O uso de carmim movimenta a indústria alimentícia
O carmim, junto a outros corantes, tornou-se muito importante para o melhor desempenho da industria alimentícia e de cosméticos. Desse modo, o uso da substância tornou-se essencial em boa parte do mundo, e quase que indispensável pela característica atrativa que é capaz de agregar aos produtos dos quais faz parte.
Além disso, o carmim passou a se tornar conhecido, principalmente, pela sua cor vermelha e maneira como é extraído; visto que ele vem de um inseto chamado cochonilha.
O que é carmim?
Carmim é uma espécie de corante muito comum, uma vez que a sua versatilidade permite o uso em diferentes segmentos de mercado. Hoje, com a alta procura por alimentos altamente calóricos e cheio de corantes, a utilização de carmim é quase unânime na indústria, especialmente entre o público infantil.
Assim o carmim se fez, compondo alimentos com cores chamativas e chamando atenção dos olhos de quem os vê. Todavia, seus perigos a saúde são muitos, podendo trazer problemas que incluem, entre outras complicações, colesterol alto e hipertensão.
Por isso, o uso de carmim deve ser equilibrado, garantindo a manutenção da saúde em dia e, ainda assim, proporcionando ótimas experiências com os sabores e as cores dos alimentos que têm esse corante na composição.
Carmim de cochonilha
O uso de insetos para a extração de corantes na industria alimentícia é algo muito comum. Os consumidores, por sua vez, muitas vezes não fazem ideia de que estão tendo contato com algo que saiu diretamente de um ser desse tipo.
Geralmente, alimentos que destacam tonalidade de rosa e vermelho usam dos corantes extraídos de insetos. Alguns dos principais e mais conhecidos alimentos que seguem essa linha são gelatina, suco, sorvete e geleia.
Para produzir menos que 500 g de corante vermelho já são necessárias cerca de 70 mil cochonilhas. Por isso, atualmente, a produção de cochonilhas têm crescido enormemente, se tornando uma grande tendência de mercado.
Antes de estar pronto para o consumo humano, diferentes testes são feitos nestes animais que servem como base do produto. Isso porque essa substância pode representar uma alta taxa de irritações a pele e, por isso, o teste é a melhor opção.
Quando estão livres, as cochonilhas gostam de se alimentar, principalmente, de plantas – inclusive de cactos. Seu tamanho a torna quase imperceptível a olho nu. Porém, quando juntas, aparentam de longe as suas cores características, que incluem tons de vermelho, laranja, marrom, verde e amarelo.
Produção de cochonilha
Com o foco em outros segmentos de mercado, o Brasil não produz corantes feitos com cochonilha, apenas os importa. Países da América do Sul e América Central, como o Peru e o México, são os maiores exportadores do mundo.
Para o melhor controle dos insetos e a sua quantidade, sua produção é feita em laboratório, atingindo uma ampla escala. Outro ponto importante é que animais reproduzidos em laboratório podem ser mantidos longe de doenças transmissíveis. Dessa forma, não prejudicam a vida humana com a propagação de doenças que possam estar presentes no corante carmim, por exemplo.
Para veganos, existem opções vegetais e que são semelhantes ao uso da cochonilha na produção. Entretanto, por se tratar de uma prática considerada natural, a produção acaba sendo mais cara que o comum. A antocianina, por exemplo, é uma substância extraída das cascas das frutas e flores para que seja feito o corante. Seu resultado de paladar e cores se assemelha ao da cochonilha, porém, sem agredir ao meio ambiente.
O uso do corante vermelho
Em um mercado onde a oferta e demanda são cada vez maiores, o uso de aditivos que chame a atenção do usuário é importante, pois assim a vantagem de mercado é aplicada em relação a outras marcas.
A função do corante vermelho – assim como os outros – é de apenas tornar o produto atrativo ao público, nada mais. Além disso, o produto não contém propriedades nutricionais vantajosas ao corpo. Pelo contrário, o seu uso em excesso pode ser prejudicial para a saúde humana.
Por isso, pessoas que buscam qualidade de vida, de certo modo buscam evitar esse tipo de aditivo na alimentação, pois ele vai totalmente contra o organismo e o seu bom funcionamento.
Durante a descoberta do corante vermelho, era muito comum produzi-lo de forma natural para evitar problemas para a saúde. Porém, com a alta demanda e o custo considerado maior, a utilização do corante sintético passou a ser mais viável aos produtores.
Cochonilha nas plantas
O uso da cochonilha no mercado cresce anualmente. Porém, além de ser prejudicial quando consumido, ele também pode afetar negativamente a rentabilidade da agricultura, visto que ele ataca diretamente aos cultivos e causa grandes perdas.
Mesmo sendo relativamente pequenos, eles são capazes de causar grandes estragos. Os primeiros sinais da presença da cochonilha é o embranquecimento das folhas. Após isso, ela começa a perder boa aparência, levando a morte.
Geralmente, esses insetos habitam regiões consideradas quentes de pouca incidência de chuva. Isso porque, nesse tipo de ambiente, eles podem sobrevoar as plantações de forma tranquila e sem riscos a sua integridade física.
Zonas urbanas também podem ter a presença das cochonilhas e, embora esse fato seja considerado raro, ele não é impossível. Nesse caso, elas geralmente habitam vasos de flores e hortas verticais. Para afastar esse tipo de inseto é necessário o uso de agroquímicos. Todavia, agricultores podem optar pelo uso de produtos naturais, evitando impactar negativamente o meio ambiente.
Os impactos do carmim na saúde humana
O importante é perceber que qualquer excesso pode trazer impactos considerados negativos para a saúde humana. E engana-se quem pensa que o uso de carmim é o único problema desse tipo na indústria da atualidade.
Mesmo sendo claros os riscos no uso desse tipo de corante na composição de alimentos consumidos com muita frequência, o aumento da produção e consumo são grandes. Isso porque há um grande mercado capaz pode atrair crianças e adolescentes que, por falta de experiência e conhecimento em relação aos efeitos dos corantes, acabam por consumi-los.
Dessa forma, fica claro que, embora o uso de carmim possa ser considerado prejudicial para a saúde, seu uso movimenta a industria e traz lucros importantes para o indústria e, até mesmo, para o incentivo da descoberta de novas tecnologias e elementos que possam – futuramente – ser utilizados como seus substitutos.