A fronteira agrícola corresponde ao limite da área de exploração da agricultura
A agricultura e pecuária são super utilizadas pelo Estado e pelas famílias brasileiras para obterem sustento e renda. Como o Brasil possui terras muito férteis, foi necessário criar uma fronteira agrícola para limitar as terras que poderiam ser utilizadas para a agropecuária.
Infelizmente, o crescimento da fronteira agrícola está ligado ao capitalismo desenfreado, aos desmatamentos, barateamento de terras e, principalmente, controle fiscal inoperante. Assim, são necessárias políticas públicas com maior qualidade e controle rígido, bem como uma norma que cesse o crescimento das fronteiras agrícolas no Brasil.
O que é fronteira agrícola?
A fronteira agrícola é a área definida (nem sempre aceita pelas pessoas) para que as atividades agropecuárias sejam praticadas. Assim, as fronteiras agrícolas brasileiras estão intimamente ligadas com instância de uma produção maior de alimentos e a criação de animais. Este último é praticado sob a demanda internacional de importação.
Geralmente é na fronteira agrícola que ocorrem os desmatamentos ilegais e a expansão desenfreada da agropecuária. Assim, muitas terras são compradas de forma ilegal e nada que controle as fiscalizações.
Nessas áreas, existem as chamadas terras devolutas, que são espaços naturais da União, mas sem limitação legal. Nessas áreas há muitos conflitos envolvendo a posse e o uso das terras e servem de moradia para os índios e algumas famílias e comunidades.
A fronteira agrícola no Brasil
No Brasil, essa área de expansão da agropecuária foi se modificando ao longo do tempo. Após o descobrimento do Brasil, quando os portugueses implementaram a produção agrícola no país o litoral, composto principalmente pela Mata Atlântica, se tornou a primeira fronteira agrícola brasileira.
A partir daí, quando Getúlio Vargas implementou a política da Marcha para o Oeste, no século XX, a região se expandiu e seguiu para o interior do território nacional. De toda forma, essa expansão das fronteiras agrícolas no Brasil também se deu devido à política de substituição de importações por Juscelino Kubitschek. A região de expansão, portanto, passou a ser a região Centro-Oeste.
Assim, os estados de Goiás, Mato Grosso e, inclusive, Mato Grosso do Sul, se tornaram grandes produtores de grãos, como a soja, principalmente utilizada na exportação. Nesse tempo, o cerrado também foi bastante devastado. Hoje, conta com menos de 20% de suas reservas originais.
A área de expansão agropecuária na Amazônia
Atualmente, a fronteira agrícola na Amazônia que é a área de expansão territorial voltada para uma maior prática agropecuária. Portanto, é nesse local que tem muitos conflitos. Um casa particular é o da Doroth Stang, uma ativista dos Estados Unidos naturalizada brasileira. Ela foi assassinada brutalmente por fazendeiros na cidade de Anapu (PA).
A fronteira agrícola na Amazônia corresponde a uma área de extensão de atividades e ocupação. Esta está intimamente ligada à agropecuária, dentro da Amazônia legal brasileira.
Essa área de expansão engloba as regiões:
- norte;
- nordeste;
- centro-oeste.
Para muitos estudiosos, essa área é denominada Arco do Desflorestamento. Assim, nesse local, ocorre uma intensidade de atividades predatórias, o que causa grandes danos ao meio ambiente.
Portanto, a fronteira agrícola brasileira é totalmente desrespeitada. Faltam políticas públicas e leis que realmente funcionem. O desmatamento sem respeito ao meio ambiente é totalmente danoso e, de certa forma, chega diretamente nas nossas casas.