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Agricultura

Tipos de grão de café: conheça os principais

O grão de café mais produzido no Brasil é o arábica, também mais conhecido entre os amantes da bebida. O grão de café é, sem dúvida, muito importante para a economia brasileira e também para sua história. Afinal, o país está entre um dos maiores exportadores do produto no mundo.

Conheça mais sobre os tipos de grão de café e a produção brasileira do café arábica a seguir.

O que é grão de café?

Grão de café é derivado do fruto do cafeeiro. Sua semente consiste em uma esfera pequena e verde, que assume um tom intenso de vermelho ao atingir sua maturação. É nesse estágio, quando a semente está vermelha, que o café é enfim colhido.

Após a colheita, o café pode passar por vários processos, sendo transformado em grão de café torrado, grão de café verde, entre outros.

Café em grãos

Quando o assunto é café em grãos, o Brasil lidera o ranking mundial como um dos maiores exportadores e produtores do alimento. Dentre todos os estados brasileiros, o que mais produz e exporta café é Minas Gerais.

De fato, o estado abrange quase metade do total de produção de café nacional. Atualmente, arábica e robusta são os tipos de grão de café mais produzidos em território brasileiro. Conheça a seguir os mais revelantes tipos de grãos de café do Brasil e do mundo!

Tipos de grão de café

Arábica

Você possivelmente já ouviu falar desse grão de café popularmente conhecido. Afinal, ele corresponde a mais da metade da produção de grãos de café a nível mundial.

O grão de café arábica é cultivado em áreas que recebem chuvas constantes e têm muita sombra. De fato, o arábica é considerado o mais sensível entre os tipos principais de grãos de café. Afinal, ele é influenciado facilmente pelo ambiente, além de apresentar propensão a doenças e pragas.

Portanto, seu cultivo deve ser cercado de cuidados. Isto é, quando o cultivo de arábica é realizado em climas onde as plantas não tendem a prosperar naturalmente, isso pode significar o dobro de cuidado e esforço para manter a saúde do plantio.

Por se tratar de um dos mais populares grãos de café, o arábica é cultivado geralmente em quantidades grandes, ou seja, em monoculturas.

Os grãos de café da variedade arábica, quando são superiores em qualidade, apresentam um corpo brilhoso, com uma quantidade significativa de acidez. Além disso, tendem a possuir uma complexidade de aromas e sabores em diversas camadas.

Os cafés arábica podem ser mais bem sentidos no palato frontal (isto é, onde salinidade e doçura são mais notáveis).

Robusta

Junto ao arábica, o robusta é o grão de café mais produzido no Brasil. Além disso, quando o assunto é produção mundial, essa variedade de grão só fica atrás do citado anteriormente.

Além disso, ele não recebe esse nome à toa. O grão de café da variedade robusta garante extrema tolerância com o meio onde é cultivado, tendo praticamente imunidade a pragas e doenças. Isto é, o café robusta é tolerante a inúmeros climas, mas exige particularmente temperaturas quentes onde as chuvas são irregulares.

Um fator importante é que os grãos de café da variedade robusta contêm praticamente o dobro da quantia de cafeína em comparação com os grãos arábica. Na verdade, a cafeína é o que torna o grão robusta tão robusto! Afinal, a cafeína é a autodefesa da planta contra doenças.

Ao ser degustado, o café do grão robusta é melhor sentido no palato posterior (ou seja, onde são mais sentidas as notas de amargor), fato que confere mais corpo ao tipo.

Os grãos robusta de alta qualidade são caracterizados por acidez baixa e textura suavizada. Além disso, seu perfil de sabor geralmente é associado a notas achocolatadas.

Liberica

Atualmente, é a variedade de grão de café mais rara do mundo cafeeiro. No entanto, é inegável que esse tipo de grão ocupa um lugar de destaque na história cafeeira mundial.

A ferrugem que atinge a cultura de café dizimou, no ano de 1890, quase 100% do estoque mundial da variedade arábica. Na tentativa de encontrar uma saída, o governo, bem como os agricultores, voltaram suas atenções para a fabricação do grão liberica.

O pioneiro na aplicação da solução foi o país conhecido como Filipinas (que era um território dos EUA na época). Sem dúvida, essa iniciativa foi um divisor de águas econômico para o país, pois com ela o país garantiu o posto de único fornecedor de café por um longo tempo.

No entanto, uma disputa entre Filipinas e EUA eclodiu (afinal, o país desejava declarar independência). Embora contrariados, os Estados Unidos decidiram por um corte de suprimentos – incluindo o grão liberica – do arquipélago.

A liberica só reapareceu no mercado cafeeiro no ano de 1995, quando os conservacionistas resgataram os últimos e remanescentes exemplares da planta, transplantando-os nas regiões filipinas mais apropriadas para a liberica prosperar. Infortunadamente, essa iniciativa veio tarde demais, pois a variedade arábica já reinava como o grão de café mais popular no mundo.

Em suma, os grãos liberica são mais avantajados do que os tipos citados anteriormente, sendo geralmente assimétricos. Além disso, dentre todos os grãos de café do mundo, essa variedade é a única cuja forma não é regular. Diz-se que o grão possui um aroma singular, composto por notas frutadas e florais, acompanhadas por um sabor mais defumado.

Aqueles que tomaram café liberica – mais e mais raro no mundo a cada dia que passa – afirmam que a variedade difere de qualquer outro grão que já experimentaram. Muitos complementam dizendo que a variedade sequer se parece com o gosto tradicional de café, argumentando que seu sabor é amadeirado demais.

Excelsa

Embora o grão excelsa tenha sido reclassificado recentemente como pertencente à família da variedade liberica, as duas apresentam muitas distinções. De fato, o excelsa difere tanto do grão liberica que uma parcela dos cafeicultores ainda desconsidera essa atualização que associa as variedades.

O grão de café excelsa tem seu crescimento concentrado sobretudo na Ásia, mais especificamente na região sudeste. Quando o assunto é a circulação de café mundial, essa variedade representa somente 7%. É convencionalmente usada em compostos para conferir ao café um toque extra de complexidade e sabor, destacando-se mais no palato traseiro e médio.

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