A farinha e as possibilidades por trás deste alimento
Farinha é um dos alimentos presentes em quase todas as alimentações diárias, seja nos pães, em macarrões, em bolos e em outros tipos de massas. Ela é um dos produtos de base alimentar, tanto de adultos quanto de crianças. O hábito de consumi-lá foi empregado diretamente das tribos indígenas.
A farinha pode ser feita tanto de grãos, de cereais quanto das raízes de alguns vegetais. No mercado, outros tipos de farinhas têm sido desenvolvidas além das convencionais. Além disso, as farinhas podem ser benéficas à saúde e auxiliar principalmente no bom funcionamento do organismo.
O que é farinha?
Farinha consiste em um alimento em pó desidratado, muito rica em amido, utilizada principalmente nos setores alimentícios. Na maioria das vezes, é um produto feito a partir de cereais moídos, como o trigo, a aveia e até mesmo de outras partes dos vegetais, como as raízes e as cascas.
Há vários tipos de farinha, as mais conhecidas são:
- Farinha de trigo
- Farinha de mandioca
- Farinha de aveia
- Farinha de milho
- Farinha láctea, entre outras.
Há também a farinha integral, que consiste na moeção inteira do grão, tanto sua parte interna, as casas (que dão origem ao farelo de farinha) e o gérmen. Outro tipo conhecido é a farinha refinada, em que as cascas dos grãos são retiradas antes de seu preparo.
A farinha faz parte da base alimentar tanto dos adultos quanto das crianças. Muito usada na fabricação de pães, massas, bolos, mingaus, ela está presente na maioria dos pratos consumidos diariamente.
Origem da farinha
A farinha é um alimento popularmente conhecido há anos. Ela já fazia parte da alimentação dos indígenas muitas décadas atrás.
A farinha de mandioca, por ser uma das mais conhecidas, foi um dos primeiros produtos que os portugueses tiveram contato, mas que os indígenas já a tinham como alimento básico.
Os índios foram os responsáveis por criar técnicas que originam diversos produtos feitos a partir dela:
- Beiju / tapioca;
- Pirão;
- Tucupi, etc.
Nas antigas tribos dos nativos, a produção de farinha era um trabalho de responsabilidade feminina. As mulheres arrancavam as raízes e relavam as mandiocas em um tipo de prancha feita de madeira cravejada de pedras pontiagudas.
A massa que obtinha-se era colocada sobre um tipiti, objeto de tranças vegetais utilizado para escoar o caldo venenosa que contém na mandioca, devido a presença de ácido cianídrico. E então, depois disso elas a levavam para panelas de barro sobre o fogo.
A massa cozinhando era mexida até que o ponto desejado fosse atingido. Dessa forma, pode ser servida como acompanhamento de peixes, frutas e carnes.
Todo este processo resultava em dois tipos de farinha:
- A farinha fresca: tinha duração de três dias;
- A farinha de guerra: tinha duração de mais de um ano quando deixada torrar por completo no fogo.
Esta última recebeu o nome pois fazia parte da comida armazenada levada nas expedições guerreiras indígenas e portuguesas.
Curiosidades sobre a origem da farinha
Os portugueses chamavam o consumo de farinha feito pelos indígenas de ‘arremesso’, porque eles pegavam a farinha com os dedos e arremessavam na boca sem deixar cair.
A farinha era e foi o principal ingrediente no preparo do pirão, uma papa de consistência grossa incorporada ao caldo quente de peixe ou de carne à fécula da mandioca.
No entanto, a farinha não era utilizada apenas como alimento. Durante o processo de cozimento e fermentação da raiz, as índias mastigam a planta e deixam suas salivas agirem, isso resultaria no cauim. Cauim é um tipo de bebida alcoólica utilizada pelos índios em celebrações, velórios e confraternizações com os europeus. Além disso, com esse mesmo processo era possível também produzir bebidas fermentadas de diversas frutas.
Como é feita a farinha?
Para fazer farinha é preciso fazer uso de algum tipo de noz ou grão que dê para ser moído, como, por exemplo:
- Arroz;
- Aveia;
- Centeio;
- Cevada;
- Ervilha;
- Grão de bico;
- Milho;
- Quinoa;
- Trigo, entre outros.
Entretanto, primeiro deve-se pensar em qual tipo de farinha será feito, se será integral, de massa branca, multicereal ou outras.
A moagem pode ser feita manualmente – opção que demora mais e exige maior força braçal – ou fazer a moagem diretamente no liquidificador, por exemplo.
Moer naturalmente é uma técnica antiga de fazer farinha. Dessa forma, ela assegura que o grão não terá seus nutrientes danificados pela produção de calor. No entanto, o liquidificador não garante que a farinha fique tão fina caso esse seja o esperado.
Tipos de farinha: de coco e de bambu
Além dos tipos de farinha mais tradicionais, como a farinha de mandioca, de trigo, de arroz, de aveia, de milho e a integral, há outros tipos de farinha não tão populares e difíceis de serem encontradas em todos os mercados. Entretanto, são farinhas ricas em proteínas e diversos outros nutrientes importantes na alimentação humana.
É o caso da farinha de coco, alimento feito a partir da polpa da fruta, da parte branca onde a gordura está concentrada. No entanto, a parte da gordura não é utilizada para que o produto tenha um menor percentual dela. Este tipo de farinha tem como benefício aumentar a sensação de saciedade, combater diabetes e melhorar o funcionamento do intestino. No entanto, a principal característica é sua composição com uma mistura de gorduras com fibras.
Outro tipo menos conhecido é a farinha de bambu. Este alimento é rico em fibras e possui menor teor de carboidratos. Ele não é só benéfico por ajudar a saúde e o funcionamento do organismo, mas também por ser a base de um produto com baixos custos. A plantação de bambu, por exemplo, requer pouco espaço e tem seu crescimento vertical. Sua árvore retém maior quantidade de carbono, sendo responsável por favorecer a limpeza do ar. Outro ponto importante, é que o uso de agroquímicos é dispensado pois não é pragas neste tipo de plantação.
Tipos de farinha: de maracujá e de banana verde
Há também a farinha de maracujá, alimento feito a partir da casca da fruta. Assim, ela é produzida utilizando a parte branca da casca, onde os nutrientes, a fibra pectina, o ferro, o fósforo, o cálcio e a vitamina B3 (niacina) estão concentrados. Portanto, ela é importante em reduzir os picos glicêmicos e ainda não contém glúten.
Outra farinha que tem se tornado importante e benéfica para a saúde é a farinha da banana verde. Ou seja, ela tem um alto valor nutritivo, auxilia no funcionamento do intestino, previne o câncer e é capaz de reduzir os níveis glicêmicos. Além disso, por ter um baixo custo, é uma boa escolha para pequenos produtores. Assim, torna-se uma opção para ajudar na renda da agricultura familiar.