Como a ranicultura é inserida no meio de produção
Realizada em diferentes países, a ranicultura oferece um produto nutritivo para a saúde humana desde a Idade Média. Portanto, se mantém até os dias de hoje, tendo destaque no mercado com sua criação e comercialização.
Embora a ranicultura de alguns países apresente sistemas de criação rigorosos, o confinamento é uma alternativa que visa diminuir a possibilidade de extinção das rãs. Além disso, também garante a sua criação e a possibilidade de comercialização.
O que é ranicultura?
Ranicultura é a caracterização das atividades desenvolvidas para a criação de rãs, que são mantidas em cativeiros para auxiliar no processo de procriação e venda. Esta criação pode ser dividida em três etapas importantes:
- Reprodução de rãs
Dividida em duas áreas, a reprodução das rãs destaca a área de mantença – onde ocorre a alimentação e o amparo individual dos reprodutores feminino e masculino; e área de acasalamento – em confinamento, machos e fêmeas são colocados em pequenos tanques para acasalar. - Girinagem
Pequenos tanques são utilizados para o desenvolvimento, a engorda e a metamorfose dos girinos. - Engorda de rãs
Abriga tanto rãs jovens, em início de etapa de engorda, quanto rãs na etapa final – atingindo o peso ideal para ser comercializada.
Criação e tipos de rãs
A criação de rãs para comércio teve início, oficialmente, no ano de 1897. Isso aconteceu em alguns países europeus como França, Alemanha e Inglaterra. Os tipos de rã mais populares dentro da ranicultura e dos mercados são:
- Rã touro americana;
- Rã gigante chilena;
- Rã ibérica;
- Rã comestível;
- Rã chinesa.
A rã touro é a principal espécie de rã utilizada mundialmente para a atividade da ranicultura. Considerada um anfíbio de porte grande, pode chegar a ter 20 centímetros de comprimento e pesar até 1kg. Provenientes da América do Norte, a espécie pode ser encontrada nos Estados Unidos, no Canadá e no México.
Por ser uma espécie carnívora, a alimentação da rã touro pode ser constituída por insetos, ratos, peixes, outras rãs e ração para peixes carnívoros. Sua tonalidade é caracterizada pela cor verde ou tons fortes como castanho escuro, verde escuro e preto. Mas também pode variar de acordo com seu período de cruzamento e a temperatura do ambiente.
Ranicultura no Brasil
A ranicultura no Brasil vem tendo constante crescimento anual, embora sua produção seja destinada mais ao mercado interno do que externo. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de rãs, ficando atrás apenas do Taiwan. Localizado na Ásia Oriental, o país é caracterizado pela criação livre de rãs – e não faz o uso da prática do confinamento para o manejo das rãs.
No Brasil, para ter legal acesso à profissão de ranicultor, é obrigatório ter cadastro liberado no IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Além disso, para executar a comercialização autorizada de rãs, é necessário possuir licença de criador campestre. Esta, é concedida pela Associação Brasileira de Ranicultura.
A ranicultura apresenta as mesmas restrições de criação e defesa estabelecidas para para criação de peixes e outros animais aquáticos. Portanto, é essencial que os criadores tenham conhecimento, consciência, e respeito necessário para trabalhar em território rural. Isso porque devem lidar com as diferentes fases de vida dos animais, além de seu comércio final.