Considerada uma praga, a cigarrinha do milho tem causado sérios problemas de forma indireta ao ser introduzida no milharal
A cigarrinha do milho, de acordo com a Embrapa, transmite a plantas sadias microrganismos infecciosos, conhecidos como moliculites. Estes microrganismos são capazes de acometer os vasos condutores de seiva elaborada da planta. Por este motivo, o parasita causa problemas de forma indireta à plantação.
A inoculação da cigarrinha do milho na plantação se dá pelo contato de plantas infestadas pelo inseto com plantas novas da lavoura. É exatamente neste estágio de desenvolvimento em que há a infecção do floema da planta.
O que é a cigarrinha do milho?
Cigarrinha do milho é um inseto de aproximadamente 5mm, de cor branco-palha. A Dalbulus maidis alimenta-se da seiva da planta de milho.
A partir do contato do parasita com os vasos condutores da planta são introduzidos os moliculites, os quais irão se proliferar. Deste modo, se torna importante para a lavoura que o produtor tenha a população de cigarrinha do milho em controle.
A reprodução dessa praga também utiliza a planta, depositando seus ovos sob a epiderme das folhas. Podem ser encontradas sobre as nervuras das folhas, onde têm contato com o seu alimento.
Sintomas de infecção da planta
Os sintomas de infecção pelos microrganismos só são apresentados durante a produção da espiga. A planta pode apresentar o enfezamento pálido ou o vermelho, que são causados por duas variedades distintas de microorganismos.
O enfezamento pálido apresenta manchas claras na base da folha, enquanto o vermelho é mais severo e pode acometer a folhas inteiras, inferindo a elas a cor vermelha.
Cigarrinha do milho: controle e manejo
Para manter a sanidade vegetal da lavoura é fundamental que, após identificada a presença do inseto, ocorra o controle da cigarrinha do milho.
Essas medidas devem ser tomadas em conjunto, diversificando e rotacionando as cultivares do milho em concomitância à eliminação de plantas doentes. Outra medida é realizar o tratamento preventivo de sementes com inseticida para cigarrinha do milho.
Do mesmo modo, a nova plantação deve ser afastada de lavouras que possuam histórico de contaminação com os enfezamentos. Em último caso é aconselhado a suspensão temporária do cultivo para eliminação de todos os patógenos.
Apesar de existirem 40 espécies diferentes de cigarrinha do milho, apenas uma delas é transmissora do patógeno. Por este motivo, a identificação do parasita pode não ser motivos para alarde.
Além disso, a cigarrinha necessita ter tido contato com plantas doentes para transportar a doença para plantas jovens. Consequentemente, a maior incidência das doenças ocorre na safrinha do milho, que resulta em espigas não produtivas. Além disso, pode haver diminuição das estruturas da planta: entrenós, espigas e grãos malformados.
De acordo com especialistas, é substancial o desenvolvimento de programas de manejo que contem com o tratamento de sementes contra a cigarrinha do milho. Em último caso são recomendadas aplicações de inseticidas sobre a plantação, porém, ainda há a possibilidade de re-infestação, o que vai exigir aplicações constantes de químicos. Logo, é necessário um conjunto de ações para o manejo.