo que serviria de base à futura ferramenta. As técnicas e a forma básica da utilização de diversos instrumentos empregados hoje em dia já eram amplamente conhecidas.

As pinças (cuja matéria-prima eram as conchas de mexilhão), por exemplo, já eram usadas para a depilação. Havia os endireitadores de flechas, que são os avôs de nossos alicates e chaves inglesas, além de furadores rotativos, machados, martelos, raspadores e buris.

Os nossos ancestrais já conheciam distintas relações entre o peso do percutor e o tamanho dos cabos, a fim de que o martelo pudesse tanto quebrar pedras bem resistentes quanto talhar colheres de madeira.

Com efeito, eles já utilizavam contrapesos para controlar a direção e o impacto dos golpes, assim como amortecedores primitivos para aproveitar todos os estilhaços das pedras quebradas.

Os primeiros instrumentos de corte apresentavam tamanhos que variavam entre 40 centímetros e 1 metro. Ao longo de 500 mil anos, as ferramentas vão, paulatinamente, reduzindo seu tamanho, até se tornarem microlâminas (os chamados “micrólitos” que não alcançavam 2 centímetros) encabadas com osso ou madeira.

A picareta na agricultura

O período Neolítico foi o que testemunhou uma das mais importantes revoluções da história humana. Surgiam, há cerca de 8 mil anos, a agricultura, a cerâmica e a domesticação de animais. Nesse contexto, as picaretas se desenvolveram, passando a ser usadas como implementos agrícolas.

Para o desenvolvimento específico de ferramentas, porém, um dos mais importantes fatos pode ser encontrado há cerca de 1.200 anos, a partir do tratamento do ferro e do domínio das técnicas de fusão.

Picareta

Embora o metal já fosse conhecido, uma vez que muitos povos utilizavam o metal de meteoros para produzir instrumentos perfurantes, pontas de flechas e facas, ele era tradado como a pedra, por meio do polimento e da percussão.

O martelo, a bigorna, a fole e o forno revolucionaram a utilização de metais, propiciando o surgimento das primeiras indústrias metalúrgicas, com as quais a humanidade passaria a produzir as próprias matérias de que seriam feitas suas ferramentas.

Os ferreiros passaram a ser os fabricantes e mestres das ferramentas, adquirindo, em meio a todos os povos que dominaram a metalurgia, um papel social de grande destaque.

Com sua tecnologia, rituais e segredos, os ferreiros influenciariam a representação dos deuses de diversas culturas, a despeito de produzirem, apenas, instrumentos hoje considerados tão simples, como a picareta.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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