A lagosta é um crustáceo que se torna cada vez mais popular
Com grande importância, principalmente para o setor da pesca em muitos países, a lagosta possui um valor econômico muito atraente para investidores no mundo todo.
A lagosta atualmente é um dos alimentos marinhos que mais geram receita. Na costa brasileira, a captura é bem satisfatória, gerando lucros internacionais graças a sua exportação. Segundo estimativas, somente cerca de 10% das lagostas capturadas em nosso país são consumidas por nós, garantindo cerca de 90% para o exterior.
O que é lagosta?
Lagosta é um fruto do mar pertencente à família dos crustáceos. Há muitas espécies espalhadas em diferentes mares do mundo.
Quando uma pessoa pensa em lagosta, logo lembra daquela carapaça vermelha. Realmente, quando são submetidas a temperaturas altas, sua cor se torna avermelhada. No entanto, na natureza, elas possuem diferentes cores, que vão do laranja ao roxo, por exemplo.
A lagosta no Brasil tem um impacto econômico muito grande e duas espécies ganham destaque. Uma delas é a Panulirus laevicauda e a outra é a Panulirus argus.
A pesca da lagosta no país, devido a todas as limitações bioecológicas que existem, acabou sendo não recomendada como a melhor opção. Aliás, por conta disso e da grande demanda de consumo mundial, o cultivo de maneira laboratorial desses animais é a melhor forma de obtê-los atualmente.
Principais características da lagosta
O peso das lagostas que são capturadas para o consumo humano geralmente varia de 1 a 2 quilos, mas existem algumas que podem chegar a uma marca de 20 quilos.
Parecida com os seus parentes distantes, o camarão e o caranguejo, elas possuem cinco pares de pernas, sendo o primeiro par constituído de duas garras. Essas garras servem para que a lagosta triture os alimentos, sendo que uma é maior que a outra. A menor tem a função de fazer a captura das presas que servirão de alimento.
Você sabia que a lagosta não fica sem as pernas? Quando ela perde uma perna, outra cresce imediatamente para substituí-la. Além de suas pernas, outras estruturas que crescem na parte inferior do corpo ajudam no processo de locomoção.
Pleópodes é o nome dado para as pernas que ajudam a lagosta a nadar.
No topo de suas hastes móveis que ficam na cabeça, é possível encontrar os olhos. Contudo, existem também algumas espécies que moram no fundo do mar e que são totalmente cegas.
Além de todas essas estruturas, esses crustáceos possuem antenas que captam a presença de presas que servirão de comida e também de criaturas que possam ser predadoras inimigas.
Como é feito o cultivo das lagostas?
Atualmente, poucos cientistas obtiveram sucesso com o cultivo de crustáceos, durante toda a sua formação, desde o ovo até as formas conhecidas hoje.
Diferentes modalidades de captura de lagosta são consideradas ilegais pelo governo brasileiro. Por conta dessa limitação bioecológica, então, algumas atividades de cultivo foram desenvolvidas.
A aquicultura é uma delas. Conhecida também com o nome de aquacultura, essa atividade de cultivo é realizada na água.
Diferentes elementos marinhos utilizados pelos homens como fontes alimentares são cultivados com a aquicultura. Peixes, moluscos, anfíbios, crustáceos e plantas são alguns exemplos.
Engana-se quem acha que esse modelo de cultivo seja uma atividade nova. Existem relatos de centenas de anos que mostram que a China já se beneficiava com a utilização desse tipo de técnica. O Império Egípcio também não estava atrás: há cerca de 4 milênios, esse povo já cultivava tilápias do Nilo.
A importância da aquicultura é muito grande, pois 50% de todos os peixes consumidos no mundo são provenientes desse tipo de cultivo.
Segundo pesquisas recentes, o cultivo com esse tipo de método deu um salto muito grande, ampliando a sua capacidade de produção de lagostas em até três vezes.
Como é a aquicultura no Brasil e quais são as suas vantagens?
O Brasil é um país que possui um potencial muito grande em se tratando de cultivo de espécies através da aquicultura. Esse potencial se dá graças à presença abundante de água doce e salgada em nosso território.
Além disso, alguns outros fatores positivos são observados, tais como o clima favorável e a mão de obra disponível.
Esses dados são muito positivos e, dessa forma, podem fazer com que o país se torne o maior produtor de pescados do mundo.
Diversos impactos ambientais podem ser evitados simplesmente investindo nesse tipo de cultivo, sendo possível atingir as metas propostas pelo governo.
Existem vantagens satisfatórias para quem pensa em investir nesse tipo de cultivo. Acompanhe:
- Os produtores possuem uma estimativa em relação a produção, fazendo com que os alimentos possuam muito mais qualidade e homogeneidade em sua estrutura;
- Nesse tipo de cultura, os produtos obtidos com a sua prática são mais regulares e constantes;
- Todos os produtos são devidamente rastreados;
- O alimento se torna mais barato, pois os custos são significativamente reduzidos;
- O desenvolvimento das espécies é feito de maneira equilibrada e saudável, garantindo assim o pleno desenvolvimento da espécie;
- Aumento das oportunidades de emprego, melhorando o desenvolvimento econômico social de áreas como as costeiras e rurais.
Por que as lagostas são caras?
A cultura da lagosta é, de certa forma, sensível. O crustáceo tende a crescer devagar, se alimenta bastante e é muito suscetível a doenças contagiosas.
Seus ovos, ademais, são difíceis de cuidar, o que faz com que as lagostas selvagens sejam, quase sempre, a principal escolha de fornecedores.
Além disso, o transporte desse crustáceo não é simples. É necessário manter um ambiente com as condições propícias como umidade elevada, nível adequado de oxigênio e temperatura baixa.
Todos esses fatores fazem com que as lagostas sejam caras para o consumidor final.
Conheça os tipos de aquicultura
Existem diferentes tipos de aquicultura. Conheça a seguir alguns deles:
- Ostreicultura: criação de ostras;
- Ranicultura: criação de rãs;
- Mitilicultura: criação de mexilhões;
- Algicultura: criação de algas;
- Pectinicultura: criação de vieiras;
- Malacocultura: criação de mariscos, moluscos, caramujos, polvos e lulas;
- Piscicultura: esse é um dos métodos de cultivo mais utilizados e conhecidos no Brasil. Seu principal objetivo é a produção de peixes, tanto de água salgada como de água doce;
- Carcinicultura: criação de camarões e lagostas;
- Maricultura: tipos de criação que ocorrem exclusivamente em água marinha.
Investir em aquicultura No Brasil é muito benéfico, pois requer poucos recursos de investimento, além de se ter um gasto mínimo com a contratação de profissionais especializados. É por isso que a lagosta é uma excelente opção de cultivo.