A coruja branca é uma ave noturna e de rapina, com voos silenciosos e pios característicos. As corujas, de modo geral, são bastante parecidas – o que inclui, obviamente, a coruja branca. Elas possuem cabeças grandes, rostos acatados, bicos aquilinos e grandes olhos. Contam, também, com asas curtas, garras afiadas e assas compridas. Com efeito, a espécie tem excelentes sentidos auditivos e visuais.
A despeito de não movimentar muito os seus olhos, a coruja branca gira todo o seu pescoço a fim de visualizar diretamente o que se encontra atrás dela. A grande quantidade de sons emitidos por essa ave deve-se à sua capacidade de cantar, bater asas e estalar os bicos. Os cantos, em particular, são muito variáveis, indo desde assovios até os mais profundos chilreios.
O que é coruja branca?
Coruja branca é uma ave que pertence à ordem das Strigiformes que, por sua vez, se divide em 2 famílias: a Tytonidae e a Strigidae. A maior parte das corujas integra esta última e somente a coruja branca faz parte da primeira.
Com efeito, a coruja branca pode ser avistada no território nacional, onde há por volta de 24 espécies de coruja. Outros nomes também são atribuídos a ela, tais como coruja das torres, coruja de igreja e suindara.
Sendo tida como uma ave de pequenas dimensões, com cerca 30 centímetros de comprimento, a coruja branca pode chegar aos 115 cm de envergadura e pesar de 350 a 700 gramas. As fêmeas da espécie mostram-se ligeiramente maiores em comparação aos machos.
Uma de suas mais visíveis características pode ser encontrada em sua face, composta de tonalidades brancas com entornos em marrom mais claro. O formato, por sua vez, é similar ao de um coração, e os olhos negros contrastam com a alvura da face. A ave possui aspecto visual exuberante e bastante diferenciado, vindo a surpreender muitas pessoas que a avistam pela primeira vez.
A peculiaridade do canto da coruja branca é digno de nota, pois chega a lembrar o som de panos sendo rasgados. Esses ruídos são produzidos, de modo geral, para anunciar a busca de um parceiro, a ocorrência de perigos ou, frequentemente, para denotar a presença de aves estranhas em seus ninhos.
Vale lembrar que, enquanto caçadora nata, a coruja branca utiliza sua excelente visão noturna e privilegiada capacidade visual para encontrar suas presas, até mesmo em distâncias muito longas.
Incidência da coruja branca
Por estarem presentes em áreas urbanas, rurais, em morros e em campos abertos, podemos dizer que as corujas brancas convivem, de certo modo, conosco. Sem embargo, nos centros urbanos, a ave demonstrou ótima adaptabilidade em ambientes modificados ou construídos por seres humanos.
De fato, elas tendem a estar presentes em torres, topos de igrejas, cercas e postes, sempre buscando ficar no alto, à medida que de lá conseguem uma visão privilegiada acerca do que ocorre logo abaixo, sendo capazes de observar presas e, concomitantemente, se manterem a salvo dos predadores.
Conforme mencionado, a coruja branca é um ser noturno, pois neste período realiza suas ações principais, como voar e caçar. Ao longo do dia, ela descansa e se esconde, voando quando expulsa da localidade escolhida para repousar.
Nós, enquanto seres diurnos, tendemos a estranhar tais hábitos. Todavia, a coruja branca não é o único animal notívago, ao passo que há diversos outros que saem durante a noite para a realização de suas tarefas rotineiras.
Tenha em mente que a coruja branca é uma ave silenciosa e muito sensível aos barulhos, preferindo os períodos noturnos justamente para fugir da cacofonia das cidades.
É muito comum vislumbrar essa ave na América do Sul, o subcontinente no qual existem mais corujas brancas. Não obstante, elas estão presentes em todas as partes do mundo (em alturas de até 4.000 m), com exceção dos locais de baixíssimas temperaturas, como a Antártida.
Alimentação da coruja branca
Como destacado, a visão e a audição da coruja branca são altamente privilegiadas. Sem embargo, sua audição é extremamente sensível e seus aparelhos auditivos são muito bem desenvolvidos. Tanto que as corujas brancas são capazes de captar roedores em meio à total escuridão, guiadas somente pelos barulhos emitidos pelas presas.
A visão, por seu lado, destaca-se pela adaptação ao escuro e, também, pelo pescoço da ave ser bastante “elástico”. De fato, a coruja branca possui uma impressionante característica: ela pode virar o pescoço em 270 graus!
Isso se justifica pelo fato de ave enxergar com ambos os olhos, no mesmo plano, sendo incapaz de virar o olho – o que chamaríamos, por exemplo, de “olhar de canto”. Para tanto, ela precisa movimentar toda a região do pescoço, portanto, ela mantém ambos os olhos focados na mesma direção, o que facilita sua caça.
Os roedores pequenos, como camundongos e ratos, são as suas presas principais. Todavia, a coruja branca também caça morcegos e répteis de peque porte, como lagartos, anfíbios e peixes que se colocam à beira de riachos ou em poças de água. Vale destacar, ainda, que a alimentação da coruja branca se estende, até mesmo, a alguns animais invertebrados e insetos pequenos.
Benefícios para os seres humanos
Quando se aproxima de ambientes urbanos, ela caça em grande número, sobretudo os ratos, dada as grandes quantidades desses animais. Essa atividade é benéfica aos seres humanos, já que os ratos são potenciais transmissores de doenças. Quando bandos de corujas brancas os atacam, a população dos roedores pode ser significativamente reduzida.
Desse modo, as corujas brancas são tidas como um dos animais de maior utilidade aos homens, livrando-nos do que nós mesmos produzimos – as pragas urbanas. Ao se aproximarem das cidades e regiões urbanizadas, as corujas brancas tendem a caçar grandes quantidades de ratos.
Essa iniciativa é benéfica aos seres humanos, uma vez que esses roedores são, frequentemente, transmissores de graves enfermidades e doenças. Consequentemente, todas as reduções populacionais de ratos são vistas com bons olhos, principalmente pelas autoridades sanitárias.
Enquanto espécie animal das mais úteis aos homens, um casal de coruja branca, por exemplo, pode consumir de mil a três mil ratos por ano, auxiliando os centros urbanos a se livrarem dos mesmos que, tal como certos organismos nocivos, são considerados como verdadeiras “pragas urbanas”.