Fumaça destaca utilizações e efeitos diversificados
A fumaça é geralmente emitida pelos setores industriais, pelas empresas, pelos veículos e pelos incêndios ambientais. Cada tipo de fumaça engloba características e propriedades diferentes, visto que os compostos e elementos químicos não são os mesmos em cada um dos tipos.
Enquanto a fumaça industrial e a de queimadas também possui vantagens, a fumaça do tabaco é nociva à saúde dos seres humanos e prejudicial ao ar. No entanto, nem sempre a utilização da fumaça é negativa, e há técnicas positivas que a utilizam em favor do bem estar e da redução de efeito estufa.
O que é fumaça?
Fumaça é o nome dado a um tipo de aerossol resultado de uma combustão, seja de material orgânico ou inorgânico. Consiste em uma mistura formada por uma ou duas fases (suspensão) liberada na atmosfera. Muitas vezes, dependendo da substância, a fumaça pode ser tóxica quando inalada. A fumaça é geralmente emitida por indústrias, empresas, veículos e queimadas que fazem a combustão de elementos químicos, por exemplo.
A combustão incompleta de qualquer substância combustível é a responsável pela formação de fumaça. Este aerossol pode também ser classificado como um elemento não intencional da combustão, gerado principalmente por:
- Brasas;
- Diesel;
- Fogueiras;
- Gasolina;
- Motores, entre outros.
No entanto, quando a combustão ocorre de forma completa, os produtos resultantes da produção são, basicamente:
- Água;
- Dióxido de carbono;
- Compostos de outros elementos.
Fumaça de queimadas
Primeiramente, as queimadas consistem em atividades primitivas da agricultura, cujo o intuito é limpar o terreno para cultivar plantações ou formar pastos, a partir do uso do fogo de forma moderada. No entanto, quando a proporção do fogo é descontrolada, as queimadas resultam nos incêndios em matas, grandes terrenos e em florestas.
Esta é uma prática agrícola muito corriqueira nas atividades de agricultores. A fumaça de queimadas é geralmente usada para limpezas às áreas em que o plantio será realizado, além de renovar as pastagens e as colheitas, como a da cana-de-açúcar.
Especialistas e pesquisadores apontam que o uso da fumaça e os cuidados relacionados ao clima e tipo de solo são benéficos e vantajosos ao tratamento das culturas. As queimadas (ou incêndios florestais) fazem parte do ecossistema de diversos ambientes. No entanto, os perigos à fauna são relativos, relacionados ao habitat natural do animais. Em alguns casos, por exemplo, há aumento das populações e das espécies em áreas queimadas anteriormente.
Seu principal benefício aos agricultores são as vantagens a curto prazo e os bons resultados das plantações. Entretanto, as queimadas são elaboradas a cada dois anos pelos produtores rurais, em lugares diferentes.
Uma das recomendações principais com a queimada é fazer a análise da direção e da força do vento, das chuvas e da umidade. O ideal é que a queima seja feita apenas quando o vento estiver fraco e sempre em direção ao vento, nunca contrário à ele. Quando as queimadas são feitas após o período das primeiras chuvas, o escape do fogo e os prejuízos causados pela fumaça acumulada no ar são evitados.
Fumaça do tabaco
Além da fumaça de queimadas, outro tipo de fumaça é a do tabaco. A fumaça do tabaco é composta por fase em partículas e fase gasosa (em forma de gás). Há diferenças entre os compostos e elementos das duas fases.
- Fase gasosa: formada por nicotina, amônia, cetonas, monóxido de carbono, acroleína, acetaldeído e formaldeído.
- Fase em partículas (ou fase particulada): composta por nicotina e alcatrão. Sendo esse último formado por meio da combustão de outros componentes derivados do tabaco como por exemplo o níquel, arsênio, resíduos de agroquímicos, acetona, naftalina, fósforo, entre outros.
Esse tipo de fumaça quando inalada frequentemente e em grandes quantidades pode acarretar em alguns problemas de saúde. Como, por exemplo, a paralisia dos brônquios, infarto, câncer, leucemia e algumas irritações como nos olhos, garganta e nariz.
Fumaça industrial
Há também um outro tipo de fumaça, a fumaça industrial. Este tipo de fumaça é liberado pelas indústrias durante o processo de combustão na fabricação de produtos e realização de serviços. Visto que a fumaça industrial possibilita muitos prejuízos à saúde do ar e das cidades, algumas empresas começaram a pensar em meios alternativos para que ela fosse vantajosa tanto para o mercado quanto para a atmosfera.
Assim, foi elaborado um sistema que captura o dióxido de carbono emitido pelas empresas e pelas usinas a carvão e gás e introduz na produção de cimento. O processo funciona por meio da captura da fumaça de gás carbônico e o incrementa ao dióxido de carbono com água do subsolo ou água do mar. Essa etapa é responsável pela pulverização do gás e por transformá-lo em um líquido esbranquiçado.
O líquido é filtrado e assim são separados os resíduos sólidos, tornando-se uma consistência pastosa. Após isso, o calor da fumaça transforma a pasta em partículas pequenas de cimento. O principal benefício é a contribuição para a redução do efeito estufa. Porém, o método ainda não é aplicado em larga escala.
Perigos da fumaça
Tendo vantagens por um lado e desvantagens por outro, a fumaça engloba alguns prejuízos que necessitam de cuidado redobrados para que sejam evitados.
Um exemplo desses perigos são a diminuição dos organismo microbianos, o estrago de sementes, raízes e novas plantas. Ela também causa a eliminação dos vegetais, que só poderão se reintroduzir por meio das atividades dos homens, dos agentes físicos e de alguns animais.
No entanto, quando a fumaça é inalada, o principal dano são as mortes por asfixia, tanto dos humanos quanto dos bichos. Por ser muitas vezes tóxica – contendo monóxido de carbono – a fumaça causa a intoxicação e o bloqueio do sistema respiratório, dificultando o funcionamento dos pulmões. Assim, alguns tipos de fumaça também podem acarretar no desenvolvimento do câncer e de outras doenças como a leucemia.
Curiosidades: Moxaterapia
Uma das curiosidades envolvendo o uso de fumaça é a moxaterapia, um método da medicina tradicional chinesa. A moxaterapia consiste em aplicar calor nos pontos de acupuntura através da combustão da erva artemísia. Esse tipo de erva é caracterizada pela alta capacidade de aquecimento, além de ajudar a remover os bloqueios de energia pelo fluxo do corpo.
A fumaça da erva possui propriedades calmantes no sistema nervoso. Ou seja, é uma técnica não invasiva baseada no uso de calor gerado pela combustão da erva. Ela auxilia no relaxamento, reduz a rigidez dos músculos e aumenta a circulação sanguínea. Além disso, a técnica é ideal para quem sofre de ansiedade, depressão, insônia, sinusite, dores no joelhos e sinusite.