Caqui doce foi introduzido no Brasil por imigrantes japoneses
Das espécies de caqui cultivadas, o caqui japonês é mais comum e popular. Afinal, seus frutos fazem muito sucesso. Doce e ligeiramente picante, o fruto possui textura macia e eventualmente fibrosa.
Os caquis Hachiya, por outro lado, são mais azedos. Assim, estes precisam ser completamente amadurecidos antes de comer. Quando maduro, o caqui é composto de uma geleia espessa e rechonchuda, envolvido por uma casca fina. Conheça mais sobre essa fruta chinesa tão apreciada no Brasil!
O que é caqui?
Caqui é o fruto comestível de várias espécies de árvores do gênero Diospyros. É, desse modo, um fruto do caquizeiro. As mais cultivadas dessas espécies no Brasil são: sibugaki e amagaki.
A fruta oriental é nativa da China, onde é cultivada há séculos. De fato, em seu país de origem, existem mais de dois mil cultivares diferentes. O fruto se espalhou para a Coreia e o Japão há muitos anos, onde cultivares adicionais foram desenvolvidas.
No Brasil, por sua vez, a variedade doce foi introduzida em 1916, por imigrantes japoneses. Até o início do século XX, o único caqui conhecido pelos brasileiros era o adstringente. Isto é, a variedade do fruto que parece “amarrar a boca” quando consumido.
Atualmente, existem cultivos de caquis nas regiões sul e sudeste do Brasil, concentrados sobretudo em São Paulo.
Significado de caqui
A palavra diospyros é derivada do grego antigo. Especificamente, das palavras dio” e pyron.
Na etimologia popular, as palavras são interpretadas como “fruto de Deus” ou, em segunda análise, “fruto divino”.
Origem do caqui
Quando o assunto é a origem do caqui, no Japão, caquis árvores nativas da China e de outras partes montanhosas do leste da Ásia são uma parte muito grande da horticultura e, mais importante, da agricultura.
Eles foram originalmente levados para o Japão há mais de 1.000 anos.
Tipos de caqui
Em suma, existem dois tipos de caqui: doces e adstringentes. O adstringente, como visto, possui a substância tanino na composição. Isto é, a variedade é amarga e provoca a sensação desagradável de prender a língua.
O segundo tipo, de caquis doces, é conhecido como amagaki em japonês. Este, por sua vez, é nativo do Japão. A variedade mais antiga recebeu o nome do templo onde foi descoberto, há quase 800 anos. Popularmente é chamado de caqui japonês.
O amagaki pode ser consumido cru quando ainda está crocante, quando sua textura se assemelha a uma pera firme.
Frequentemente apreciadas como outras frutas secas, elas são muito deliciosas e muito doces, pois os açúcares são concentrados.
Além disso, as folhas da árvore de caqui também são usadas como chá. Afinal, elas são conhecidas por conterem altos níveis de vitamina C. A vitamina, por sua vez, não se degrada durante o processo de fermentação.
Em geral, caquis são facilmente obtidos e fáceis de preparar. Contudo, eles devem ser consumidos com um ou dois dias, pois tendem a amadurecer muito rapidamente.
Cultivo de caqui
Recomenda-se sol pleno e locais arejados para o cultivo de caqui.
Apesar de preferirem a luminosidade direta, os caquis toleram a sombra parcial. Aqueles cultivados em áreas mais frias, contudo, devem ter sol direto e proteção contra os ventos frios.
Enquanto uma árvore ornamental, o caquizeiro é atraente e se encaixa bem na paisagem. Confira mais sobre seu cultivo!
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Solo
Os caquis podem suportar uma ampla variedade de condições, desde que o solo não seja excessivamente salgado. No entanto, eles se saem melhor em solo profundo e bem drenado.
É preferido um nível de pH entre 6,5 a 7,5. Além disso, é necessário um buraco mais profundo do que o habitual durante o plantio.
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Irrigação
As árvores de caqui suportam curtos períodos de seca, mas os frutos serão maiores e de melhor qualidade com rega regular.
Sem dúvida, a seca extrema fará com que as folhas e os frutos caiam prematuramente. Além disso, qualquer fruta deixada na árvore provavelmente queimará.
Anualmente, são necessárias cerca de 920 mm a 1220 mm de água, aplicada de acordo com as estações determinadas.
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Fertilização
A maioria das árvores se dá bem com um mínimo de fertilização. Além disso, excesso de nitrogênio pode causar a queda das frutas.
Se as folhas maduras não estiverem verde-escuras e o crescimento da parte aérea for menor que 30 centímetros por ano, aplique um fertilizante equilibrado, como um 10-10-10.
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Poda
A poda dos caquizeiros visa desenvolver uma estrutura forte aos galhos, principalmente enquanto a árvore é jovem. Caso contrário, o fruto, que é carregado nas pontas dos galhos, pode ser muito pesado e causar a quebra.
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Propagação
A estratificação é recomendada para todas as sementes de caqui.
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Pragas e doenças
Os caquis são relativamente livres de problemas, embora as cochonilhas e as formigas possam eventualmente causar problemas.
Em suma, o controle das formigas geralmente cuida dessas pragas. Além disso, outras pragas ocasionais incluem moscas brancas, ácaros e tripes que podem ocasionar manchas às folhas.
Por outro lado, o alagamento também pode causar podridão das raízes.
Benefícios do caqui
Sozinho, um caqui tem mais da metade da ingestão diária de vitamina A recomendada. Ela é essencial para a saúde fecal, para a visão e para a função imunológica. Esse é um dos maiores benefícios do caqui.
Além de minerais e vitaminas, os caquis detêm uma variedade ampla de compostos vegetais, entre eles carotenoides, flavonoides e taninos. Estes compostos são responsáveis por causar efeitos positivos na saúde.
De mesmo modo, as folhas do fruto são ricas em fibras, taninos e vitamina C. Além disso, possuem um típico ingrediente presente em chás terapêuticos.
Produção do caqui fruta
Além das variações que já citamos – doce (amagaki) e adstringente (sibugaki) – outras variações são o kaoru, kiombo (caqui chocolate) e rama forte.
Liderada por São Paulo, a produção brasileira de caqui fruta está concentrada na região sudeste e sul do Brasil.
De fato, a cultura de caquis no estado de São Paulo é significativa e bastante desenvolvida. Assim, sua relevância econômica, junto de seu milhão de pés, produzem aproximadamente 87 mil toneladas de caquis anualmente.
Os principais produtores de caqui são os municípios de Morungaba, Guararema, Ibiúna e Mogi das Cruzes. O último retém cerca de 40% da produção geral.