As diatomáceas e os seus meios de utilização
As diatomáceas são organismos presentes em meios aquáticos que passaram a ser utilizados na produção e confecção de muitas indústrias. Suas formas de uso são inúmeras e vantajosas para quem deseja obter outros novos meios de utilizá-las.
A terra a base de diatomáceas tem importância tanto para as atividades na agricultura quanto para a saúde humana. Dessa forma, servindo como pesticida para as plantações e como suprimento alimentar nas dietas, esses organismos tendem a ser mais procurados; vistos os seus benefícios e funcionalidades.
O que são diatomáceas?
Diatomáceas é o nome dado às espécies de algas unicelulares, organismos fotossintetizantes encontrados em água salgada e água doce, sozinhas ou em colônias. As algas diatomáceas constituem a base da cadeia alimentar, por isso são de extrema importância no fitoplâncton. Geralmente possuem pigmentos de coloração amarelada a castanha.
Características das diatomáceas
As diatomáceas são seres coloniais ou unicelulares, seus flagelos geralmente aparecem em gametas. Os lipídios armazenados em vacúolos e a crisolaminarina (polissacarídeo solúvel em água) são as principais substâncias responsáveis pela reserva de energia nas algas.
Nesse tipo de organismo vivo, a parede celular é composta por duas metades de valvas que se conectam na parte exterior deles. Portanto, essa divisão dá origem a dois grupos de diatomáceas:
- Diatomáceas cêntricas: com simetria radial, flutuam com facilidade e são facilmente encontradas em lagos e ambientes marinhos. Além disso, possuem vários cloroplastos.
- Diatomáceas penadas: com simetria bilateral, possui dois cloroplastos.
Os cloroplastos desses organismos têm clorofila A e C que ficam sobrepostas por carotenóides. Além disso, há espécies de diatomáceas que são autótrofas (produzem seu próprio alimento) e outras heterótrofas (que não produzem o próprio alimento).
Reprodução: ciclo de vida das diatomáceas
A reprodução assexuada dessas algas acontece por meio da divisão celular. As frústulas (parede celular) são separadas das células filhas, reduzindo seu tamanho e formando uma nova valva. Dessa forma, quando muitas divisões celulares são feitas, os organismos ficam em tamanhos pequenos possibilitando a ação da reprodução sexuada formando o zigoto e retornando ao tamanho normal. No entanto, há casos em que esse tipo de reprodução é estimulado pelo ambiente em que encontram-se.
Já na reprodução sexuada, nas diatomáceas cêntricas há fecundação oogâmica, que consiste no gameta feminino sendo maior que o gameta masculino. Portanto, o gameta maior é também imóvel e o menor é um gameta flagelado. Nas diatomáceas penadas ocorre a fecundação isogâmica, em que os gametas são de iguais tamanhos e os dois são também flagelados. Assim, os gametas se fecundam e formam o zigoto diplóide, que difere-se pelo processo de mitose no organismo já adulto. Inicia-se assim um novo ciclo.
Terra de diatomáceas
A terra de diatomáceas – também conhecida como sílica em pó, dióxido de sílico ou diatomita – é o resto de fósseis das próprias diatomáceas. Os esqueletos desses organismos são feitos de sílica, uma substância natural. Dessa forma, durante o passar dos anos, as algas foram se acumulando nos sedimentos encontrados nos lagos, córregos, oceanos e nos rios. As principais formas de sílica são, por exemplo:
- Esmeralda;
- Mica;
- Argila;
- Areia;
- Vidro;
- Quartzo;
- Amianto.
Algumas indústrias, por exemplo, costumam utilizar a terra de diatomáceas em edifícios, jardins, canis e fazendas. Há alguns produtos usados para cães e gatos. Na agricultura, por exemplo, produtos pesticidas são feitos a base da terra e utilizados no combate à baratas, percevejos, pulgas, insetos, ácaros, aranhas e carrapatos que aparecem nas culturas.
Há também outros meios de utilização da terra feito a base de diatomáceas, como, por exemplo, a produção de medicamentos, alimentos, produtos de beleza, pastas de dentes, filtros de água, borrachas e tintas.