Enquanto no Egito ele era um símbolo de vida, por aqui o feijão é sinônimo de um prato bem nutritivo
Os bons apreciadores do alimento podem não saber, mas feijão é o nome que designa uma série de tipos de grãos, originários de diversas plantas. Ano a ano, ele foi se tornando quase que uma unanimidade quando o assunto é fonte de nutrientes nas refeições.
Entre as várias espécies encontradas pelo mundo, três são cultivadas em larga escala pelas terras brasileiras. Em síntese, para garantir mais benefícios para a saúde, temos o feijão tipo “carioca”, o campeão por aqui. A seguir, vem o “macassar”, uma base alimentar de populações rurais. Em terceiro lugar, empregado na alimentação de animais, temos o tipo feijão-guandu.
O que é feijão?
Feijão é um grão de alto valor nutricional. Além de proteínas, ainda possui altos índices de ferro e proteínas vegetais. Tanto que os tipos mais comuns, que impulsionam a economia, por aqui estendem a lista, incluindo o de corda, preto, fradinho, bolinha e rajado.
Com altos níveis calóricos, ele faz muito sucesso na mesa do brasileiro quando acompanhado com arroz ou complementando pratos como feijoada e tutu.
Entretanto, uma porção de feijão também possui muitas fibras, o que garante sua produção o ano todo. Fechando a tabela de nutrientes, temos elementos e sais minerais como:
- Fósforo;
- Zinco;
- Cálcio;
- Potássio.
Cada simples feijãozinho é rico em proteínas e aqui você também vai aprender como preparar feijão.
Tipos de feijão
Para nutrir e dar mais sabor à mesa, você pode apostar em qualquer variedade do grão. Em terras orientais, é o broto de feijão que costuma enriquecer os pratos. Embora algumas sejam mais comuns que outras, confira abaixo alguns tipos saborosos e conhecidos pelos brasileiros, inclusive seus principais benefícios.
Feijão preto é a grande estrela das feijoadas, embora seu consumo sem carnes vermelhas traga inúmeros benefícios à saúde. Por ser rico em fibras, reduz o colesterol ruim e auxilia o intestino. Sem contar que esse tipo ainda controla a hipertensão e harmoniza o fluxo sanguíneo.
Já o feijão branco possui baixo índice de glicemia e ação desintoxicante, ideal para o controle de diabetes. Além do mais, seus antioxidantes ajudam no anti-envelhecimento e na proteção do organismo contra tumores.
Outro ótimo alimento para sua saúde é o feijão fradinho, em especial para combater casos de anemia. Além de auxiliar a combater a gripe e na proteção imunológica, esse tipo ainda pode manter a pressão arterial sob controle.
Livre de gorduras saturadas, o feijão fava não fica atrás. Isso porque sua concentração de nutrientes auxilia no tratamento de casos de anemia e é ideal para períodos de lactação e gravidez.
Plantação de feijão
No Brasil, essa cultura costuma ser feita pelos pequenos produtores, em geral. Isso porque sua produção e processamento costumam demandar pouca tecnologia, caráter de plantações de subsistência.
Em relação à temperatura, o ideal é entre dezoito e trinta graus para o cultivo. Até porque o grão não reage bem a situações com baixas temperaturas e geadas. Ou seja, aposte em luz solar direta e muita luminosidade, embora uma forte radiação do sol demande uma área parcialmente com sombra.
Outra parte vital é a escolha do solo. Ele precisa ser rico em matéria orgânica, como o utilizado na agricultura. Além dessa fertilidade, para tirar melhor proveito da germinação do feijão, procure irrigar mantendo o solo úmido regularmente. Mas, ao mesmo tempo, procure evitar excessos.
Na hora do plantio, coloque as sementes numa profundidade entre três e sete centímetros. A partir daí, é preciso aguardar umas duas semanas para ter início a fase de germinação. Para fechar, o espaçamento entre as linhas de plantio costuma variar entre quarenta e sessenta centímetros.
Como cozinhar feijão
Assim como uma feijoada, um feijão tropeiro dá água na boca a qualquer um. Entretanto, é preciso seguir algumas regras para cozinhar o grão de forma certa, aproveitando seus nutrientes e sabor. Antes de tudo, uma das melhores dicas para seu feijão ficar mais macio e gostoso é realizar o remolho.
Ou seja, coloque o grão num recipiente com água por cerca de doze horas. Com isso, os grãos eliminam possíveis toxinas e ficam moles. Na prática, nossa dica é você criar esse remolho antes de dormir e, logo pela manhã, retirá-lo. Se possível, lembre-se de substituir essa água ao menos uma vez durante o processo.
Outra vantagem em deixar o grão de molho é a praticidade na hora de cozinhar, pois o processo amolece cada grão, acelerando o cozimento.
Mesmo que não seja possível esse remolho, aposte na opção de deixar todos os grãos de molho na água fervente por cerca de uma hora. Seja como for, o resultado também será quase o mesmo.
Chegou a hora de cozinhar. Aqui, você pode apostar nos temperos comuns e que incrementam qualquer receita, como cebola, folhas de louro, pimenta-do-reino e alho. A seguir, coloque todo o feijão dentro de uma panela de pressão, já com os temperos e a água cobrindo o conteúdo.
A seguir, tampe e deixe em fogo médio, esperando que a válvula sinalize com o assobio. Espere cerca de mais dez minutos extras. Nesse tempo, separe outra panela para refogar temperos como cebola e alho no azeite. Em seguida, vá adicionando o feijão já pronto, amassando os grãos do fundo e acrescentando caldo.
Engrossando o caldo
Essa nossa dica ajuda a engrossar mais o caldo. Apenas vá cozinhando em fogo baixo até ganhar a consistência que você gosta, mexendo sempre para evitar que o feijão grude no fundo. Se preferir, o caldo pode ficar mais grosso se você investir no uso de um liquidificador.
Com a panela de pressão com o grão já cozido, separe porções menores para bater, devolvendo dentro de uma panela na qual você está preparando o tempero. Por conseguinte, falando em tempero, invista em elementos ricos em sabor, como manjericão, cominho, louro, cheiro-verde e até coentro.
Para fechar nossas dicas, deixe o sal somente no fim de todo o processo, momento em que o feijão está em fogo baixo. Dessa forma, fica mais difícil errar na dose e facilita a correção do sabor com o possível acréscimo de água.