Apesar de muitas vezes serem esquecidos e negligenciados, os charcos geram um grande impacto ambiental
Extremamente importante para a sobrevivências de alguns animais, o charco é um ecossistema que, muitas vezes, acaba sendo excluído dos planos de conservação do meio ambiente devido a sua reduzida dimensão.
Mas, apesar de ser pequeno em questão de tamanho, é altamente rico em diversidade, principalmente na fauna. Além disso, o charco carrega um grande acúmulo de nutrientes no solo, favorecendo, assim, que certos tipos de plantas sobrevivam e se desenvolvam.
O que é charco?
O significado de charco é simples: água parada com pouca profundidade. Ou seja, é uma pequena acumulação de líquido em uma superfície. Geralmente, esse líquido é a água e seu fundo costuma ser lodoso e pouco consistente. Mas existe também o charco de lodo, conhecidos por ser habitat de animais como hipopótamos, por exemplo.
O charco pode ser considerado uma poça, mas é importante lembrar que eles possuem uma pequena diferença. Ao contrário da poça d’água, os charcos assumem uma dimensão maior. Podendo, assim, serem considerados “enormes” poças. Além disso, uma poça pode ser formada durante uma chuva qualquer e em diversos locais, já o charco tem origem após fortes e longas chuvas e em lugares com grama ou depressões. A quantidade de lama também é um fator que diferencia essas duas formações.
Os charcos costumam evaporar em um período muito curto de tempo, já que possuem uma área superficial e não são profundos. Assim, um grande número de moléculas é evaporado quase ao mesmo tempo. Mas, quando falamos de charcos compostos por propriedades químicas, essa característica pode corresponder a um grande perigo que exige medidas rápidas. Um exemplo são poças químicas compostas por elementos como o bromo, responsável por produzir vapores altamente tóxicos.
A importância dos charcos
Ao contrário das florestas tropicais, por exemplo, os charcos não fazem parte do grupo de ecossistemas mais populares, bem como os:
- pântanos;
- várzeas e
- mangues
Porém, ao mesmo tempo, estes assumem uma grande importância quando o assunto é meio ambiente e diversidade.
O charco, ainda mais do que as outras áreas úmidas, acaba, muitas vezes, sendo esquecido e negligenciado pelas políticas de preservação. O que é um erro, já que é habitat de diversas espécies – desde anfíbios à macroinvertebrados. Larvas de mosquitos, por exemplo, o utilizam em sua totalidade e fazem dele seu habitat.
A rã é outro exemplo de animal que dá preferência a esse tipo de sistema para viver. Depois de sua fase larval, esse invertebrado passa a viver à beira de charcos. Além disso, comumente o charco acaba sendo utilizado como fonte de banho e bebida para pássaros. Mas sua importância vai para muito além da fauna. Plantas aquáticas também se tornam dependentes desse ecossistema para sobreviver e crescer.
O acúmulo de nutrientes na área de charco é muito comum devido ao fato de a água ali presente não se renovar. Essas águas compostas por um grande número de nutrientes são chamadas de águas eutróficas. Então, a partir dessas águas, alguns tipos de plantas são capazes de crescer e se desenvolver. Como é o caso da erva-pinheirinha, da azola e das lentilhas-de-água, por exemplo.