Ferrovia chamada de Ferrogrão vai ligar região produtora de grãos até porto de Miritituba. A EF-170, que é chamada de Ferrogrão, pretende estabelecer um novo trecho ferroviário no país. Um corredor que vai da região Centro-Oeste, grande produtora de grãos, até o estado do Pará.
A Ferrogrão, esse corredor ferroviário, visa a exportação dos produtos brasileiros pelo chamado Arco Norte, que são os estados do Norte e Nordeste.
Ferrovia Ferrogrão
O trecho Ferrogrão vai ser uma ferrovia que contará com uma extensão de aproximadamente 933 km para conectar a maior região produtora de grãos do Brasil, região Centro – Oeste, desde Sinop (MT) até o Pará, no Arco Norte. Por sua vez, o Arco Norte abrange os municípios que escoam a produção via marítima.
Dentre os principais são Itacoatiara (AM), Itaqui e Ponta da Madeira (MA), Santarém, Miritituba e Barbacena (PA), Aratu (BA) e Porto Velho (RO). Contudo, integram esse Arco, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Juntos, esses três estados respondem pela maior parte da produção brasileira de soja e milho.
Assim, a Ferrogrão vai desembocar no Pará, no porto de Miritituba. Porém, estão previstos alguns ramais, que serão de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, na altura do município de Rurópolis/PA, com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km.
Essa ferrovia vai desempenhar um papel importante na escoação da produção de soja, milho, farelo de soja. Ainda, possivelmente, transportará ainda óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e mais alguns derivados de petróleo.
Projeto Ferrogrão
O projeto é uma das iniciativas visando a expansão da fronteira agrícola do Brasil, o que exige uma infraestrutura integrada de transportes de carga. Quando começar a operar, a nova ferrovia deve alocar cerca 38,3 milhões de toneladas no primeiro ano de operação, podendo chegar a 46,8 milhões de toneladas em 2050.
O trecho a ser percorrido pela EF 170 vai abrir um novo caminho para a exportação de soja e milho do país. No entanto, hoje, quem desempenha esse papel de escoamento da produção para o Norte é a rodovia BR 163. Com a Ferrogrão em operação, vai ficar mais com o tráfego mais aliviado.
A intenção, além de escoar a produção pela via férrea, também é diminuir o fluxo de veículos pesados na BR 163, como os caminhões de grãos e insumos. A obra, que foi orçada em aproximadamente 12,6 bilhões, deve aliviar também os custos com a manutenção da rodovia.
Atualmente, cerca de 70% dos grãos colhidos em Mato Grosso, por exemplo, são escoados pelos portos de Santos, em São Paulo e Paranaguá, no Paraná, a mais de dois mil quilômetros da origem. Assim, com este cenário, a logística do país para escoar os grãos deve ganhar um fôlego.
A ferrovia deve atravessar o Parque do Jamanxim, uma área de Conservação que já havia sido alterada pela BR-163.
Com o prolongamento da Ferronorte e a Ferrovia Integração Centro-Oeste, a Ferrogrão deverá ser estendida até Lucas do Rio Verde, totalizando 1.180 km de extensão. Ademais, a ferrovia, que deve começar a operar por volta de 2025, ainda terá uma única empresa responsável pela gestão de infraestrutura.