Como ocorre a organização de cada espécie?
Com características semelhantes entre si, cada espécie é responsável por constituir os variados ecossistemas e por possibilitar a diversificação da fauna e flora do planeta.
Além de auxiliar no equilíbrio ecológico, a espécie faz parte da taxonomia e classificação dos organismos vivos, fazendo com que seja possível os estudos de cada um deles.
Conceito biológico de espécie
Espécie é o nome atribuído ao ao conjunto de organismos com características semelhantes entre si. Estes são capazes de realizar o cruzamento e dar origem a descendentes férteis. A partir da espécie é possível classificar os organismos pelo sistema taxonômico, que consiste na descrição das diversidades dos seres vivos.
No entanto, as espécies que possuem maiores semelhanças são responsáveis por formar um gênero. Sendo assim, todos os animais que não possuem a capacidade de cruzarem e gerarem descendentes entre si, não são considerados da mesma espécie, embora possam fazer parte do mesmo gênero pois possuem características similares.
A classificação em que a espécie enquadra-se é dividida em categorias taxonômicas, são elas:
- Espécie formam gêneros;
- Gêneros similares formam família (grupo mais abrangente);
- Famílias constituem a ordem;
- As ordens geram a classe;
- As classes formam o filo;
- Os filos geram o reino.
Além do conceito central de espécie ela também pode ser definida por:
- Conceito morfológico: analisa os organismos a partir das semelhanças, assim seres assexuadas também podem ser classificados;
- Conceito ecológico: analisa o nicho ecológico, ou seja, como os seres vivos se reproduzem, vivem, alimentam-se, suas relações, etc;
- Conceito filogenético: analisa grupo menores de organismo que possuem em comum um ancestral.
Entretanto, no conceito biológico de espécie é improvável fazer análise dos organismos assexuados, dos híbridos e de elementos, como os fósseis.
Espécie bandeira
Espécie bandeira é o termo que refere-se às espécies mais cativantes e encantadoras, que são usadas como forma de alerta sobre problemas com habitats ou outras espécies. Estas espécies chamam a atenção do público e ganham destaque, além de ser representar a conservação.
Elas são dóceis e geram empata entre as pessoas, obtendo, assim, mais recursos de conservação, seja por meio do turismo ou de doações. Dessa forma, acabam protegendo outras espécies que são menos populares na região.
Consideradas símbolos de defesa ambiental, as espécies bandeiras são escolhidas a partir dos segundos métodos:
- Aparência, ou seja, características físicas;
- Conhecimento de sua existência;
- Conhecimento de sua vulnerabilidade;
- Conhecimento da importância para a ecologia;
- Conhecimento de sua longevidade
Sendo assim, as principais espécies bandeiras são:
- Mico Leão Dourado (Brasil): responsável por representar a conservação da Mata Atlântica;
- Onça Pintada (Brasil): responsável por representar a conservação da Mata Atlântica, do Cerrado, Pantanal e da Floresta Amazônica;
- Tamanduá Bandeira (Brasil): responsável por representar a conservação do Cerrado;
- Araras Azuis (Brasil): responsável por representar a conservação do Pantanal e do Cerrado;
- Tartarugas marinhas (Brasil);
- Tigre de Bengala (Índia);
- Gorilas (África Central);
- Elefante Africano (África Central);
- Urso Polar (Canadá);
- Orangotango (Ásia);
- Urso Panda (China).
Em resumo, borboletas, aves e mamíferos grandes são os animais que mais são considerados como tipos de espécie bandeira.
Espécie Guarda Chuva
Espécie guarda chuva é o termo que refere-se às espécies que protegem indiretamente outras espécies que vivem no mesmo habitat, mas que não são tão populares. É um termo também ligado a espécie bandeira.
Estes animais são utilizados para chamar atenção de problemas que ameaçam seu ecossistema. No entanto, em alguns casos, algumas espécies não são protegidos pelo fato de possuírem hábitos diferentes das demais. Suas principais características são:
- Possuem esperança mediana em relação ao tempo de vida elevado;
- São sensíveis às modificações do meio ambiente;
- São fatores importantes para o seu ecossistema;
- Necessitam de grandes áreas para o seu habitat.
Sendo assim, as principais espécies guarda chuva são:
- Tigres;
- Borboletas;
- Ursos;
- Lobos;
- Corujas;
- Baleias;
- Rinocerontes, etc.
No entanto, muitas destas espécies estão sofrendo risco de extinção, o que pode comprometer a diversidade do ecossistema. Sendo assim, elas não estão presentes em grande parte do planeta embora não possam ser consideradas raras, uma vez que o risco de extinção aumenta.
Espécie pioneira
Espécie pioneira é o termo que refere-se às espécies mais resistentes aos fatores abióticos (como a temperatura, luz, vento, água, pressão, composição do solo e outros), responsáveis por iniciar a colonização. Elas podem desenvolver-se em locais desertos, áridos, montanhosos e vulcânicos.
Suas principais características são:
- Resistentes às variações do ambiente;
- São espécies euribiontes (com maior tolerância ecológica);
- Possuem maior facilidade de adaptação.
No entanto, para que elas desenvolvam-se, o vento, os animais ou os humanos são responsáveis por levar ou conduzir suas sementes até o local. Recebem este nome pois são as primeiras a crescerem em regiões pouco propícias. Dessa forma, acabam sendo essenciais no processo de recuperação de áreas anteriormente danificadas.
Sendo assim, as principais espécies pioneiras são:
- Algas verdes;
- Ammophila;
- Bryophyta;
- Cyanobacteria;
- Zostera.
Espécies exóticas
Espécies exóticas é termo que refere-se às espécies presentes em locais longes da sua área de distribuição histórica ou natural, ou seja, não são nativas da região em que estão localizadas. Elas invadem novas áreas com ou sem interferência humana, embora as ações antrópicas possibilitam sua incidência.
Entretanto, há casos em que estas espécies foram conduzidas até áreas específicas com o intuito de garantir a segurança alimentar ou auxiliar no combate a disseminação de algumas doenças e pragas. As principais espécies exóticas são:
- Pombo;
- Carpa;
- Jaqueira;
- Tartaruga tigre d’água;
- Rã touro gigante;
- Caramujo gigante africano;
- Lebre européia, etc.
O grande impacto causado por essas espécies é o risco que elas trazem para o ecossistema local, podendo comprometer inúmeras atividades, como a agricultura e pecuária, por exemplo.
Outros tipos de espécies
É comum o surgimento de novas espécies em determinadas áreas e locais específicos. Além das que foram citadas, há também:
- Espécies endêmicas: nome atribuído às espécies presentes somente em determinada região. Elas podem surgir porque não houve disseminação ou porque houve encolhimento da população, restando apenas uma parcela da espécie.
- Espécies nativas: também chamadas de espécies silvestres, são espécies naturais de determinada região ou de um ecossistema.
- Espécies indicadoras: nome atribuído às espécies capazes de fornecer e transmitir informações sobre o ambiente em que encontram-se, por exemplo, ocorrências de mudanças ambientais, poluição, pragas, doenças, etc.
Apesar da grande quantidade de espécies presentes na Terra, a maioria delas correm sérios riscos de extinção. A extinção de espécie ocorre quando o último indivíduo da espécie é morto.
Intervenção humana, mudanças climáticas, destruição do habitat natural, poluição, desmatamento e novos predadores são os fatores mais responsáveis por ocasionar a extinção de cada espécie presente no planeta.