Meio Ambiente

La niña é o fenômeno climático de resfriamento das águas do Pacífico

La niña é o fenômeno climático de resfriamento das águas do Pacífico

Oposto do El niño, fenômeno La niña provoca diminuição da temperatura das águas do Oceano Pacífico. O clima em todo o mundo sofre influências de vários elementos ao longo dos anos, como temperatura, massa de ar, pressão, dentre outros. Assim, o clima fica suscetível às alterações desses elementos, que muitas vezes ocasionam fenômenos, como o La niña.

O La niña, bem como o El niño, são os mais conhecidos fenômenos que ocorrem diretamente nas águas do Oceano Pacífico.

La niña

O que é La niña?

La niña é um fenômeno climático natural, que consiste na no resfriamento da temperatura das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental. Nos anos de sua ocorrência, esse fenômeno gera algumas mudanças significativas nas temperaturas e índices pluviométricos ao redor do mundo.

Isso acontece devido a um aumento da força dos ventos alísios, que ocorrem durante um mês em regiões subtropicais, muito comuns na América Central. Esses ventos são o resultado de massas de ar que convergem de zonas de alta pressão, nos trópicos, em direção de zonas de baixa pressão no Equador, formando um ciclo.

O termo La Niña, traduzido do espanhol, significa “a menina”, sendo ao contrário do El niño, “o menino”, em alusão ao menino Jesus.

No Brasil, as principais características do fenômeno La niña são:

  • rápidas frentes frias sobre a região Sul;
  • temperaturas abaixo da média climatológica no Sudeste, no período de inverno;
  • frentes frias que chegam até o Nordeste, com ênfase no litoral baiano, Sergipe e Alagoas. Ademais, podem chegar também no Norte do país, como Acre e Rondônia;
  • chuvas em abundância em algumas regiões da Amazônia;
  • chuvas acima da média na região centro – norte do Nordeste;
  • desequilíbrio de chuvas no Sul, precipitação acima da média no leste dos estados do Sul e estiagem a oeste e também no Paraguai;
  • pode haver chuva em grande volume e frio no Sudeste do país.

La niña

Normalmente, o fenômeno La niña começa a se desenvolver em um ano e atinge seu auge ao fim daquele ano, começando a desaparecer na metade do ano seguinte. Entretanto, esse fenômeno pode se estender por até dois anos.

La niña e el niño

Estas são as principais alterações climáticas. Mas qual é a diferença entre eles?

Tendo em vista que o efeito La Niña diz respeito ao resfriamento das temperaturas médias das águas do Oceano Pacífico, o El niño é ao contrário. Por sua vez, o El niño produz um aquecimento da temperatura do Pacífico.

O aquecimento incomum das águas deste oceano ocorre na costa do Peru, onde normalmente as águas são frias. Esse fenômeno traz consigo massas de ar quente e úmidas, que leva chuva para essa região.

Entretanto, diminui a chuva em outras regiões vizinhas, como Amazônia e Nordeste do Brasil. Já nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, os níveis de chuvas podem ser elevados também.

Já o La niña, como vimos, é o inverso, pois esfria acima da média as águas do Oceano Pacífico, e, na Europa e América do Norte, pode provocar a queda das temperaturas além do normal.

ACESSO RÁPIDO
    Mayk Alves
    Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

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