A graviola, além de deliciosa, pode ser altamente benéfica
A graviola, também chamada de guanabana ou papaia brasileira, vem da árvore da família da pinha. Ela é cultivada por conta de seus grandes frutos comestíveis.
A polpa branca fibrosa da fruta pode ser consumida fresca e é ótima para fazer cremes, sorvetes e bebidas. A graviola foi promovida como um tratamento alternativo para o câncer, mas sugere-se que ainda sejam feitos mais estudos.
O que é graviola?
Graviola é o fruto de algumas árvores nativas de áreas tropicais da América do Norte e do Sul. Essa fruta é verde, de tamanho médio, em forma oval ou de coração.
Alguns descrevem a fruta como tendo um sabor almiscarado. Enquanto isso, outros comparam o sabor ao de uma banana ou um mamão.
Os benefícios da graviola
Desde os anos 90, os benefícios da graviola são defendidos por seus amplos poderes à saúde. As folhas e a raiz são conhecidas por:
- Estimular o sistema imunológico;
- Ajudar a aliviar doenças do estômago;
- Aliviar a hipertensão.
A graviola também é um poderoso antioxidante e uma ótima fonte de vitamina C, B1 e B2. Os dois últimos, juntamente ao magnésio, ajudam a aumentar seus níveis de energia. Em contrapartida, não causam o “estrago” associado à cafeína.
Nos últimos anos, alguns estudos destacaram o potencial da graviola para bloquear a dor e reduzir a inflamação. Uma rápida pesquisa nas mídias sociais exibirá postagens que declaram a capacidade dessa fruta de retardar ou impedir a mutação celular.
Graviola não é um tratamento alternativo para o câncer
Existem algumas pesquisas promissoras sobre como a fruta parece combater o câncer. Mas, ao que parece, ela não foi muito estudada em ensaios clínicos. Isso se dá devido à sua toxicidade para o sistema nervoso dos seres humanos em altos níveis.
Qualquer dose alta o suficiente para curar o câncer pode ser muito alta para o corpo humano tolerar bem. Portanto, por enquanto, não há dados suficientes sobre a segurança e a eficácia como um tratamento confiável do câncer.
Enquanto os pacientes podem experimentar alguns benefícios nutricionais ao comer a fruta, eles não devem confiar nisso como tratamento alternativo. É importante ter em mente que a graviola é apenas uma adição complementar ao tratamento convencional.
Propriedades da graviola
- Carboidratos: você encontrará uma quantidade alta de carboidratos nesse fruto, quase 38 gramas por xícara. Isso torna uma porção de graviolas cerca de 25% do valor diário recomendado. Esses carboidratos, no entanto, provêm de uma fonte natural e não de uma fonte não saudável. É bem diferente dos alimentos processados que oferecem pouco valor nutricional;
- Gorduras: embora o teor de açúcar seja alto, a fruta permanece com pouca gordura. Também mantém uma proporção de dois para um de gorduras boas para más;
- Proteína: as graviolas contêm apenas 2,3 gramas de proteína por porção;
- Micronutrientes: esse fruto contém bastante açúcar, até 30,5 gramas por porção. Você pode considerar consumir isso como uma sobremesa completa. Além disso, a graviola vem repleta de macronutrientes. Tem 77% da sua dose diária de vitamina C para estimular o sistema imunológico; uma forte dose de fibra para digestão saudável; mais de 400 gramas de potássio para regulação da pressão arterial e recuperação rápida do treino na academia.
Os prós e contras do chá de graviola
O chá de graviola é um chá de ervas feito das folhas da árvore que dá origem ao fruto da graviola. Há rumores de que esta poderosa bebida tem poderes significativos para prevenir ou tratar o câncer.
Infelizmente, no entanto, os pesquisadores não conseguiram provar esse benefício quando esmiuçaram as folhas de graviola em estudos clínicos. Além disso, consumir esse chá – especialmente a longo prazo – pode causar danos.
Algumas pessoas também combinam chá de graviola com outros ingredientes, tal como o Matcha. Outras misturas de ervas também podem ser adicionadas para personalizar o sabor ou aumentar os benefícios à saúde.
Alguns estudiosos recomendam que não haja consumo do chá de graviola se:
- Estiver tomando medicamentos para pressão arterial;
- Estiver tomando medicação para diabetes;
- Tiver doença hepática ou renal;
- Estiver realizando algum estudo de imagem nuclear;
- Tiver uma baixa contagem de plaquetas.
Também é citado que o uso repetido pode causar toxicidade hepática e renal. Os efeitos colaterais do chá podem incluir distúrbios do movimento e mielopatia.
Refresque-se com o suco de graviola
Felizmente, preparar o suco de graviola é bem fácil. Entretanto, escolher a fruta corretamente deve ser um ponto-chave.
Sua graviola deve ser levemente macia ao toque. É assim que você sabe que sua fruta está pronta. Ao compra-la no mercado, você pode escolher um produto que ainda esteja duro, verde. A graviola pode ser deixada para amadurecer por 1 a 2 dias até ficar perfeita.
Para usar a polpa, você precisará descascar a fruta primeiramente. Depois parta na metade e, em seguida, em um quarto da fruta. Corte a parte fibrosa interna que fica marrom ao consumir oxigênio.
Retire todas as sementes para que seu suco não se comprometa. Elas são fáceis de detectar e é possível senti-las entre as polpas dos frutos. Diz-se que as sementes são venenosas, apesar de não ter comprovação científica.
Em seguida, coloque a fruta na batedeira, adicione água e misture bem. Por fim, deve-se coar o suco e, então, adicionar açúcar e gelo, conforme necessário e desejado.
Graviola no Brasil
A graviola é uma fruta produzida em uma boa escala em basicamente todo o nosso território nacional. Entretanto, faz-se mais especialmente no Cerrado, no Nordeste e também na Amazônia.
A planta é tropical, portanto, não exigente muito quanto ao seu solo. Mas, ao que parece, ela tem preferência pelo solo argiloso. Assim, seu desenvolvimento se torna mais favorável em terras do Norte e Nordeste, muito embora também se reproduza nos climas subtropicais.
Seu cultivo pode ser feito através de estacas, enxertia ou sementes. É bastante comum nos pomares domésticos em cidades grandes. Contudo, vê-se também em sítios onde existem áreas para plantios comerciais.
Nessas regiões, a graviola costuma ser consumida no seu estado verde, tal como um legume. Assim, é assada, cozida ou frita em finas fatias.