A especiaria é um termo utilizado para se referir à produtos de origem vegetal
As especiarias que conhecemos hoje são fruto de séculos de expedições pelo mundo todo. Nos anos em que aconteceram importantes navegações para países do Oriente Médio, foram descobertos ricos produtos. Estas especiarias são utilizadas tanto na culinária como para fins medicinais.
O cultivo da especiaria no Brasil é muito comum em pequenas hortas ou em agriculturas familiares. São plantações que, em um âmbito geral, demandam maior atenção do agricultor. Até os dias atuais estes produtos são explorados em razão dos benefícios que carregam – tanto no que se refere à saúde como ao paladar; já que o seu uso mais comum é no tempero de diferentes alimentos na hora do preparo.
O que são especiarias?
O termo especiaria se refere à produtos de origem vegetal, como temperos e condimentos utilizados na culinária a fim de atribuir mais sabor aos alimentos; sendo, ainda, usados para conservá-los. Além disso, alguns tipos de especiarias são utilizados para a fabricação de cosméticos e medicamentos.
As principais especiarias no mundo são:
- cravo
- pimenta
- noz moscada
- canela
- ervas aromáticas
- gengibre
As especiarias foram sendo descobertas através das navegações para a conquista de novas terras. Portanto, em cada região do mundo é possível encontrar tipos diferentes de especiarias. No entanto, foi na Europa Ocidental que foram desenvolvidas táticas para um alto comércio de especiarias entre os países do continente. Em função do clima europeu ser desfavorável para o cultivos desses produtos, boa parte era comprada do Oriente Médio e vendido por alto custo para a burguesia; em especial nas cidades da Itália.
Estes fatores contribuíram para que o tipo de culinária de cada região do mundo fosse marcada pelo tipo de condimento que produz. No México, por exemplo, os pratos típicos são conhecidos pelas comidas secas e picantes, como os molhos tártaros e as saladas apimentadas. Já os Estados Unidos são conhecidos como a terra dos conservantes. Em razão dos solos pouco férteis, a nação investe até hoje em especiarias para manter alimentos conservados por um maior período de tempo.
Como cultivar especiarias
É cada vez mais comum que agricultores de pequeno porte ou mesmo donos de hortas caseiras tenham interesse em cultivar ervas que fornecem especiarias. Além de selecionar o local para o cultivo, é importante saber mais sobre o tipo de especiaria em que se deseja investir, assim como avaliar se o ambiente que se tem disposto é ideal para um bom crescimento.
O alecrim é uma erva ideal para os que não tem muito tempo no dia a dia para se dedicar ao cultivo. Além da planta ter alta facilidade para adaptação, tanto de temperatura como de ambiente, ela não demanda atenção constante, podem ser regadas duas à três vezes ao dia. A colheita acontece cerca de 90 dias após a plantação, e pode ser utilizada para saborear carnes, batatas e peixes.
Especiarias brasileiras
O Brasil é um país muito produtivo em seus setores agrícolas. Durante o período colonial, os portugueses encontraram uma gama de especiarias nas terras tupiniquins, que perpetuam até os dias de hoje. As mais conhecidas são as típicas de pratos brasileiros, como, por exemplo:
- coentro
- açafrão
- alecrim
- cominho
- hortelã
- louro
A maior parte das especiarias brasileiras são também voltadas para a indústria de cosméticos naturais. Empresas famosas pelos produtos in natura são as que mais exploram os tipos de especiarias, assim como todos os benefícios elas oferecem.
Quando são voltadas suas produções para os óleos essenciais, estes produtos são ótimos aliados para os que desejam obter uma pele saudável e jovem e, um exemplo claro disso é o óleo de coco; produto de origem vegetal que pode ser utilizado na culinária, nos cabelos, nas unhas e no rosto. O óleo é um ótimo agente hidrante e auxilia nos cuidados capilares para fios danificados.
Para que servem as especiarias
As especiarias possuem uma multiplicidade de utilidades. Assim como dito anteriormente, elas são úteis tanto no campo medicinal como no da culinária. A maior parte das especiarias é utilizada ainda secas pois, uma vez alteradas, estragam um facilidade; enquanto, se conservadas em seu estado natural, são muito resistentes à pragas e suportam longos períodos sem apresentar mofo.
No ramo medicinal, os países do Oriente e da Ásia são que mais exploram as ervas e especiarias. Estas culturas, nos períodos com pouco conhecimento sobre medicamentos, já se utilizam destas produtos naturais para curar doenças. A canela, por exemplo, é até hoje uma iguaria conhecida no mundo todo pelas suas propriedades antioxidantes. Ela ajuda na melhora de problemas intestinais e dores no corpo.
Diferença entre ervas e especiarias
As ervas são as folhas de plantas utilizadas para vários fins, seja na culinária ou na medicina. É levado em conta seu aroma, sabor e quais os seus componentes. Em alguns locais do mundo, as ervas são tão importantes que alguns povos as utilizam com propósitos espirituais. As mais utilizadas são o orégano, salsa, hortelã, tomilho, entre outros.
Por outro lado, é certo dizer que grande parte das especiarias não existiriam sem as ervas. Estes produtos de origem vegetal servem para a produção de óleos vegetais, incensos e medicamentos naturais ou industrializados, e também para produção dos condimentos. Em certos casos, uma mesma planta pode oferecer tanto uma erva como uma especiaria. Os demais condimentos são elaborados a partir da mistura entre especiarias, como o chilli – prato típico da culinária mexicana.
Curiosidade sobre especiarias
Um fato curioso sobre os produtos frutos de especiaria é a maneira como foram explorados antigamente. Em destaque no continente europeu, os produtos de origem vegetal eram voltados para conservação dos alimentos. Por isso, no auge das expedições para conquistas de terras que induziram as navegações, o francês Napoleão III queria levar consigo algumas das iguarias que a Europa estava comercializando nestas explorações: os condimentos a partir de especiarias.
Foi então que ele lançou um desafio envolvendo o uso da especiaria para o povo, em que ganharia uma recompensa quem conseguisse fazer com o que a manteiga durasse um período de longas navegações. Misturando sal, sebo de boi e leite, entre outros ingredientes, o químico Hipollyte Mergé-Mouriès criou o que hoje conhecemos como margarina; vencendo o concurso e dando origem a um produto que até hoje faz sucesso nos lares do mundo inteiro.