Pítons estão entre os animais mais evoluídos. Mesmo que assustem por conta do tamanho, as pítons são cobras que apresentam alguns diferenciais em relação às outras espécies. De tamanho grande, pode assustar quem a vê e tem o dom de se camuflar facilmente.
As pítons são retratadas em séries, filmes e também estão presentes na mitologia como animais assassinos e que possuem alta necessidade de sangue. Entretanto, a realidade é bem diferente e o animal acaba sendo mal interpretado.
O que são pítons?
Pítons são cobras pertencentes à família Pythonidae e são encontradas comumente na Ásia e na África. Entretanto, em 2018 houve uma infestação de pítons na Austrália. De qualquer forma, diferente de outras espécies de serpentes, as pítons não possuem as presas que pingam veneno.
Logo, o veneno dá lugar a uma curvatura acentuada nos dentes. Dessa forma, a píton consegue agarrar sua presa com muito mais precisão e força. A cobra píton se apresenta em tamanhos diferentes, podendo superar a marca de 2m a 6m.
As pítons não apresentam um padrão na coloração de sua pele. Logo, a sua identificação é mais facilmente feita por especialistas na área. Em geral, possuem formas geométricas e cores extremamente variadas.
Phyton reticulatus
A Python reticulatus é uma das mais conhecidas espécies da família das pítons. Ela pode ser localizada facilmente no Sudeste da Ásia. As pítons, em geral, são conhecidas como as segundas maiores cobras do mundo e estão entre as três cobras mais pesadas.
Além disso, a píton-reticulada também não possui veneno e não é considerada tão perigosa aos seres humanos, desde que não se sinta ameaçada. O seu comprimento varia de 5m a 7m e possui um peso de aproximadamente 160 kg.
Maiores cobras do mundo
Entre as maiores cobras do mundo, é possível destacar a píton real. Com aproximadamente 10 metros, já foi considerada a maior serpente já encontrada no planeta. Além disso, ela é carnívora, mas também não é venenosa.
Afinal, a grande maioria das serpentes, principalmente as pítons, não são venenosas. A forma como caçam as presas acaba sendo por aperto. Essa espécie não apresenta maiores riscos aos seres humanos, mesmo que uma morte já tenha sido registrada.
Entretanto, como se trata de um animal selvagem, é preciso levar em conta que pode haver épocas em que se encontram com dificuldade para caçar. Nesses momentos, o mais indicado é não chegar perto e nem incomodar o animal para que se mantenha o mais seguro possível.
Ainda assim, a píton é um animal que possui um sistema digestivo extremamente lento. Isso pode fazer com que demore muito tempo para digerir um alimento e mais tempo ainda sem comer.
Alimentação e caça
O paladar da píton não diverge muito de outras espécies, já que apresenta um grande apreço por mamíferos e pássaros. Em relação ao porte da presa, isso é praticamente indiferente. Afinal, as cobras dessa espécie possuem uma mandíbula que desloca e aumenta de tamanho com muita facilidade.
Entretanto, as pítons jovens, como possuem um tamanho menor, acabam se alimentando de animai menores, como:
- Roedores;
- Primatas de médio porte;
- Felinos;
- Cães.
Durante todo o período em que sai para caçar, as pítons costumam se esconder em meio à vegetação e aguardam o tempo que for preciso até que avistem alguma presa. A partir do momento em que o animal escolhido passa por perto, dão o bote e enrolam o animal para iniciar o processo de constrição.
Ademais, diferente do que muitas pessoas pensam, a constrição não sufoca. O que ocorre é que a constrição, também chamada de sufocamento, acaba interrompendo o fluxo sanguíneo da vítima. Dessa forma, o coração, cérebro e demais órgãos vitais para o corpo acabam parando de funcionar.
Diferente das cobras venenosas, o método de caça das pítons não ocasiona tanto sofrimento, já que a morte ocorre extremamente rápido a partir do momento em que se inicia a constrição. Em contrapartida, o veneno de outras cobras pode causar muito mais sofrimento e dor.
Sistema reprodutivo
É muito difícil identificar a píton fêmea e a píton macho, já que ambos os sexos não possuem dimorfismo sexual e ambos possuem colorações diferenciadas de uma cobra para outra. Entretanto, as fêmeas sempre acabam colocando uma média de 15 a 80 ovos.
Além disso, é preciso que haja uma temperatura adequada para que ocorra a incubação, que é de 31 °C a 32 °C. Dessa forma, os ovos levam até 90 dias para eclodirem e nascem as crias já com 60 cm de comprimento.
Pítons em cativeiro
Quando expostas em cativeiros, as pítons estão entre as espécies que mais chamam a atenção. Entretanto, é preciso muito espaço para conseguir mantê-las de forma saudável e legal, já que a grande maioria apresenta mais de 6m de comprimento.
Logo, por conta do peso, do tamanho e da força descomunal, as pítons dificilmente são vistas em qualquer zoológico. Afinal, medi-las e alimentá-las é uma tarefa que exige um certo nível de experiência e coragem.
Essa espécie pode se tornar um tanto quanto agressiva ao se sentir em perigo e cuidá-la não se torna um serviço fácil. Até se familiarizarem com os cuidadores do local, podem se apresentar como animais de gênio difícil e bipolares.
Além disso, quando em cativeiro, as pítons podem apresentar uma obesidade maior do que o normal, já que ficam presas por muito mais tempo. Com o passar do tempo e o falecimento da cobra em cativeiro, aí sim o animal é medido e pesado, já que dessa forma obtém-se 100% de segurança.
Importante frisar que mesmo não oferecendo riscos aos seres humanos, podem picar fortemente e resultar em machucados muito graves, havendo a necessidade de atendimento médico urgente.
Outras espécies de píton
Outras espécies de pítons muito populares são:
- Píton indiana;
- Píton birmanesa.
A birmanesa foi a píton responsável por infestar a Austrália entre os anos de 2017 e 2018, sendo responsável por quase dizimar uma grande quantidade de animais em uma floresta. A píton africana, por sua vez, é muito frequente na África Subsariana.
As pítons são cobras interessantes e até fascinantes. Elas fazem parte do ecossistema e, para que possam continuar contribuindo para a diversidade de espécies, precisam ser estudadas e preservadas. Faça a sua parte!