A floresta amazônica tem 5.500.000 km² e cobre parte do noroeste
Formada por matas densas, altas, com folhagens sempre verdes e bem estratificadas, a Floresta Amazônica, além de ser uma valiosa depositária de matéria orgânica, corresponde, sozinha, a dois quintos da área total de nosso país.
A Floresta Amazônica tem atraído, nas últimas décadas, a atenção da comunidade internacional devido à sua importância para a manutenção do equilíbrio climático e ambiental de nosso planeta.
O que é floresta amazônica?
Floresta Amazônica é a maior floresta tropical de todo o mundo, concentrando uma gigantesca biodiversidade. Ela integra, além disso, o maior de todos os biomas brasileiros.
Por corresponder a cerca de 53% das florestas tropicais que ainda existem, sua conservação vem sendo debatida internacionalmente, devido à sua dimensão e relevância ecológica.
Características da Floresta Amazônica
A Floresta Amazônica se localiza na região norte do subcontinente sul-americano, abrangendo principalmente os estados brasileiros do:
- Pará;
- Roraima;
- Amapá;
- Acre;
- Amazonas.
A Floresta Amazônica estende-se, ainda, pelos seguintes países:
- Guiana Francesa;
- Suriname;
- Guiana;
- Bolívia;
- Equador;
- Venezuela;
- Colômbia.
Clima da Floresta Amazônica
O clima na Floresta Amazônica se deve, em grande parte, ao fato de se localizar perto da linha do Equador. Sendo assim, algumas de suas principais características são a umidade do ar e as elevadas temperaturas.
Anualmente, a temperatura média oscila entre 21 e 29ºC. Por sua vez, a umidade do ar ultrapassa a marca de 80% e o índice pluviométrico pode variar de 1.500 a 3.600 mm por ano. As estações distinguem-se, de modo geral, por apenas dois períodos: o chuvoso e o seco.
Solo da Floresta Amazônica
Embora seja considerado pobre por ter finas camadas de nutrientes, o solo da floresta conta com o húmus constituído pela decomposição de matérias orgânicas, isto é, frutos, animais, flores e folhas.
Dessa forma, os nutrientes de seu solo são mais que o bastante para o desenvolvimento adequado de suas espécies animais e vegetais.
Flora da Floresta Amazônica
Enquanto floresta tropical densa e composta por árvores consideradas de grande porte, a vegetação da Floresta Amazônica pode ser dividida em:
- Mata de terra firme: não sofre inundações pelo fato de se localizar nas áreas mais elevadas;
- Mata de várzea: sofre inundações periódicas por se localizar em áreas pouco elevadas. Suscetível às cheias dos rios, seus solos são férteis por causa dos sedimentos depositados pelas inundações que ocorrem;
- Mata de igapó: situada em regiões ainda mais baixas, ela sofre inundação permanente, encontrando-se costumeiramente alagada. As plantas, para sobreviverem a tais condições, apresentam adaptações e estratégias diferenciadas.
Fauna da Floresta Amazônica
Além de contar com uma flora exuberante, a Floresta Amazônica é, também, o lar das mais variadas espécies animais. Entre eles, destacam-se:
- Sucuri;
- Jiboia;
- Araras;
- Tucanos;
- Ariranhas;
- Jabutis;
- Pirarucus;
- Peixes-boi;
- Jaguatiricas;
- Suçuaranas;
- Onças.
A biodiversidade da Floresta Amazônica
Exuberante em seus números, a biodiversidade presente na Floresta Amazônica inclui cerca de:
- 311 espécies de animais mamíferos;
- 3 mil espécies de abelhas;
- 380 espécies de répteis;
- 430 espécies de anfíbios;
- 900 espécies de borboletas;
- 30 mil espécies de plantas;
- 3 mil espécies de peixes;
- 400 espécies de aves.
Cabe, ainda, ressaltar que muitas espécies são endêmicas, isto é, existem apenas na Floresta Amazônica. Por esse motivo, sua conservação é extremamente importante.
Desmatamento na Floresta Amazônica
Uma das principais causas do desmatamento na Floresta Amazônica consiste na ocupação de locais destinados às reservas florestais. Sem embargo, essa ocupação é realizada por diversas empresas nacionais e estrangeiras que, de uma forma ou outra, são atraídas pelos incentivos governamentais que visam dinamizar economicamente o norte do Brasil.
A falta de fiscalização facilita o desmatamento ilegal de grandes extensões de reservas florestais. Uma vez que a região norte vem se tornando a chamada “nova fronteira agrícola”, as atividades econômicas relacionadas ao espaço agrícola tornaram-se as principais responsáveis pelos desmatamentos.
Dessa forma, na busca por um modelo de desenvolvimento econômico que, no fim das contas, favorece apenas uma ínfima parcela da população brasileira e que não é convertido em benefícios ligados à qualidade de vida dos cidadãos, a floresta cede, cada vez mais, espaço a lavouras e pastagens.
Esse cenário provoca uma série de impactos negativos para o meio ambiente mundial, tais como:
- Erosão: o solo, em virtude da exposição, fica mais vulnerável à ação das chuvas, sendo facilmente transportado;
- Perdas irreparáveis de biodiversidade: várias espécies são desmatadas. Como se não bastasse, algumas espécies de animais e plantas não conseguem sobreviver nas pequenas áreas que restam;
- Modificação climática: as árvores são grandes responsáveis pela eliminação de CO2. Porém, com o desmatamento, eleva-se a quantidade de gás carbônico na atmosfera, gerando, assim, efeitos nocivos para o clima mundial;
- Impactos negativos para o ciclo hidrológico: as árvores exercem um papel fundamental nos processos de percolação e infiltração das águas no solo;
- Empobrecimento do solo: com o desmatamento, o solo passa a ser ainda mais lixiviado pelas águas.
Desse modo, evidencia-se cada vez mais a importância de conter o desmatamento e ocupação da floresta amazônica.
Ocupação da Amazônia
A fronteira agrícola brasileira encontra-se na região da floresta, especificamente no Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Pará. Nesses estados, observa-se a intensidade da destruição florestal. Esse processo é realizado, em sua maior parte, de modo clandestino e ilegal.
A despeito do fato de que a ocupação amazônica remonta aos tempos coloniais, foi a partir do século passado que se intensificou a níveis inauditos, sobretudo ao longo das décadas de 1970 e 1980. Na década de 1990, apesar de um breve recuo na ocupação, o desmatamento voltou a se intensificar nos anos seguintes.
Como se trata de áreas extremamente vastas, as tarefas de fiscalização envolvem esforços hercúleos que, não obstante, são agravados pela baixa quantidade de fiscais e da inexistência de equipamentos de trabalho adequados.
Nos dias atuais, estima-se que, anualmente, o desmatamento elimina cerca de 25 mil km², extensões superiores a muitos países. O resultado não poderia ser outro que não vastas áreas desertificadas. Com efeito, não há definições precisas acerca do tamanho da floresta já destruída, o que só traz malefícios e desvantagens para todos.
Contudo, as mais otimistas estimativas apontam para a perda de cerca de 15% das matas originais, ao passo que outras análises sustentam que o desmatamento já eliminou mais de 30% da Floresta Amazônica nativa.