A montaria em touros, no Brasil, está muito relacionada com o bem-estar animal e a busca por um esporte sempre radical
Muitas décadas atrás, a montaria em touros começou a seguir o embalo dos rodeios realizados de forma simples no Brasil. No entanto, foram precisos poucos anos para a modalidade ganhar milhares de adeptos e regras para o bem-estar animal e humano.
Hoje, como resultado de tanta profissionalização, a montaria em touros deixa sua marca cultural como uma das modalidades esportivas mais brasileiras. Enfim, apesar de não ser tão popular quanto o futebol, ela continua a conquistar corações pelo amor à terra e investidores, pelos milhões de reais movimentados pelos rodeios e feiras agropecuárias anualmente.
O que é montaria?
Montaria é uma forma de esporte praticada tradicionalmente em eventos como os rodeios. Aliás, é quase reconhecida como uma atividade radical por alguns de seus competidores, devido à demanda de grande esforço físico em um curto prazo de tempo e até o risco de morte envolvido.
Isso porque ela pode ter versões como a montaria em touros, em cavalos, bois e até em mulas e jegues. Para suportar todo esse desgaste, atletas profissionais e amadores de rodeio estão sempre adotando novas rotinas e técnicas treinamento.
Até porque a disputa é acirrada nos dias hoje, demandando cada vez mais aperfeiçoamento mental e muito preparo físico. Nesse sentido, competidores chegam a treinar cerca de oito horas diárias em atividades.
Como exemplo comum, temos os treinos que intercalam tanto técnicas de montaria em cavalos quanto as de montaria em touros, além de exercícios adequados para maior fortalecimento muscular.
Enfim, para você entender como funciona e o que é montaria, saiba que os circuitos nacionais e internacionais já movimentam bilhões ao redor do mundo, pois desde o cuidado animal, passando pelo marketing, até a premiação, tudo é produzido com alto profissionalismo.
Dúvidas comuns sobre a montaria em touros
Para quem não conseguiu acompanhar a transmissão, mas quer saber curiosidades sobre o mundo dos rodeios, preparamos esta lista com seis dúvidas comuns sobre a prática da montaria em touros.
Em primeiro lugar, existe diferença entre os animais da montaria em touros do Brasil e de outros países. Claro que a principal está na forma de criação e na raça do animal, o que ajuda muito a influenciar a atitude do animal dentro da arena.
Além do mais, não existe apenas uma raça para participar de competições. Afinal, em um rodeio, a prioridade é disponibilizar somente os melhores animais do país.
Vale salientar também que, na montaria em touros, a preparação do competidor varia de acordo com o animal. Nesse sentido, peões passam por uma adaptação local antes de competições, visto que os animais são diferentes em relação à velocidade, pulo, tamanho e até pelagem.
Já em relação às regras, elas costumam ser as mesmas, principalmente a países como os Estados Unidos. Como exemplo, é fundamental que as esporas não firam o animal, o que pode causar desclassificação imediata.
Como muitos não sabem, também é bom destacar que peões profissionais não recebem salário fixo. Ou seja, ele depende apenas de seus resultados, tendo para seu sustento apenas o que ganhar de patrocinadores ou premiações.
Enfim, na montaria em touros, é possível a participação de mulheres em competições. No entanto, essa presença ainda não é frequente, embora modalidades mais brutas como a montaria em touros costumam ser evitadas.
Regras básicas da montaria de boi
Para normatizar a profissão e trazer segurança a animais, competidores e público, a montaria de boi é cercada por regras. Apesar de pequenas diferenças técnicas entre a montaria em touros e em cavalos, em termos gerais, a legislação da Confederação Nacional de Rodeio é bem similar.
Em relação à estrutura, ela estabelece que sejam cumpridas leis essenciais e regulamentadas para todo o território nacional. Em outras palavras, nos rodeios e campeonatos, é obrigatório a qualquer competidor seguir as regras tanto da confederação nacional, a CNAR, quanto do manual das federações estaduais filiadas.
No caso dos uniformes, os competidores também precisam seguir à risca o uso obrigatório de roupas e acessórios como capacete ou chapéu, bota e camisa de manga comprida e calça de couro com botões. Aliás, o uso de colete de proteção é item vital em uma montaria em touros.
Já na área da filiação profissional, cada atleta pode trabalhar ou competir apenas em rodeios que são credenciados e regulamentados pela Confederação Nacional de Rodeio. Além do mais, é preciso estar afiliado e regularizado com sua documentação e anuidade.
Por fim, para um competidor ter suas credenciais de acesso, elas serão fornecidas apenas pela Organização e no momento de cada festival, evento ou circuito de rodeio. Ainda assim, cada competidor poderá ter direito a uma credencial para estacionamento e uma para acompanhante.
Montaria de rodeio injeta milhões na economia nacional
A montaria de rodeio é um dos grandes motores da economia nacional, principalmente nos grandes circuitos. Prova disso são os inúmeros festivais que são realizados praticamente durante o ano todo. Nesse sentido, em cada evento de renome, a presença do público pode até passar das cem mil pessoas em poucos dias de evento.
A partir da análise desses dados, a perspectiva feita por especialistas é que cada etapa de um circuito nacional de rodeio pode movimentar cerca de vinte milhões de reais apenas na economia regional. Ainda é possível atestar que grande parte desse valor movimentado tem relação direta com o turismo local.
Ou seja, além de grande parte dos espectadores serem de outras cidades, sua presença ainda ajuda a movimentar todos os setores econômicos municipais. Até porque esse público tende a ficar hospedado por mais de um dia, movimentando grandes redes gastronômicas e hoteleiras de forma significativa.
Isso sem contabilizar os altos investimentos realizados pela própria organização. Afinal, as contratações e investimentos diretos são altos, em especial nas áreas de alimentos, bebidas e estruturas.
Enfim, seja uma montaria de touros ou cavalos, grande parte dessas contratações para a prestação de serviços nos dias de festa ainda podem incluir mão-de-obra local. Em outras palavras, o mercado de trabalho da cidade organizadora é aquecido com a contratação de profissionais como recepcionistas, seguranças, ajudantes e garçons.