Apesar de ser um movimento local, o Brexit traz inúmeras consequências para a economia global. Desde a noite de 31 de janeiro deste ano, o Brexit já marca a saída oficial do Reino Unido da União Europeia. Aliás, esse processo foi bem longo, com mais de três anos e, claro, deixou um rastro de oscilação sobre importantes setores econômicos ao redor do planeta.
Contudo, apesar de tanta especulação e analise, é a partir de agora que poderemos saber como o Brasil vai tirar proveito do Brexit. Até porque essa é uma das maiores turbulências políticas europeias desde o fim da Segunda Grande Guerra. Para saber mais sobre esse assunto, confira a seguir como esse acordo pode afetar você e a nossa economia.
O que é Brexit?
Brexit é um vocábulo da língua inglesa que ganhou muito destaque no mundo. Afinal, embora tenha sido iniciado no ano de 2017, recentemente ele definiu o conturbado processo de saída do Reino Unido do círculo de países da União Europeia.
Em poucas palavras, essa previsão de término comercial prevista para esse ano causa turbulências entre todos os mercados econômicos mundiais. Em termos práticos, a partir do último trinta e um de janeiro, o chamado Reino Unido foi pioneiro no processo de desligamento e fez história ao deixar a União Europeia.
De qualquer forma, após a data já mencionada, ainda existirá uma fase de onze meses para visar a reformulação de vários acordos e tratados previamente estabelecidos. Enfim, para entender melhor sobre o que é Brexit, saiba que o significado desse vocábulo é uma contração das palavras Britain (Bretanha) e exit (saída). Veja mais a seguir sobre o tema Brexit.
Quais as causas do Brexit?
Uma das causas do Brexit é atribuída a uma recente e crescente onda de imigrantes e refugiados que fogem para a Europa. Ou seja, para aumentar protestos nacionalistas, cidadãos protestam contra pessoas originarias do Oriente Médio e África. Sem contar com a presença notória e extremista de grupos xenófobos.
De qualquer forma, como resultado, o Brexit ainda é marcado por fatores como:
- A vigência do Artigo 50 do Tratado de Lisboa, no qual há a liberdade de qualquer país poder deixar o bloco;
- A força do sentimento nacionalista britânico;
- Falta de coesão do Partido Trabalhista;
- Alto índice de plebiscitos entre conservadores e idosos;
- O ceticismo elevado da população frente os poucos benefícios da União;
- Contribuição financeira elevada frente demais países;
- Melhora na manutenção da soberania nacional e controle de fronteiras;
- Problemas em relação à cooperação policial e judicial.
O impacto do Brexit no mundo
Em relação ao impacto do Brexit para o mundo, algumas negociações para sua conclusão exigiram atenção. Até porque essa saída do Reino Unido foi concluída pela ativação do Artigo 50 do Tratado de Lisboa.
Em linhas gerais, esse Artigo ratificado entre países da União Europeia estipula que todo e qualquer procedimento merece discussão e até votação popular. Ou seja, são necessárias algumas regras para que a provável negociação seja avaliada para um país deixar o bloco econômico da União Europeia.
Em outras palavras, de acordo com o Artigo 50, o interessado em deixar o bloco precisa realizar a formalização do pedido frente ao conselho geral da Europa. A partir de então, ele terá a missão de assumir as negociações e seguir as normas para efetivação total e legal da saída.
Brexit para o Brasil
Assunto tão falado e importante para o globo, a questão do Brexit para o Brasil pode revelar mudanças no cenário econômico. Em outras palavras, isso pode sinalizar ainda mais negócios para o país. Isso porque a saída do Reino Unido do bloco econômico europeu tende a garantir mais liberdade para as negociações internacionais.
Para muitos analistas, faz alguns anos que a Grã-Bretanha tenta tal separação, aumentando as parcerias com o Brasil em relação a cerca de dez países. Ainda assim, a aposta é de que esse relacionamento fique mais aberto, sem entraves comerciais a exemplo das competições tributárias e financeiras.
Assim, de acordo com especialistas de Direito internacional, a partir de agora as negociações podem ser mais efetivas até mesmo com o mundo inteiro. Sem contar com a assinatura de novos contratos e a possibilidade de outros serem revistos.
De qualquer forma, a questão do Brexit pode ser excelente para os dois países, já que até existem empresas com o interesse de renegociar esses contratos. Como resultado, isso terá efeito positivo no comércio de exportação, pois ainda assegura melhores condições de negociação.
Para demais especialistas, outro ponto importante é a melhora na relação entre o Reino Unido e a União Europeia. Isso porque esse tipo de autonomia derruba certas barreiras geopolíticas dentro de blocos unificados. Assim, mais que apenas nessa região, a saída do Reino Unido representa novos horizontes entre as relações com o Brasil.
As consequências do Brexit no setor agrícola local e mundial
Além de atingir o Brasil, as consequências do Brexit ainda terão forte impacto na cadeia produtiva do Reino Unido. Aliás, o PIB britânico teve um crescimento de menos de um por cento apenas no primeiro trimestre de 2016. Isso significa bem menos do que o do ano anterior, quando beirou um ponto percentual.
Seja pela incerteza do plebiscito ou pelo acerto Brexit, a economia loca ainda marcou o pior desempenho desde o ano de 2012, onde números do PIB forma de cerca de dois por cento. Por outro lado, para o início da saída do bloco, a Grã-Bretanha pode diminuir a entrada de investimentos europeus.
Assim, ela pode ameaçar pontos de investimento, pois muitos bancos e empresas fora da Europa têm sede britânica. No caso do setor agrícola local, grande área para controvérsia sobre as vantagens do Brexit, a saída tende a ser benéfica e fomentar mais ações de livre comércio.
Tudo porque, para os britânicos, os números são favoráveis. Como exemplo, citamos os subsídios agrícolas, que são mais da metade do rendimento dos produtores rurais. Ainda assim, vale lembrar que esse movimento de saída como o Brexit pode ocorrer em outros países. Até porque esse exemplo servirá como base para outras potências eliminarem travas econômicas.