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Agricultura

Lagarta rosca pode atacar lavouras, frutas e hortaliças

Com hábito noturnos, a lagarta rosca pode destruir várias plantas em uma única noite

A lagarta rosca têm esse nome pela forma como reage ao ser tocada, já que fica enrolada lembrando a aparência de uma rosca. É na verdade o nome dado a várias espécies que apresentam esse comportamento para fingir de mortas.

Os hábitos da lagarta rosca são noturnos, ou seja, ela ataca as plantas durante a noite, quando busca plantas ainda em germinação. Ao longo do dia ela se esconde embaixo de folhas, restos de culturas ou enterradas, próximas das plantas que pretendem atacar.

Os danos causados pela lagarta rosca são, principalmente, o os cortes na região do caule, próximo ao solo, causando a queda das plantas. Inclusive, se não combatida, essa praga pode ocasionar a perda de várias plantas em apenas uma noite.

Lagarta rosca Agrotis ipsilon

A Agrotis ipsilon, seu nome científico, é, dentre todas as classificadas como lagarta rosca, a mais conhecida e que registra mais ocorrências como praga de solo estabelecida em uma cultura. Quando acaba seu período de larva e passa para pupa, a lagarta fica marrom e mede cerca de 20 milímetros.

Então, após cerca de 20 dias surge a versão adulta da lagarta rosca, torna-se uma mariposa de cor escura e acinzentada, medindo aproximadamente 20 milímetros de comprimento com 30 milímetros de envergadura.

Esse ciclo biológico desta lagarta dura aproximadamente 64 dias, sendo cerca de 4 dias em ovos, 20 a 40 dias de larva e até 20 dias como pupa. Nesse ciclo, uma fêmea pode depositar mais de mil ovos perto do caule ou até mesmo nas folhas ou no solo.

Dessa forma, o ataque desta praga acontece, em geral, da emergência até o início da floração das plantas, causando danos consideráveis. A lagarta causa danos ao caule, acima do solo, fazendo com a planta fique “quebrada” e acabe caindo.

A lagarta rosca pode atacar mais de 20 culturas variadas, desde lavouras de soja até frutas, tais como:

Controle da lagarta rosca

Assim como a maioria das pragas, o controle deste tipo de lagarta deve ser feito desde antes do plantio, com o monitoramento da área para ver se não há indícios dela na lavoura e nos restos culturais.

Feito isso, é recomendado utilizar sementes com tratamento industrial (TSI), sendo um dos recursos mais eficientes no controle de doenças e pragas. O TSI confere a distribuição de inseticida uniformemente em cada semente, garantindo proteção e ainda uma boa germinação, principalmente no período de desenvolvimento das culturas.

Todavia, em áreas com histórico da lagarta, a recomendação é eliminar plantas invasoras. Isso porque elas podem servir como hospedeiras;  já que, quando a adulta e em forma de mariposa, a lagarta tem preferência por botar os  seus ovos em restos de culturas.

A utilização de iscas com atrativos (como melaço, por exemplo) somados a um inseticida sem odor, também pode servir para ajudar a fazer o controle da lagarta rosca.

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